Bolsonaro questiona eficácia de Coronavac e diz que investigará vacina

O presidente disse que mandará investigar o preço da vacina

© Getty Images

Brasil Governo 22/07/21 POR Folhapress

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a a questionar a eficácia da Coronavac nesta quinta-feira (22) e disse que mandou investigar uma suposta diferença de preço entre o imunizante contra Covid produzido na China, pela Sinovac, e o feito pelo Butantan, ligado ao governo de São Paulo, de seu desafeto, João Doria (PSDB).

PUB

De acordo com Bolsonaro, o governo recebeu documentos da "empresa que fabrica aí a Coronavac, a matriz lá que fornece o IFA, é na China" oferecendo o imunizante a US$ 5, enquanto o Butatan oferece a vacina a US$ 10.

O mandatário afirmou ter acionado a CGU (Controladoria-Geral da União), o Ministério da Justiça e o TCU (Tribunal de União).

"O que aconteceu com o Butantan? E outra, o Butantan também foi oficiado por nós para que se explique por que a matriz nos oferece a vacina pronta a US$ 5 e eles, Butantan, ao receber o IFA da China, nos revende a US$ 10 a vacina", disse Bolsonaro em entrevista à rádio Banda B, de Curitiba (PR).

"Pode ser que não haja nada de errado nisso tudo, mas o Butantan nunca nos deu, nunca nos apresentou as planilhas de preço, toda a cadeia, o custo final da vacina. Só diz que são US$ 10. Então, temos agora, sim, uma questão para ser investigada. Pode não ser nada? Pode. Mas, pelo que tudo indica no momento, é algo assustador que vem acontecendo lá no Butantan", insistiu o presidente.

Bolsonaro disse que "obviamente que interessa para nós, ao continuar usando a Coronavac no Brasil, comprar diretamente da China pela metade do preço do que pagar o dobro no Butantan", mas afirmou que "não estou acusando de corrupção, de desvio, de nada".

Ao longo da entrevista, Bolsonaro questionou eficácia do imunizante que garantiu o início da vacinação contra Covid no Brasil, em janeiro.

"Sabemos dos problemas que a vacina chinesa, Coronavac, vem ocasionando em alguns países, como Chile, por exemplo, e aqui no Brasil também. Pessoas que tomaram duas doses e foram infectados ou reinfectadas. Então, a eficácia da Coronavac está lá embaixo, realmente", afirmou.

Bolsonaro disse ainda que "até hoje a Coronavac não tem comprovação científica" e que os brasileiros não querem tomar este imunizante.

"O povo chega lá, o pessoal pergunta: 'qual a vacina tem?'. Se é Coronavac, a tendência é não aceitar", disse Bolsonaro, antes de colocar em dúvida futuras compras do imunizante.

"Não adianta a gente comprar mais X milhões de doses da Coronavac se a população aqui não quiser tomar."

Em entrevista ao UOL, o governador de São Paulo chamou Bolsonaro de "bobão" e "negacionista".

"Desde março do ano passado, quando tivemos a constatação do primeiro caso (de Covid-19), ele vem se comportando como um bobo, como um negacionista, como alguém sem compaixão com seu povo. O Brasil lamentavelmente é um péssimo exemplo para o mundo, 545 mil mortes, e um presidente que defende cloroquina ao invés de defender vacina", afirmou Doria ao portal.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Equador Há 13 Horas

Imagens fortes! Vídeo mostra assassinato de Miss Landy Párraga

mundo Kristi Noem Há 13 Horas

Governadora cotada para ser vice de Trump matou a tiros o próprio cão

justica Raul Pelegrin Há 13 Horas

Homem que cortou corda de trabalhador foi espancado antes de morrer

mundo Aviões Há 6 Horas

Piloto alcoolizado leva Japan Airlines a cancelar voo nos EUA

fama Demi Moore Há 12 Horas

Filhas de Demi Moore e Bruce Willis combinam biquínis nas férias; veja

brasil Brasil Há 12 Horas

Ponte é arrastada pela correnteza enquanto prefeita grava vídeo; veja

esporte Liga dos Campeões Há 12 Horas

Brilho de Vini Jr: Dois gols e uma reverência contra o Bayern de Munique

brasil São Paulo Há 5 Horas

Adolescente tem membros amputados após descarga elétrica de 8 mil volts

esporte Ayrton Senna Há 12 Horas

Trinta anos sem Ayrton Senna; relembre momentos marcantes

mundo RÚSSIA-UCRÂNIA Há 12 Horas

'Castelo do Harry Potter' é destruído após ataque russo no porto de Odessa