Defesa de Jairinho alega motivos pessoais e abandona processo

Ao lado de Monique Medeiros, mãe de Henry, o ex-vereador é acusado pelo homicídio triplamente qualificado da criança

© Renan Olaz / Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Justiça JAIRINHO-SOUZA SANTOS 22/01/22 POR Folhapress

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A equipe de defesa do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, deixou o processo que investiga a morte do menino Henry Borel, 4, de quem era padrasto. Ao lado de Monique Medeiros, mãe de Henry, o ex-vereador é acusado pelo homicídio triplamente qualificado da criança.

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Advogado que encabeçava a defesa de Jairinho, Braz Sant'anna disse que deixou o caso por questões pessoais e que, por imposição legal, continuará à frente do processo por 10 dias, até que uma nova equipe de defesa assuma o caso.A renúncia acontece pouco mais de um mês após a defesa de Monique afirmar que a advogada Flávia Fróes –contratada por Jairinho para fazer uma investigação defensiva– a visitou na cadeia, onde teria feito ameaças.

Na versão dos advogados, Froés teria tentado coagir Monique a assinar um documento assumindo a culpa pela morte do filho. Em nota, a advogada diz que as acusações são falsas e desprovidas de qualquer prova.

Monique e Jairinho estão presos desde abril do ano passado, um mês depois da morte do menino. Em maio, o casal teve a prisão convertida em preventiva (sem prazo) e foi denunciado por homicídio triplamente qualificado.

O Ministério Público argumenta que Jairinho cometeu o crime por sentir prazer em machucar o menino, enquanto Monique tiraria vantagens financeiras da situação.

Um exame de necropsia concluiu que as causas do óbito foram hemorragia interna e laceração hepática (lesão no fígado), produzidas por uma ação contundente (violenta). Ele tinha outras diversas lesões e hematomas pelo corpo. Em depoimento, a mãe afirmou que estava assistindo a uma série com o namorado em outro quarto e despertou de madrugada com a TV ligada.

Acordou Jairinho, que havia tomado remédios para dormir, e foi até o quarto do casal onde Henry estava dormindo. Chegando lá, teria visto o menino caído no chão, com os olhos revirados, as mãos e pés gelados e sem respirar.

A polícia ouviu mais de 17 pessoas durante as investigações, entre elas a faxineira que limpou o apartamento no dia da morte (antes da perícia), uma ex-namorada do vereador que o acusou de agressões contra ela e sua filha, na época criança, a psicóloga do menino e as pediatras que o atenderam.

Onze celulares foram apreendidos em diferentes endereços ligados à família da criança na semana passada. Diante de informações de que mensagens teriam sido apagadas dos aparelhos do casal, a polícia ia usar um programa de dados especial para resgatar as conversas.

Mensagens obtidas pela polícia indicam que o menino era submetido a uma rotina de agressões pelo padrasto, com a conivência de Monique. Em conversas em fevereiro deste ano, uma babá avisou a ela que Jairinho tinha se trancado no quarto com o menino. A defesa de ambos alega que seus clientes são inocentes.

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