Macron pede reunião para debater morte de migrantes no Canal da Mancha

O naufrágio de um barco de refugiados causou, nessa quarta-feira (24), a morte de 27 pessoas

© Getty Images

Mundo Macron 25/11/21 POR Agência Brasil

O presidente francês, Emannuel Macron, pediu uma reunião de emergência, em nível europeu, para debater a crise migratória. Ele quer um reforço imediato da ação da agência europeia de fronteiras. Macron avisa que a França não permitirá que o Canal da Mancha se transforme em um cemitério. O naufrágio de um barco de refugiados causou, nessa quarta-feira (24), a morte de 27 pessoas.

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Na madrugada de hoje (25), a França deteve uma quinta pessoa por suspeita de tráfico humano, na sequência do naufrágio. 

As autoridades francesas já tinham detido, horas após a descoberta dos corpos, quatro pessoas suspeitas de envolvimento no incidente do Canal da Mancha.

Leia Também: Mulheres grávidas e três crianças entre os 27 mortos do Canal da Mancha

O ministro francês do Interior anunciou hoje a quinta detenção. Segundo Gerald Darmanin, o homem conduzia um veículo de placa alemã e teria comprado na Alemanha os barcos semirrígidos onde seguiam os migrantes.

O número de mortos no naufrágio ainda pode aumentar. Entre os 27 óbitos já confirmados encontra-se um adolescente e três crianças, segundo fontes policiais ouvidas pela Agence France-Presse.

Os migrantes saíram do porto francês na tentativa de chegar ao Reino Unido, mas apenas dois foram, até agora, encontrados com vida.

Os dois sobreviventes, um iraquiano e um somali, estavam em “grave hipotermia” nessa quarta-feira, mas hoje estão “um pouco melhor”, anunciou o ministro do Interior, acrescentando que eles serão ouvidos rapidamente.

Apesar da tragédia e do tempo agitado, muitos migrantes continuam a tentar alcançar o Reino Unido. Esta manhã, dois barcos com cerca de 40 pessoas atracaram na cidade de Dover, na Inglaterra.

A Jurisdição Especializada Interregional da cidade de Lille, junto a Calais, abriu uma investigação sobre a tragédia no Canal da Mancha, que envolvem suspeitas de ajuda à entrada e estadia irregulares por grupo organizado, homicídio e lesões involuntárias e associação criminosa.

O ministro Gerald Darmanin informou que, desde 1º de janeiro deste ano, o país já deteve 1.500 traficantes de seres humanos. Os contrabandistas funcionam como “organizações mafiosas” que atuam no “crime organizado”, chegando mesmo a utilizar “telefones codificados”, disse o governante.Os ministros francês e britânico do Interior deverão se reunir para discutir o assunto.

Darmanin alertou para o fato de estas “associações criminosas” estarem presentes na Bélgica, Alemanha e Inglaterra, defendendo, por isso, que os países trabalhem juntos no combate ao problema.

As tentativas de atravessar o Canal da Mancha a bordo de pequenas embarcações, instáveis e sem segurança, duplicaram nos últimos três meses, alertou recentemente o prefeito marítimo do Canal da Mancha e do Mar do Norte, Philippe Dutrieux.

Do início deste ano até 20 de novembro, cerca de 31.500 migrantes partiram das costas francesas e 7.800 foram resgatados. Apesar das temperaturas rigorosas nos meses mais frios, a tendência não diminuiu.Segundo o Reino Unido, nos primeiros dez meses do ano foram 22 mil os migrantes a fazer a travessia.

O presidente da França assegurou que seu país não permitirá que o Canal da Mancha se transforme num cemitério”, apelando a uma “reunião de emergência dos ministros europeus”.Em entrevista à Sky News, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse, por sua vez, estar “chocado, revoltado e profundamente triste”, garantindo que quer “fazer mais”, em conjunto com a França, para desencorajar as travessias ilegais.Ele disse ter encontrado “dificuldades em persuadir alguns aliados, em particular os franceses, a agir” perante a crise migratória.O governo francês informou que Macron já esteve ao telefone com Johnson, a quem transmitiu  a esperança de que “os britânicos cooperem totalmente e se abstenham de instrumentalizar uma situação dramática para fins políticos”.O presidente da República insistiu na necessidade de agir com dignidade, respeito e espírito de cooperação no que diz respeito às vidas humanas.

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