'É uma sensação horrível; que pai nenhum passe por isso', diz homem que teve filho baleado no RJ

O filho de Evandro Guimarães, de 10 anos, foi atingido na perna

© Pixabay

Justiça Violência 05/10/21 POR Folhapress

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Duas crianças foram baleadas na tarde deste domingo (3) enquanto brincavam em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo a prefeitura do município, um menino de 10 anos foi baleado no quadril e outro, de 11 anos, foi atingido na coxa.

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A polícia diz que os tiros partiram de um carro que passou atirando na praça onde os dois brincavam. As crianças foram internadas no Hospital Adão Pereira Nunes e, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, já receberam alta. Nas redes sociais, Evandro Guimarães, pai de um dos meninos, agradeceu as orações pela recuperação do filho.

Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, ele disse que ouviu disparos e saiu correndo em direção à rua para buscar as crianças.

"É um domingo à tarde, a praça cheia. Umas crianças brincavam ping-pong, outras jogavam basquete. De repente, você ouve um monte de tiro e vê o seu filho baleado. É uma sensação horrível. Que pai nenhum passe por isso. No Rio de Janeiro, não tem mais nenhum lugar seguro", disse ele.

Segundo o Instituto Fogo Cruzado, cem crianças foram baleadas na Região Metropolitana do Rio desde 2016, das quais 30 não resistiram aos ferimentos e acabaram morrendo. De acordo com o estudo, 76% delas foram atingidas por bala perdida.

Logo no primeiro dia do ano, Alice Pamplona de Souza, 5, morreu após levar um tiro no pescoço no morro do Turano, na região central da capital. Na ocasião, ela estava celebrando o ano-novo com a família e amigos quando foi baleada.

Já em abril, Kaio Guilherme da Silva Baraúna, 8, foi baleado na cabeça durante um evento na escola onde estudava na Vila Aliança, zona oeste do Rio. Ele foi internado Hospital Pedro 2º, também na zona oeste, mas não resistiu.

Diretora de programas do Instituto Fogo Cruzado, Maria Isabel Couto afirma que as crianças não são o alvo na maior parte dos casos. "Não existe uma intencionalidade em assassinar aquelas crianças. Isso mostra que elas são o lado mais frágil do descontrole do acesso às armas", diz.

"Se não houver uma política séria de controle e acesso a armas, infelizmente a gente vai continuar vendo essas crianças sendo baleadas e muitas delas morrendo."

Além do controle de armas, ela considera importante que os policiais sejam treinados para valorizar a vida. "A gente precisa tirar armas de circulação e qualificar os policiais para eles protegerem a vida em primeiro lugar. Quando a gente resolver isso, vamos ver uma queda vertiginosa no número de crianças baleadas."

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