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O número de pessoas injustamente condenadas nos EUA e cuja inocência foi reconhecida atingiu em 2015 um nível inédito de 149, o que não passa de uma 'gota de água' num oceano de erros judiciários, segundo um relatório
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Estas 149 declarações de inocência respeitam a condenados que foram detidos sem razão, durante 14 anos e meio, em média, especificou no seu estudo, hoje divulgado, a escola de Direito da Universidade de Michigan.
Entre estes 149 casos, 58 são de pessoas acusadas de homicídio. Desde 2011, o número de pessoas inocentadas desta forma mais do que duplicou.
O estudo confirma que, no sistema penal dos EUA, a confissão não é a rainha das provas, nem a admissão de culpa, uma vez que cada vez mais condenados são inocentados depois de terem admitido publicamente a sua responsabilidade no crime em questão.
Dois terços dos 149 condenados posteriormente inocentados são de minorias étnicas e metade negros.
Entre as pessoas inocentadas em 2015 está Lewis Fogle, que passou 34 anos preso, erroneamente acusado da violação e do assassinato de uma adolescente.
Fogle tinha sido posto em causa, cinco anos depois do crime, por um hipnotizador amador, que tinha recolhido o testemunho, sob hipnose, de outro detido.
Lewis Fogle confessou depois o crime sob a pressão de um interrogatório policial. Durante 34 anos, a sua mulher defendeu a sua inocência.