As mulheres que revolucionaram Hollywood

Há inúmeras mulheres que deixaram sua marca permanente em Hollywood ao longo do século passado. A luta pelos direitos das mulheres ganhou a vanguarda na mesma época em que a indústria cinematográfica começou a decolar, tornando ainda mais incrível que muitas mulheres estivessem abrindo uma trilha criativa antes mesmo de terem o direito de votar. E, claro, os obstáculos foram ainda maiores para mulheres não-brancas. Embora ainda tenhamos um longo caminho a percorrer, temos essas incríveis pioneiras para agradecer pelos crescentes níveis de igualdade e representação na indústria do entretenimento hoje.

Desde as primeiras diretoras mulheres até as primeiras magnatas femininas da mídia, clique na galeria para aprender sobre as mulheres que mudaram Hollywood para sempre. 

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Alice Guy Blaché

Alice Guy Blaché foi a primeira diretora e produtora feminina, supervisionando mais de 1.000 filmes entre 1896 e 1922. É dela o crédito pela criação da posição de "chefe de produção", que foi a base para o sistema de estúdio que definiria Hollywood nas décadas seguintes. 

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Mary Pickford

Mary Pickford foi de longe a maior estrela da era do cinema mudo em Hollywood, mas sua influência se estendeu muito além da tela. Ela co-fundou a produtora United Artists, bem como a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas — a mesma organização que ainda apresenta o prestigiado Oscar todos os anos!

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Mary Pickford

Pickford era uma  m u l h e r  de negócios inteligente e negociadora. Ela estrelou e produziu filmes e ganhou US$ 1 milhão por ano de 1919 até sua aposentadoria. Isso seria cerca de US$ 14 milhões por ano hoje. Pickford sabia seu valor e se estabeleceu como uma potência de Hollywood em tempos em que a maioria das mulheres tinha muito pouca influência.

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Frances Marion

Frances Marion era a roteirista mais procurada do início do século XX, à frente de qualquer um dos inúmeros roteiristas homens que trabalhavam na época. Trabalhou em mais de 130 filmes e foi a primeira escritora a ganhar dois Oscar. 

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Dorothy Arzner

Dorothy Arzner foi chamada de "A diretora de estúdio mais produtiva da história do cinema americano". Dirigiu 20 longas-metragens entre os anos 1920 e 1940 e ficou mais conhecida por retratar personagens femininas complexas e amizades femininas realistas. 

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Dorothy Arzner

Arzner disse uma vez: "Um homem nunca será capaz de obter o ponto de vista das mulheres ao contar certas histórias." Ela foi a primeira a se juntar ao Directors Guild of America e também recebe o crédito pela a criação do microfone tipo boom. 

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Anna May Wong

Embora seus papéis fossem limitados por leis  r a c i s t a s  que tornavam as relações inter-raciais ilegais dentro e fora das telas, Anna May Wong conquistou seu lugar na história como a primeira estrela chinesa-americana de cinema.

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Edith Head

Edith Head é amplamente considerada uma das figurinistas mais influentes de todos os tempos. Ela foi contratada pela Paramount pela primeira vez em 1924 usando um caderno de trabalhos que pegou emprestado de uma estudante de arte. E tornou-se a mais importante figurinista do século XX.

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Edith Head

Head trabalhou em mais de 1.000 filmes e desenhou figurinos para todas as estrelas, de Bette Davis a Audrey Hepburn. Ela ganhou oito Oscar e foi indicada 35 vezes no total. Edith Head foi a primeira figurinista chefe em um grande estúdio. Fato divertido: ela é amplamente considerada a inspiração para a personagem Edna Mode no filme de animação de 2004 'Os Incríveis'.

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Ida Lupino

Ida Lupino foi uma atriz popular nas décadas de 1930 e 1940, mas ela decidiu que queria fazer uma mudança de carreira e arriscar num "trabalho interessante" no set. Ela formou uma produtora independente para começar a fazer seus próprios filmes. E começou a escrever, dirigir e produzir suas próprias histórias. 

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Ida Lupino

Lupino foi a primeira  m u l h e r  a dirigir um filme noir com seu longa de 1953 'O Mundo Odeia-me'. Ela produziu oito filmes, todos com temas complexos e lidando com tabus, como maternidade e bigamia. Ela se orgulhava de ser uma "máquina trator" em reuniões de negócios, mas tinha uma abordagem mais carinhosa com seu elenco e equipe no set. 

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Lucille Ball

Lucille Ball era conhecida por interpretar o papel da dona de casa distraída na sitcom 'I Love Lucy', mas ela era uma poderosa empresária nos bastidores. Ela e seu então marido Desi Arnaz criaram um dos programas de TV mais populares da história, com Ball como uma das primeiras e mais influentes comediantes.

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Lucille Ball

Quando Ball e Arnaz se divorciaram, ela comprou a participação dele na empresa Desilu Productions. Isso fez dela a primeira senhora em Hollywood a liderar uma grande produtora. 

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Hedy Lamarr

Hedy Lamarr era uma das maiores atrizes de sua época e era frequentemente chamada de "a  m u l h e r  mais bonita do mundo". Apesar do sucesso que desfrutou como atriz, ela tinha outros interesses muito mais cativantes fora das telas. A atriz tinha um talento para trabalhar com tecnologia e pegou algumas coisas de seu ex-marido que era negociante de armas. 

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Hedy Lamarr

Lamarr projetou um torpedo guiado por rádio que usava a mesma tecnologia que hoje é usada em celulares e WiFi. Ela não ganhou reconhecimento por sua invenção até 1997, alguns anos antes de sua morte. Lamarr quebrou o estereótipo da atriz e foi pioneira para as mulheres na área conhecida como STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, em português). Uma vez ela disse: "A beleza me trouxe tragédia e dor de cabeça por cinco décadas. Meu rosto é uma máscara que eu não posso remover."

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Olivia de Havilland

A falecida atriz Olivia de Havilland tinha apenas 27 anos quando enfrentou o sistema de estúdio corrupto e opressivo em Hollywood, processando a Warner Bros. Os estúdios prendiam seus atores em contratos que poderiam durar por anos e anos, deixando-os com pouca ou nenhuma liberdade criativa ou poder de negociação.

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Olivia de Havilland

A vitória de De Havilland contra a Warner Bros foi um caso marcante. Alterou a estrutura de poder em Hollywood para sempre, dando aos atores maior liberdade e diminuindo o poder dos estúdios. O novo código trabalhista ficou conhecido como Lei De Havilland. Ela conseguiu seguir uma carreira de sucesso como atriz após o processo, tornando-se duas vezes vencedora do Oscar.

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Rita Moreno

Rita Moreno fez história como a primeira latina a ganhar um Oscar por sua atuação como Anita em 'Amor, Sublime Amor' (1961). Mais tarde, ela se tornou uma das 16 pessoas na história a ser vencedora do EGOT, o que significa que ela ganhou um Emmy, Grammy, Oscar e Tony. Ela ainda é a única latina a manter este título. 

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Jane Fonda

Além de ganhar o Oscar duas vezes e ter uma carreira de sucesso de seis décadas, Jane Fonda inspira como uma empresária, ativista e defensora das mulheres em todos os lugares. Ela co-fundou o Women's Media Center com Gloria Steinem e Robin Morgan em 2005 para amplificar as vozes das mulheres na indústria do entretenimento.

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Jane Fonda

Fonda sempre foi uma ativista aberta para muitas questões sociais, particularmente os direitos das mulheres e foi famosamente presa em várias ocasiões! Ela também tem sido extremamente aberta sobre suas experiências com sua imagem corporal e distúrbios alimentares, com a intenção de educar as mulheres mais jovens e ajudá-las a evitar o mesmo caminho. 

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Sherry Lansing

Sherry Lansing começou como atriz na década de 1970, mas rapidamente se moveu nos bastidores e subiu de patamar. Ela quebrou vários tetos de vidro em Hollywood, tornando-se a primeira m u l h e r  presidente da 20th Century Fox em 1980.

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Sherry Lansing

Lansing foi para a Paramount Pictures em 1992 e tornou-se a primeira chefe de estúdio feminina. Ela supervisionou o lançamento de mais de 200 filmes, incluindo vencedores do Oscar como 'Forrest Gump' (1994) e 'Titanic' (1997).

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Oprah Winfrey

Seriam necessárias páginas e mais páginas para listar todas as realizações, primeiras vezes e marcos de Oprah Winfrey. Mas um resumo seria: ela revolucionou a televisão com sua série de 26 temporadas 'The Oprah Winfrey Show', que ganhou a maior audiência da história da TV. Ela também foi a primeira  m u l h e r  a ter e produzir seu próprio talk show. 

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Oprah Winfrey

Seu incrível senso de negócios e o império da mídia que ela construiu fizeram dela a primeira afro-americana a aparecer na lista das pessoas mais ricas do mundo segundo a Forbes. Ela também foi a primeira multibilionária  n e g r a  da América do Norte. 

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Shonda Rhimes

Shonda Rhimes é a mentora de alguns dos maiores programas da TV, incluindo 'Grey's Anatomy', 'How to Get Away with Murder' e 'Scandal'. Suas produções extremamente populares trouxeram novos níveis de diversidade para o mainstream e forneceram novas possibilidades para personagens complexos de todas as raças e gêneros. 

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Ava DuVernay

Ava DuVernay se tornou a primeira m u l h e r   n e g r a  a ganhar o Prêmio de Direção Dramática no Festival de Cinema de Sundance por seu filme de 2012 'Middle of Nowhere'. Mais tarde, ela se tornou a primeira  m u l h e r   n e g r a   a dirigir um filme de estúdio com um orçamento de mais de US$ 100 milhões com o filme da Disney de 2018 'Uma Dobra no Tempo'. Ela também usou sua plataforma para contar uma série de histórias poderosas que impactaram profundamente a comunidade afro-americana. O filme indicado ao Oscar 'Selma: Uma Luta pela Igualdade' (2014) segue o Dr. Martin Luther King em uma marcha histórica e a série 'When They See Us' conta a história comovente do Central Park Five.

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Alison Bechdel

Alison Bechdel pode não ser um rosto familiar para muitos, mas o Teste de Bechdel tem se tornado bastante famoso. Bechdel criou um laboratório de roteiro e conduziu pesquisas sobre igualdade de gênero e representação na tela em Hollywood. Ela criou uma métrica simples para medir se as mulheres estavam sendo devidamente representadas em uma história. Muitas obras contemporâneas falham no teste, que é um indicativo de preconceito de gênero.

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Alison Bechdel

A questão principal do Teste de Bechdel é: há mais de duas personagens femininas, e elas falam sobre qualquer outra coisa que não seja um homem? Se não, essa história falha no teste. Tornou-se a nova medida para responsabilizar os membros da indústria do entretenimento por negligenciar personagens femininas reais e complexas. Grandes longas-metragens lançados nos últimos anos falharam no teste, incluindo 'Sete Homens e Um Destino' (2016), 'A Lenda de Tarzan' (2016) e 'Doutor Estranho' (2016). 

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Kathryn Bigelow

Kathryn Bigelow se tornou a primeira diretora feminina a ganhar o Oscar de melhor diretora em 2010. Ela foi a quarta m u l h e r  a ser nomeada. O filme que ela dirigiu foi o thriller de guerra 'Guerra ao Terror'. Ela não só conquistou essa primeira vez histórica, como também quebrou o estereótipo sobre o tipo de filmes que as mulheres dirigem. 

Fontes: (Vanity Fair) (Refinery29)

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