'Covid persistente': Estas pessoas estão em 'risco elevado'

Uma equipe de investigadores descobriu quatro fatores que podem explicar porque é que alguns indivíduos continuam a sofrer as consequências da Covid-19 meses depois de terem sido infectados. 

© Shutter Stock

Lifestyle Covid-19 27/01/22 POR Notícias ao Minuto

Depois de quase dois anos de pandemia, o SARS-CoV-2 ainda guarda muitos mistérios, mas os cientistas estão cada vez mais perto de descobrir porque é que algumas das pessoas infectadas com Covid-19 parecem não conseguir livrar-se do novo coronavírus com tanta facilidade. Um grupo de investigadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, identificou quatro fatores que podem estar relacionados com a chamada 'Covid persistente'. 

PUB

Os autores do estudo, publicado na revista científica Cell, acompanharam mais de 200 pacientes, durante um período de dois a três meses, após o diagnóstico de Covid-19. Foram analisadas amostras de sangue e feitos testes com zaragatoas, entre 2020 e o início de 2021. A partir dessas análises, os cientistas identificaram fatores biológicos que podem ajudar a prever a chamada 'Covid longa'.

Segundo os investigadores, o nível de RNA (carga viral) do coronavírus no sangue, logo no início da infecção, é um dos fatores de risco. Ainda assim, ressalvam, pessoas com baixa carga viral podem também apresentar sequelas da doença.

A presença de determinados autoanticorpos, ou seja, anticorpos que 'atacam' o  próprio organismo, comuns em pessoas diagnosticadas com lúpus e artrite reumatoide, também aumentam as hipóteses de 'Covid persistente'. 

O terceiro fator de risco é a reativação do vírus EBV, o agente infeccioso conhecido por provocar mononucleose, vulgarmente conhecida por 'doença do beijo'. Quem tem diabetes tipo 2 também está em maior risco de sofrer os efeitos da doença por meses. 

Contudo, os autores alertam para a necessidade de mais estudos, devido às limitações desta investigação, que envolveu apenas 209 participantes, dos quais 37% apresentavam três ou mais sintomas de 'Covid longa', dois a três meses após a infecção. Outros 24% padeciam de um ou dois sintomas e 39% não tinham sintomas persistentes.

Do grupo de pessoas com três ou mais sintomas, 95% apresentava um dos quatro fatores associados à doença, sendo que a maioria (dois terços dos doentes) tinha autoanticorpos. Os outros três fatores foram identificados entre os restantes, sendo que alguns dos doentes apresentavam mais do que um.

Além de cansaço, recorde-se que os doentes que sofrem de 'Covid longa' queixam-se de dores de cabeça, nevoeiro mental, falta de ar, dificuldade em adormecer e ansiedade. Estas sequelas podem durar, pelo menos, oito meses. 

 

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

tech ESA Há 22 Horas

Sonda da Agência Europeia detecta 'aranhas' em Marte

fama DEBORAH-EVELYN Há 21 Horas

Famosos cometem gafe ao elogiar Deborah Evelyn em foto com marido

brasil Paraíba Há 20 Horas

Menina de 6 anos tem pinos colocados em perna errada

lifestyle Signos Há 21 Horas

Estes são os três signos que adoram ser independentes!

fama Iraque Há 17 Horas

Influencer iraquiana é morta a tiros em Bagdá

tech Ataque Há 21 Horas

Hackers vazam imagens de pacientes de cirurgia nus e prontuários de clínica de saúde sexual

mundo Equador Há 23 Horas

Queda de helicóptero militar no Equador causa morte dos oito tripulantes

brasil Rio de Janeiro Há 23 Horas

Mãe e filha passam os dias em McDonald's no Leblon, no Rio de Janeiro

mundo Chile Há 22 Horas

Acidente com ônibus de turismo no Chile deixa duas brasileiras mortas e 33 feridos

fama Casais famosos Há 16 Horas

Romances estranhos dos famosos (e que ninguém parece lembrar!)