Identificado segundo paciente com HIV livre do vírus sem tratamento

Paciente que foi apelidado de "esperança" não tinha evidência de genomas de HIV intactos nos mais de 1,5 mil  milhões de células de sangue e tecidos que foram testados. 

© iStock

Mundo HIV 20/11/21 POR Notícias ao Minuto

Foi identificado um segundo paciente com HIV que parece ter se livrado do vírus sem tratamento, apresentando uma aparente cura natural. 

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A descoberta foi feita pela pesquisadora Xu Yu, membro do Ragon Institute, do  Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos. 

De acordo com a publicação 'Annals of Internal Medicine', o paciente não tinha evidência de genomas de HIV intactos nos mais de 1,5 milhões de células de sangue e tecidos que foram testados. 

Este segundo paciente, segundo a pesquisa de Xu Yu, não tinha sequência viral do HIV intacta no genoma, indicando que seu sistema imunológico pode ter eliminado o reservatório de HIV. Os cientistas chamam a isto cura esterilizante.

Paciente Esperança

Este segundo paciente foi denominado "paciente esperança". "Estas descobertas, principalmente com a identificação de um segundo caso, indicam que pode haver um curso de ação para uma cura esterilizante para pessoas que não são capazes de fazer isto sozinhas", explicou Yu, que também é médica investigadora no Hospital Massachusetts General.

O próximo passo é agora estudar a possibilidade de induzir este tipo de resposta em pessoas que se encontram em terapia antirretroviral através de vacinação. O objetivo é dar ferramentas ao sistema imunológico para conseguir controlar o vírus sem necessidade de medicação.

Já em 2020, Xu Yu identificou um primeiro paciente com HIV não tratado que parecia ter eliminado o vírus. Este foi identificado como o 'paciente de São Francisco' e a descoberta, a primeira incidência conhecida de uma cura esterilizante sem um transplante de células-tronco, foi publicada na revista científica 'Nature' neste ano.

"Controladores de elite"

De explicar que, durante a infecção, o HIV cria cópias do seu genoma no DNA das células, criando o que é conhecido como um reservatório viral. Nesse estado, é como se o vírus se escondesse dos medicamentos anti-HIV e da resposta imunológica do corpo contra o agente infeccioso.

Na maioria dos infectados, novas partículas virais são constantemente criadas nesse reservatório, ficando a terapia anti-retroviral (ART) encarregada de prevenir a produção de novos vírus. Este tratamento não consegue, porém, eliminar o reservatório e por isso é necessário tratamento diário para suprimir o vírus.

Xu Yu  tem estudado os reservatórios de HIV de "controladores de elite", doentes que têm sistemas imunológicos capazes de suprimir o HIV sem a necessidade de medicamentos. Embora mantenham reservatórios virais que podem produzir mais vírus, um tipo de célula imunológica chamada célula T assassina mantém o vírus suprimido sem a necessidade de medicação.

 

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