PF procura 17 por elo com máfia italiana para envio de cocaína a portos da Europa

Segundo a PF, as quadrilhas sob suspeita têm vínculo direto com a máfia italiana, especificamente com um grupo da Calábria, "que contrata a logística executada pelos investigados em Paranaguá (PR) para enviar os carregamentos de cocaína até os portos da Europa, em especial o porto situado na região".

© Shutterstock - imagem ilustrativa

Justiça PF 25/03/22 POR Estadao Conteudo

A Polícia Federal e a Receita deflagraram na manhã desta quinta-feira, 24, duas operações simultâneas para desarticular organizações criminosas especializadas no tráfico de cocaína da América do Sul para a Europa. Batizadas Retis e Spiderweb, as ofensivas cumprem 17 mandados de prisão e vasculham 86 endereços em três Estados - Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Além disso, foi expedida ordem de bloqueio de cerca de R$ 55 milhões em contas dos investigados.

Segundo a PF, as quadrilhas sob suspeita têm vínculo direto com a máfia italiana, especificamente com um grupo da Calábria, "que contrata a logística executada pelos investigados em Paranaguá (PR) para enviar os carregamentos de cocaína até os portos da Europa, em especial o porto situado na região".

A corporação diz ainda que as organizações criminosas alvos das operações deflagradas nesta manhã "se caracterizam pela extrema violência empregada em suas ações", com o envolvimento de seus integrantes em homicídios, sendo que o líder de um dos grupos foi executado a tiros.

As operações Retis e Spiderweb miram, em especial, integrantes das quadrilhas que atuam na parte operacional do esquema, com o depósito, transporte, e inserção de cocaína em navios com destino à Europa.

Os investigadores apontam que os grupos remetiam os carregamentos de droga a partir do Porto de Paranaguá (PR), por meio de "métodos variados" - os quais incluíam a inserção da droga por mergulhadores em compartimento submerso do navio ("sea chest") e também a ocultação da cocaína em cargas lícitas de madeira, suco de laranja e açúcar. O grupo também escondia a droga em contêineres sem conhecimento do exportador.

De acordo com a Polícia Federal, as investigações tiveram início em 2019, sendo que, desde então, as autoridades apreenderam 21 toneladas em cocaína, em cera de 80 diligências realizadas no Brasil e no exterior. A corporação mira nos crimes de tráfico internacional de drogas, pertinência a organização criminosa e associação para fins de tráfico.

Durante as apurações, a PF realizou, junto com as autoridades da França, duas entregas controladas, que levaram os investigadores a acompanhar o recebimento da cocaína em solo europeu. Com tais diligências foi possível identificar o grupo criminoso responsável pela retirada da droga no Porto de Le Havre, com a consequente prisão dos envolvidos e apreensão de pistolas e fuzis, além da droga remetida.

A Polícia Federal informou que as ofensivas abertas na manhã desta quinta são um desdobramento da Operação Enterprise, que foi deflagrada em novembro de 2020 em diferentes Estados e no exterior contra um "conglomerado" de traficantes internacionais de drogas.

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