Polêmica com Abramovich em Portugal motiva regras mais duras para obter cidadania

O magnata russo virou pivô de uma mudança na legislação de Portugal para a obtenção de cidadania no país

© <p>Getty Images</p>

Esporte Escândalo 17/03/22 POR Estadao Conteudo

O nome de Roman Abramovich está envolvido em mais uma polêmica. Depois de ser obrigado a colocar o Chelsea à venda por sua ligação com Vladimir Putin, o magnata russo virou pivô de uma mudança na legislação de Portugal para a obtenção de cidadania no país. O governo endureceu as regras de concessão da nacionalidade para os descendentes judeus sefarditas. Agora, uma das exigências é a comprovação de um vínculo real e concreto com o país. Essas novas normas estão em um decreto aprovado pelo Conselho de Ministros de Portugal e promulgado pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa no último dia 9.

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Com as novas regras em vigor, a comprovação do vínculo efetivo com Portugal poderá ocorrer de diversas formas, desde a herança de um imóvel até visitas ao país ao longo de sua vida. Antes, o certificado de que o cidadão era descendente de judeus sefarditas, expulsos do país há mais de 500 anos no período da Inquisição, já era suficiente, por exemplo.

"Convém que todas as pessoas que tenham a nacionalidade portuguesa também tenham um vínculo contemporâneo com Portugal. Que elas mesmas tenham um vínculo com Portugal e não só seus tataravós", afirmou o primeiro-ministro de Portugal, Augusto Santos Silva.

Além da alteração dessa legislação, o Ministério Público português anunciou ter aberto uma investigação sobre a concessão da nacionalidade a Abramovich. Na última semana o rabino que ficou encarregado por certificar a ascendência sefardita do oligarca russo foi detido em Portugal

Com as sanções aplicadas a Abramovich pela União Europeia, todos os seus bens em Portugal estão congelados. Apesar disso, Santos Silva explicou que a entrada do oligarca no país não pode ser proibida por conta do passaporte que ele possui.

VENDA DO CHELSEA

Abramovich se viu obrigado a colocar o Chelsea à venda após ser alvo do Parlamento Britânico - e da pressão da opinião pública - por sua amizade com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Poucos dias após a invasão das tropas russas à Ucrânia, o bilionário anunciou que estava se desfazendo do clube. No entanto, as sanções recebidas pelo governo britânico o impossibilitou de fazer qualquer tipo de negociação com o time londrino, que por sua vez está com as contas bloqueadas.

Na última semana, o governo do Reino Unido afirmou que não iria dificultar a venda do clube e poderia ajudar no negócio caso surgisse um interessado. Segundo a imprensa britânica, o Saudi Media Group, da Arábia Saudita, teria feito uma oferta de 2,7 bilhões de libras (R$ 18 bilhões na cotação atual). Até o momento, nenhum acordo oficial foi divulgado.

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