31% das startups não têm colaboradores negros, diz levantamento

É o que dizem os dados de um mapeamento feito pela Abstartups (Associação Brasileira de Startups) e divulgado nesta sexta-feira (19

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Tech EMPRESAS-DIVERSIDADE 20/11/21 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Apesar de dizerem apoiar a diversidade, parcela significativa das startups brasileiras sustenta uma equipe pouco diversa liderada por homens jovens. É o que dizem os dados de um mapeamento feito pela Abstartups (Associação Brasileira de Startups) e divulgado nesta sexta-feira (19).

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Quando questionadas, 96,8% das empresas ouvidas afirmam apoiar a diversidade. A maioria (60,7%), porém, não tem ações voltadas ao tema, e em 31,2% delas não há nenhum colaborador negro.

Os números também mostram desequilíbrios de gênero e etários: 19,1% não têm colaboradoras mulheres e 62,3% não contam com pessoas com mais de 50 anos na equipe. Pessoas com deficiência e transgêneros estão em 9,2% e 8% das startups, respectivamente.

O mapeamento ouviu 2.486 startups entre agosto e setembro. O nível de confiança da pesquisa é de 99% e a margem de erro é de 3 pontos percentuais.

Em relação à raça, 55,1% dos fundadores autodeclaram-se pardos e 4,5%, pretos. Quando se trata de gênero, idade e orientação sexual, os números voltam a mostrar desigualdade: apenas 10% das startups têm como fundadores apenas mulheres, e 83,3% têm até 45 anos. Os heterossexuais representam 92,1% dos fundadores.

A maioria também não tem iniciativas relacionadas aos princípios ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês): 56,1%.

As startups estão em peso no Sudeste, que concentra 51,1% dos empreendimentos. São Paulo, o estado mais populoso do Brasil, tem a maior taxa: 32,5%.

O segmento de educação é o mais popular: 11,5% das startups se enquadram nesse setor. Saúde e bem-estar aparece em segundo lugar, com 9,4%, e finanças em terceiro, com 8,5%.

O aquecido mercado de inovação também aparece nos números: 65,8% das startups não fizeram nenhum desligamento no último ano. Apesar disso, a maioria delas nunca recebeu um investimento: 64,8%.

Das que receberam, o investidor-anjo foi o mais comum. Nesse tipo de aporte, é feito um contrato por período de tempo determinado em que, ao final, o investidor pode continuar na empresa ou vender sua participação. Foram 41,4% os que receberam dinheiro nesse formato. A maior parte da somatória dos investimentos ficam na faixa entre R$ 50 mil e R$ 250 mil.

Enquanto 4,5% das empresas faturaram mais de R$ 5 milhões de janeiro a outubro de 2021, 27,1% não tiveram faturamento algum.

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