Mulher denuncia ter sido acorrentada e trancada pelo marido por dois anos no Pará

A jovem de 18 anos contou que vivia acorrentada e não saía de casa havia dois anos

© iStock (Foto ilustrativa) 

Justiça Violência 08/07/21 POR Folhapress

ALTAMIRA, PA (FOLHAPRESS) - Com marcas de queimaduras de faca quente pelo corpo, uma mulher denunciou o marido à polícia por tortura e cárcere privado em Porto de Moz, no sudoeste do Pará. Ela contou que vivia acorrentada e não saía de casa havia dois anos. O suspeito está foragido.

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O caso foi registrado pela polícia na sexta-feira (2), quando a jovem, que tem 18 anos, chegou à delegacia levada por uma moradora do município. A aposentada contou aos policiais que encontrou a vítima no meio da rua, machucada e chorando muito.

"Eu nunca tinha visto aquela menina, ela estava tão desesperada que não conseguia dizer nada, perguntei quem tinha batido nela, e ela disse que foi o marido, só pensei na polícia e corremos para a delegacia", afirmou a aposentada, que pediu para não ser identificada por medo de represálias.

A polícia registrou o caso como violência doméstica com base na lei Maria da Penha, e solicitou a prisão do suspeito, que estava foragido nesta quarta-feira (7).

Natural da cidade de Portel, na Ilha do Marajó, a vítima não tem documentos e se mudou para Porto de Moz há três anos, onde passou a morar na comunidade ribeirinha do Majari. Foi lá que ela conheceu o companheiro. Ela conta que as agressões teriam começado depois de alguns meses de relacionamento.

"Eu passei tanto tempo acorrentada quem nem sei contar, ele nunca me deixava sair de casa, sempre que vinha vender farinha na cidade ele trancava toda a casa e eu ficava lá dentro, sem água e sem comida, até ele voltar", disse, por mensagem de áudio, a vítima à reportagem.

Segundo a polícia, em depoimento, ela contou que era obrigada a manter relações sexuais, que eram marcadas por sessões de tortura. O marido aquecia uma faca no fogão e passava o objeto quente em seu corpo, inclusive em seus órgãos genitais. Após conseguir convencê-lo a levá-la para a cidade sob a promessa de se manter quieta, ela consegui fugir.

A polícia solicitou exame de corpo de delito. Uma equipe de profissionais da saúde e da secretaria da mulher está acompanhando a mulher, que ainda está em Porto de Moz.

De acordo com a secretaria de segurança pública do estado, os casos de violência doméstica cresceram 76% durante a pandemia, com 12.608 casos registrados em 2020, ante 7.160 em 2019.

Em nota, Richelle Campos, secretária de assistência social do município, informou que todos os cuidados necessários estão sendo tomados para resguardar a integridade física e psicológica da vítima.

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