Após cobrança de Fachin, PGR faz novas diligências para decidir se acusa Renan

O ministro Edson Fachin, relator do caso, havia dado prazo de 15 dias para a PGR apresentar uma "manifestação conclusiva" no inquérito

© Getty

Política PGR 19/10/21 POR Estadao Conteudo

Cobrada a avaliar se há elementos para denunciar o senador Renan Calheiros (MDB-AL) por suposta propina da Odebrecht, como apontaram delatores da Lava Jato, a Procuradoria-Geral da República (PGR) comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 18, que está levantamento informações complementares para emitir seu parecer. O ministro Edson Fachin, relator do caso, havia dado prazo de 15 dias para a PGR apresentar uma "manifestação conclusiva" no inquérito.

PUB

Em julho, a Polícia Federal indiciou Renan Calheiros por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O senador foi acusado de receber R$ 1 milhão da empreiteira como "contrapartida" pelo apoio político à aprovação de uma resolução que restringiu incentivos fiscais a produtos importados, beneficiando a Braskem, braço petroquímico do Grupo Odebrecht.

A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo pediu ao Senado Federal que compartilhe todas as informações sobre o trâmite da resolução, incluindo possíveis emendas parlamentares, justificativas e votos de Renan Calheiros. Também cobrou da Polícia Legislativa o registro de entradas e saídas de Milton Lyra, apontado como operador dos pagamentos, para apurar se houve encontros com o emedebista.

A PGR argumenta que os dados são importantes para estabelecer o "contorno jurídico" dos fatos. "Todo esse contexto contribui para o delineamento da participação do investigado na aprovação do ato legislativo, e, acaso existentes, emendas direcionadas a beneficiar os interesses empresariais", escreve Lindôra.

Embora a PF tenha concluído a investigação, o caso está parado há quase dois meses, desde que a PGR pediu ao Supremo que anule o indiciamento do senador. O argumento é o de que a competência para conduzir investigações que atingem autoridades com foro privilegiado, incluindo a promoção de seu indiciamento, é exclusiva da Procuradoria-Geral da República. O órgão também pediu uma apuração para verificar se o delegado Vinicius Venturini, responsável pelo inquérito, cometeu abuso de autoridade.

Renan Calheiros nega as acusações e atribui o indiciamento a um ato de "perseguição política" por seu trabalho na relatoria da CPI da Covid, que apura a gestão da pandemia. Quando o senador foi indiciado, em julho, o advogado Luís Henrique Machado, que representa o emedebista, disse que ele teve a vida "devassada" e que nunca foi encontrado "qualquer indício de ilicitude".

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo EUA Há 13 Horas

Mulher vence loteria de 1 milhão pela segunda vez em 10 semanas

mundo EUA Há 15 Horas

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

brasil Brasil Há 12 Horas

Pastor assume que beijou filha na boca: "Que mulherão! Ai, se eu te pego"

tech Espaço Há 14 Horas

Missão europeia revela imagens mais detalhadas da superfície do Sol

tech WhatsApp Há 13 Horas

WhatsApp deixa de funcionar em 35 celulares antigos; veja a lista

fama MADONNA-RIO Há 14 Horas

Madonna passa som em Copacabana com Pabllo Vittar; veja as fotos

fama Bastidores da TV Há 12 Horas

Bianca Rinaldi relata agressões de Marlene Mattos: "Humilhação"

brasil CHUVA-RS Há 14 Horas

Temporais no RS matam 31, inundam cidades e isolam moradores sem resgate

fama Brad Pitt Há 11 Horas

Brad Pitt faz passeio romântico com a namorada Ines de Ramon

brasil CHUVA-RS Há 11 Horas

Temporais devem continuar a atingir o RS e vão chegar a SC até o fim de semana