Uso do DIU: ginecologista tira dúvidas e fala sobre método contraceptivo

Veja o que a ginecologista Michelly Motta fala sobre o método contraceptivo

© Reprodução

Lifestyle Saúde 17/11/21 POR Rafael Damas

Um dos métodos anticoncepcionais mais comuns entre as mulheres, o DIU ainda levanta vários dilemas. Pensando nisso, falamos com a doutora Michelly Motta, ginecologista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professora de Medicina da Universidade Estácio de Sá. Ela nos tirou algumas dúvidas comuns, além de explicar sobre o seu uso e os prós e contras.

PUB

Praticidade: O Dispositivo Intrauterino, popularmente conhecido como DIU, ganha espaço na escolha das mulheres como método contraceptivo, já que oferece uma maior facilidade e praticidade no uso - elas não precisam lembrar diariamente, tal como é com a pílula anticoncepcional. 

Modelos de DIU: atualmente existem vários modelos de DIU, com e sem hormônios. Existem cinco mais utilizados, os sem hormônios são: DIU de cobre, onde a troca geralmente é feita 10 anos após ser colocado, o DIU de cobre com prata, o mini DIU de cobre com prata, que tem validade de 5 anos, sendo que é utilizado geralmente em mulheres que ainda não tiveram filhos e por isso podem ter o tamanho do útero reduzido. Os modelos com hormônios são o Mirena e o Kyleena, este ultimo é a versão “mini”. Todos os cinco tipos têm diferenças nas suas composições, apesar de promoverem um excelente resultado de contracepção, eles agem de diferentes formas no corpo da mulher.

Efeitos: Se for o de cobre, esse DIU terá ação sobre o espermatozoide e também altera o muco cervical. É um método contraceptivo não hormonal muito seguro. Alguns pacientes reclamam do aumento do fluxo menstrual e de cólicas. A chance de falha desse método é de 0,5%, semelhante à pílula. No de cobre com prata, a prata estabiliza o cobre causando menor reação inflamatória. Então essa queixa de aumento do fluxo e da cólica é mais rara. No mini DIU de cobre com prata o efeito é o mesmo, só o tamanho que é menor. O hormonal tem efeito de ação contraceptiva pela atrofia endometrial e mudança do muco cervical, que fica mais espesso o que dificulta a subida do espermatozoide. Geralmente mulheres que usam esse método param de menstruar com o passar dos meses. É um método altamente seguro e com índice de falha de 0,2%. 

Contraindicações: o método é contraindicado para mulheres com malformações uterinas como: útero bicorno, útero septado ou intensa estenose cervical, mioma submucoso, processos inflamatórios pélvicos agudos (endometrite, cervicite mucopurulenta, tuberculose pélvica); mulheres em anticoagulação ou com distúrbios da coagulação não devem usar o DIU de cobre. 

Muito bem-vindos: Apesar de ser contraindicado em alguns casos, o DIU é muito eficaz em outros. Mulheres que desejam contracepção reversível e de longo prazo, por exemplo, e  também aquelas que estão amamentando, pois não interfere com a produção do leite. O DIU de cobre é o método mais indicado principalmente para as que não podem usar hormônios, como por exemplo, com histórico de câncer de mama.

Lenda urbana: a historia de que mulheres só podem colocar DIU após terem filho cai por terra! Seu uso é atualmente indicado até para as adolescentes, pois é um método que traz menos riscos a longo prazo. No caso das mais jovens é uma opção interessante também pois não depende da lembrança diária e por ser um método contraceptivo que não irá afetar os hormônios, a paciente pode manter seu ciclo menstrual fisiologico. Vale lembrar que mesmo fazendo o uso de DIU deve-se sempre reforçar o uso do preservativo, para evitar DSTs. 

Atenção: em alguns casos o DIU pode estar mal posicionado e sair do lugar. Caso isso ocorra é necessário que procure um médico. O mal posicionamento pode ocorrer em 10% dos casos e por isso é importante a avaliação regular com ultrassonografia transvaginal pelo menos uma vez por ano. Se ele estiver baixo, ele pode ser reposicionado pela histeroscopia, um exame que filma o útero por dentro. Esse aparelho tem uma pinça bem fina, que consegue empurrar o DIU para cima de novo. Outra opção, se o local não tiver esse aparelho, é retirá-lo e colocar um novo. Além disso, pode ocorrer a expulsão do DIU, isso é mais comum no primeiro ano de uso, ocorre em até 10%.

Eficácia: as mulheres que desejam fazer uso do DIU como principal método contraceptivo, é indicado que procure seu ginecologista para conversar e tirar todas as dúvidas. Vale lembrar que o DIU de cobre começa a fazer efeito imediatamente após ser colocado, ele não afeta os hormônios e é um dos métodos mais eficazes de contracepção. As taxas de gravidez são inferiores a 1 em cada 100.000 mulheres/ano.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Equador Há 23 Horas

Imagens fortes! Vídeo mostra assassinato de Miss Landy Párraga

mundo Kristi Noem Há 22 Horas

Governadora cotada para ser vice de Trump matou a tiros o próprio cão

justica Raul Pelegrin Há 23 Horas

Homem que cortou corda de trabalhador foi espancado antes de morrer

mundo Aviões Há 16 Horas

Piloto alcoolizado leva Japan Airlines a cancelar voo nos EUA

brasil São Paulo Há 15 Horas

Adolescente tem membros amputados após descarga elétrica de 8 mil volts

brasil Brasil Há 21 Horas

Ponte é arrastada pela correnteza enquanto prefeita grava vídeo; veja

fama Demi Moore Há 21 Horas

Filhas de Demi Moore e Bruce Willis combinam biquínis nas férias; veja

esporte Liga dos Campeões Há 21 Horas

Brilho de Vini Jr: Dois gols e uma reverência contra o Bayern de Munique

esporte Ayrton Senna Há 21 Horas

Trinta anos sem Ayrton Senna; relembre momentos marcantes

brasil CHUVA-RS Há 13 Horas

Temporais no RS deixam 10 mortos e 21 desaparecidos