Pesquisadores criam exame de sangue que identifica a depressão

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão.

© Shutterstock

Lifestyle Depressão 06/01/22 POR Notícias ao Minuto

Pesquisadores da Universidade de Illinois e da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, detectaram um biomarcador presente nas plaquetas humanas que pode ser utilizado para identificar a depressão em exames sanguíneos. A descoberta, potencialmente revolucionária, foi divulgada na revista científica Molecular Psychiatry e citada pela revista Galileu. 

PUB

Segundo o novo estudo, o biomarcador pode auxiliar a discernir a eficácia de medicamentos psiquiátricos no tratamento de doentes com o transtorno mental.

Os investigadores analisaram pesquisas prévias feitas em animais e em seres humanos, que revelaram que, quando estamos clinicamente deprimidos, ocorre a redução da adenilil ciclase - uma molécula produzida por neurotransmissores como a serotonina e a adrenalina, responsáveis por regularem o humor.

Ora, nos quadros de depressão, a produção dessa molécula desce pois a proteína Gs alfa, que permite os neurotransmissores fabricarem a adenilil ciclase, é retida por uma matriz abundante em colesterol na membrana celular. Ou seja, como se 'navegasse em barcos' num 'rio' de gordura. 

De acordo com a revista Galileu, o estudo identifica nas plaquetas humanas o biomarcador para essa jornada de translocação da Gs alfa nos 'barcos'. Sendo que os acadêmicos esperam usar exames de sangue para mostrar se a proteína está ou não nas Gs alfa. De forma, a que os exames possam indicar se os antidepressivos estão realmente  funcionando aproximadamente uma semana após o começo do tratamento. 

Pesquisas anteriores mostraram que os doentes que apresentaram uma melhoria na depressão tinham a Gs alfa fora dos 'barcos de lípidos'. No entanto, aqueles que estavam a ser tratados com antidepressivos, mas que continuavam com sintomas, a proteína ainda ficava presa nesse trajeto.

"Como as plaquetas acabam numa semana, veria uma mudança nas pessoas que iriam melhorar", disse Mark Rasenick, líder do estudo, num comunicado.

"Seríamos capazes de ver o biomarcador que deveria pressagiar um tratamento bem-sucedido", acrescentou. 

Atualmente, são necessárias várias semanas, às vezes meses, para saber se antidepressivos estão funcionando devidamente. Simultaneamente, cerca de 30% das pessoas não melhoram, sublinha Rasenick, o que faz com que muitas vezes se presuma erroneamente que nada irá funcionar e com que o paciente perca a esperança de melhorar. 

 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Aciente Rondônia Há 9 Horas

Cantora Ana Paula Vieira e vereador Marcelo Stocco morrem em acidente

fama Rio Grande do Sul Há 4 Horas

Juliana Didone pede desculpas por vídeo sobre chuvas no Rio Grande do Sul

brasil Rio Grande do Sul Há 11 Horas

Mãe que perdeu uma das gêmeas nas enchentes: "Esse vazio será eterno"

fama Paulo Cesar Pereio Há 12 Horas

Morre ator Paulo César Pereio, ícone do cinema e teatro

fama NADJA-HADDAD Há 11 Horas

Nadja Haddad perde um dos gêmeos e desabafa:‘Parte de mim morreu'

mundo Vulcão Há 7 Horas

Trovoada e erupção vulcânica ocorrem simultaneamente na Guatemala; veja

brasil Rio Grande do Sul Há 12 Horas

Defesa Civil alerta para novas 'inundações severas' no RS

mundo Viral Há 10 Horas

Convidada adiciona criança a lista de casamento e deixa noiva furiosa

mundo Austrália Há 10 Horas

Piloto pousa avião sem trem de pouso em Newcastle, na Austrália; veja

fama Kim Kardashian Há 8 Horas

Kim Kardashian mostra luxuosa festa de aniversário do filho