Guedes: 1ª lição da pandemia foi liberdade para governos decidirem sobre recursos

Sobre o Orçamento, Guedes salientou que o governo federal transferiu mais de R$ 150 bilhões durante a pandemia para Estado e municípios

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Economia Paulo Guedes 15/09/21 POR Estadao Conteudo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira, 15, que o Brasil aprendeu duas grandes lições durante a pandemia de coronavírus. A primeira foi a liberdade para os governos decidirem para onde vão usar os recursos. A segunda, a importância de se diminuir a desigualdade no País.

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"Estamos devendo isso para a população e temos como fazer isso", afirmou Guedes, durante o painel 'Sem tempo a perder: debate sobre a urgência de transformar o Brasil e o papel das instituições e do Estado', realizado durante o evento virtual 'Diálogos para um melhor Estado', do Movimento Pessoas à Frente, criado pela Fundação Lemann, Instituto Humanize e República.org,.

Sobre o Orçamento, Guedes salientou que o governo federal transferiu mais de R$ 150 bilhões durante a pandemia para Estado e municípios. "Nunca receberam tanto dinheiro", garantiu.

Para ele, um prefeito ou governador não deveria ser obrigado a gastar 96% do dinheiro carimbado e contar com o resto para a atividade política, trabalhar com 4% do orçamento. "Isso não é correto, isso é errado. Na margem, a decisão tem que ser feita a cada vez. Essa decisão é incontornável e foi grande decisão da pandemia, a do poder político decidir sobre orçamento."

Investimentos

O ministro da Economia disse também que a recuperação da economia doméstica já está em andamento e agora é preciso assegurar a continuidade dos investimentos. "Brasil já está com crescimento contratado, precisamos de persistência desse capital instalado", comentou.

Ele voltou a dizer que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu menos do que outras grandes economias e ressaltou que há mais de R$ 540 bilhões já contratados em investimentos. Citou avanços feitos durante o governo de Jair Bolsonaro, como a aprovação da reforma da Previdência, da independência do Banco Central, da lei de falências, da estatais, do marco do gás, da cessão onerosa, além de venda de aeroportos e concessões rodovias, entre outros.

Guedes salientou que há 30 anos, há revezamento do poder no País e que a atual administração está trabalhando para a transformação do Estado. Ele disse que, apesar da iniciativa em tentar manter o equilíbrio fiscal, o Brasil "sempre se perdeu" no meio desse caminho e citou que o País no passado recente parou de crescer. "Teve estagnação crônica", pontuou.

Ao enfatizar que é preciso fazer planejamento, o ministro disse que nem tudo e soluciona com a criação de uma Pasta voltada apena para esse fim. "Foi com a formação desse ministério que o Brasil perdeu o rumo", afirmou. "Planejamento não significa que vai ter mais recursos", continuou.

Conversa entre Poderes

O ministro da Economia disse que os poderes brasileiros "precisam conversar", independentemente de afinidades."Nossos supremos poderes precisam conversar. Principalmente quando a decisão de um afeta o outro", afirmou, se referindo às decisões judiciais que determinam o pagamento de valores pelo Executivo. "Executivo está tentando fazer seu trabalho com respeito e União".

No evento do Movimento Pessoas à Frente, Guedes defendeu ainda um aumento "moderado" no Bolsa Família. "Ímpetos eleitorais aconteceram no passado e acabou em impeachment, não queremos que isso se repita", completou.

Carta de Bolsonaro

O ministro da Economia voltou a apostar as fichas na carta divulgada pelo presidente Jair Bolsonaro em que recuou de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Presidente mostrou em sua carta à nação que podemos ter arroubos, mas todos temos que jogar dentro das linhas", afirmou no evento que também contou com o presidente do STF, Luiz Fux, como participante.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) também faria parte do debate, mas alegou um compromisso e falou antes da entrada de Fux e Guedes. Em sua fala, Guedes disse ainda que o governo pode fazer "mais e melhor" com menos recursos.

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