Bolsonaro diz que haverá 'rebelião' se País decretar lockdown por pandemia

As declarações de Bolsonaro ocorrem em meio ao aumento de casos da doença no País, com a disseminação da variante Ômicron, altamente contagiosa

© Getty

Política Bolsonaro 12/01/22 POR Estadao Conteudo

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que haverá "caos" e "rebelião" se o País decretar lockdown neste ano devido à piora da pandemia de covid-19. À rádio Jovem Pan, o chefe do Executivo voltou a criticar governadores e prefeitos que tomam medidas para tentar conter o avanço da covid-19 e reiterou que não se vacinou contra o coronavírus. Novos trechos da entrevista, gravada no último fim de semana, foram veiculados nesta terça-feira, 11. Ontem, a emissora já havia publicado uma parte da conversa.

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"O Brasil não resiste a um novo lockdown. Será o caos. Será uma rebelião, uma explosão de ações onde grupos vão defender o seu direito à sobrevivência. Não teremos Forças Armadas suficientes para a garantia da lei e da ordem", afirmou Bolsonaro, após criticar os governantes estaduais. Ao contrário do "novo lockdown" que o presidente citou, contudo, foram tomadas apenas medidas localizadas de isolamento social e restrição de circulação de pessoas no Brasil.

As declarações de Bolsonaro ocorrem em meio ao aumento de casos da doença no País, com a disseminação da variante Ômicron, altamente contagiosa. O chefe do Executivo também voltou a dizer que não se imunizou contra a covid-19. "Eu não tomei a vacina. É o meu direito", afirmou. "Não vão forçar, porque eu não vou tomar. Nenhum homem aqui no Brasil ou uma mulher vai me obrigar a tomar a vacina", acrescentou.

'Passado atlético'

O presidente ainda voltou a minimizar os efeitos do coronavírus, que já causou a morte de mais de 600 mil pessoas no Brasil. "Quando eu falei do meu passado atlético, o meu passado esportivo... batendo em mim o vírus, não vai acontecer nada, como não aconteceu. Fiz o tratamento precoce e nada aconteceu", disse o presidente, em referência ao pronunciamento feito por ele em rede nacional de rádio e televisão em março de 2020, começo da pandemia, quando chamou a covid-19 de "gripezinha" ou "resfriadinho" e mencionou seu "histórico de atleta".

O tratamento precoce citado pelo presidente, com remédios como cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, é comprovadamente ineficaz contra a covid-19. A defesa do chamado "kit covid" foi investigada pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que atuou em 2021 no Senado e apontou ações e omissões do governo Bolsonaro na pandemia.

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