Polícia investiga convites para suicídio coletivo em escolas de Fortaleza

Os suspeitos já foram identificados

© Pixabay

Justiça Terror 26/11/21 POR Folhapress

FORTALEZA, CE (FOLHAPRESS) - A Polícia Civil do Ceará abriu uma investigação sobre mensagens que circulavam nas redes sociais com convite para suicídio coletivo de alunos de escolas privadas de Fortaleza. As publicações começaram a ser compartilhadas em 17 de novembro deste ano.

PUB

Os suspeitos já foram identificados e as oitivas estão sendo realizadas, segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social.

Nas mensagens, eram divulgadas informações de data, hora e local onde seriam realizados os suicídios coletivos, segundo o Ministério Público do Estado do Ceará. Após isso, a Promotoria da Infância e da Juventude instaurou um processo para acompanhar e apurar as informações coletadas.

A Delegacia da Criança e do Adolescente definiu o episódio como "ato infracional análogo ao crime de indução ou instigação ao suicídio".

No Código Penal brasileiro, em seu artigo 122, a pena de reclusão varia de 6 meses a 6 anos, podendo ser duplicada se a vítima for menor. O Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis e o Departamento de Inteligência Policial, da Polícia Civil, colheram depoimentos na última segunda-feira, 22.

De acordo com o promotor Hugo Porto, coordenador do Programa Vidas Preservadas, foram solicitadas, também, informações de como está o monitoramento das escolas em relação às mensagens que estavam sendo divulgadas.

"Existe uma preocupação sobre a mimetização, multiplicação ou disparo de gatilho", diz o promotor. "A gente se colocou à disposição para construir estratégias para capacitar e qualificar agentes públicos e privados, para terem um olhar mais técnico sobre o comportamento e a comunicação de pessoas ou grupos, que permita reconhecer quem desperta atenção."

Ainda segundo a Promotoria, após a denúncia da primeira mensagem, outras publicações foram compartilhadas com o órgão e denunciadas aos agentes de segurança, além do contato de outras escolas relatando o problema.

A falta de políticas de controle das redes sociais e o uso desregulado por crianças e adolescentes podem potencializar casos de suicídio e automutilação, na opinião do presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará, professor Airton de Almeida.

"A gente percebe a dificuldade dos pais em questionar ou vigiar os filhos, pois estão sempre ocupados com o trabalho. As crianças e adolescentes, que não estudam em tempo integral, passam o restante do dia nas redes sociais, recebendo todos os tipos de informações."

Ainda segundo Almeida, séries de televisão, jogos online e ideologia de gênero também colaboram com o espectro do comportamento suicida.

"Sempre aparece uma coisa nova. Tem a série da batatinha frita 1, 2, 3 ("Round 6"), já teve o jogo da baleia-azul. Isso cria um martírio emocional nas nossas crianças", afirma o professor.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta o suicídio como a segunda causa de morte mais recorrente entre adolescentes e jovens no mundo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama A Grande Conquista 2 Há 16 Horas

Ex-Polegar pega faca durante discussão e é expulso de reality

politica Arthur Lira Há 17 Horas

Felipe Neto é autuado por injúria em inquérito aberto a pedido de Arthur Lira

mundo Posição de Lótus Há 17 Horas

O misterioso caso da múmia escondida em estátua de Buda

lifestyle Signos Há 18 Horas

Quatro signos que nasceram para serem famosos

fama GISELE-BÜNDCHEN Há 18 Horas

Gisele Bündchen recebe apoio de prefeito após chorar durante abordagem policial nos EUA

brasil Santa Catarina Há 18 Horas

Homem morre após ser atacado por quatro pitbulls em quintal de casa em SC

fama SAMARA-FELIPPO Há 13 Horas

Filha de Samara Felippo é alvo de racismo em escola, diz site

fama Iraque Há 15 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

brasil MORTE-SP Há 12 Horas

Morte de jovem após deixar sauna gay causa pânico; relembre histórico

economia REINHART-KOSELLECK Há 16 Horas

Quem é o historiador lido por Haddad após bronca de Lula