Será que a Netflix está em dacaída?

Pela primeira vez em 10 anos, a empresa perdeu assinantes

Será que a Netflix está em dacaída?

Agora, mais do que nunca, a vida antes da Netflix parece um sonho distante, especialmente depois de passarmos muitas horas em isolamento social na pandemia. A gigante do streaming, desde suas origens, mudou a forma como criamos e consumimos mídia. Ela conquistou um sucesso incrível e até se tornou sinônimo de streaming nas nossas casas. Mas seus concorrentes estão crescendo cada vez mais e muita gente está se perguntando se a Netflix está começando a ter uma queda.

Isso se deve, principalmente, ao fato da Netflix ter perdido assinantes pela primeira vez em 10 anos no início de 2022. E a expectativa é que eles percam ainda mais esse ano, o que fez o preço das ações cair mais uma vez no dia 19 de abril, segundo a Variety. Inicialmente, o preço das ações caiu em torno de 20% com a notícia de que a gigante dos streamings havia perdido 200 mil assinantes globalmente durante o primeiro trimestre. E a tendência é que as coisas não melhorem tão cedo, já que está prevista a perda de mais 2 milhões de assinantes globais no segundo trimestre. 

A Netflix colocou a culpa dessa queda numa combinação de fatores, incluindo o aumento da concorrência, a guerra na Ucrânia, a economia, a desaceleração do lançamento da banda larga e o grande número de pessoas compartilhando suas senhas com quem não faz parte de seu núcleo familiar. A empresa respondeu a isso dizendo que agora está considerando adicionar publicidade ao serviço, em troca de uma assinatura com preços mais baixos, algo que eles eram anteriormente contra.

Clique aqui para ver como esta empresa, que começou como um mero serviço de DVD por correio, tornou-se uma força do setor no mundo.

©

Getty Images

Popularidade na pandemia

A Netflix criou um fundo de US$ 100 milhões para ajudar as produtoras que foram prejudicadas pela pandemia, amparando centenas de milhares de funcionários dentro e fora do guarda-chuva da Netflix, de acordo com o diretor de conteúdo da empresa, Ted Sarandos. Dos US$ 100 milhões, US$ 15 milhões foram dedicados a organizações que fornecem ajuda emergencial para desempregados do setor audiovisual nos países onde a Netflix tem grandes bases de produção. Essa enorme doação foi em adição ao pagamento de duas semanas que eles já haviam se comprometido com equipes e elencos de produções que foram obrigadas a suspender seu trabalho por causa da pandemia.

©

Shutterstock

O começo

A Netflix foi fundada em 1997 pelos engenheiros de software Reed Hastings (foto) e Marc Randolph. A empresa fornecia DVDs por correio através de um serviço online.

©

Getty Images

O primeiro nome era "Kibble"

Directpix, Replay, Luna e outros nomes foram considerados, mas quando a empresa estava sendo incorporada, Randolph deu a ela o nome temporário de Kibble ("ração de cachorro" em tradução livre) até que conseguissem decidir por algo permanente.

© Shutterstock

Quando os DVDs ainda eram novidade

Locadoras de filmes populares, como a Blockbuster, não traziam a conveniência de escolher e pedir o filme do conforto da nossa casa.

© Getty Images

Uma confusão hilária no início

De acordo com o livro 'Netflixed', Randolph decidiu colocar no catálogo DVDs com o testemunho de Monica Lewinsky sobre o presidente Bill Clinton. No entanto, uma confusão no lugar que fazia as cópias resultou em centenas de pessoas recebendo filmes adultos chineses pesados.

© Getty Images

Serviços de assinatura pioneiros

A Netflix logo trouxe outro novo conceito: o serviço de assinatura. Os assinantes tinham aluguéis mensais ilimitados por uma taxa, sem multas por atraso e um sistema de recomendação personalizado.

© Shutterstock

Sucesso precoce

Em 2005, apesar de ainda não ser tão conhecida, a Netflix tinha 4,2 milhões de assinantes.

© Shutterstock

Streaming

À medida que a tecnologia avançou, a empresa também evoluiu. A Netflix estreou no streaming em 2007. Nessa época, as pessoas podiam assistir filmes em seus computadores pessoais. Em 2008, já era possível acessar a Netflix a partir do Xbox 360, aparelhos de Blu-ray e set-top boxes de TV.

© Shutterstock

A competição logo apareceu

Em 2008, uma grande concorrente chamada Hulu entrou no mercado. Essa empresa já nasceu com alguma vantagem, já que é operação conjunta entre as gigantes NBC Universal e a News Corporation.

© Shutterstock

A diferença

Um dos recursos da Netflix é o acesso a conteúdo sem anúncios exclusivamente para assinantes . O Hulu, ao contrário, oferecia vídeos gratuitos, mas eles eram acompanhados de anúncios.

© Shutterstock

A diferença

O conteúdo também era um ponto de competição. O Hulu oferecia os cinco episódios mais recentes de programas que estavam em exibição na TV, enquanto a Netflix só oferecia programas mais antigos.

© Shutterstock

Outros perceberam a oportunidade

Mais concorrentes continuaram a aparecer, incluindo Amazon e YouTube, embora não tenham alcançado o mesmo sucesso ainda.

© Shutterstock

Entrando no cenário global

A Netflix se ramificou oficialmente em 2010 com o lançamento no Canadá. Em 2011 foi a vez de alcançarem a América Latina e, depois, a Europa em 2012. A empresa foi considerada mundialmente presente (salvo alguns países) em 2016.

© Getty Images

Um tropeço perigoso

Com a popularidade dos DVDs desaparecendo e o streaming surgindo, Reed Hastings teve a ideia em 2011 de separar o serviço de streaming da Netflix do serviço de DVD, mudando o nome do segundo para Qwikster.

© Getty Images

Um tropeço perigoso

A mudança irritou muitos clientes que queriam ter os dois serviços. Com a separação, eles teriam duas contas, dois pagamentos, duas filas... A Qwikster durou apenas um mês!

© Shutterstock

O último passo para a dominação mundial

A Netflix consolidou seu lugar como o principal serviço de streaming em 2013, quando adicionou programação original às suas ofertas, começando com a série 'House of Cards'.

© Getty Images

Sucesso das web-séries

A série sobre o lado sombrio da Casa Branca ganhou oito indicações ao Emmy em sua primeira temporada. Essa foi a primeira vez que um programa exclusivo da web foi indicado.

© Getty Images

Números sem precedentes

Em seu sucesso inicial em 2005, a empresa tinha 4,2 milhões de assinantes. A Netflix agora tem mais de 139 milhões de adesões em 190 países.

© Shutterstock

Máquina de conteúdo

O maior serviço de streaming do mundo lançou 80 filmes originais em 2018 e 700 programas de TV originais. O orçamento de conteúdo é de impressionantes US$ 13 bilhões.

© BrunoPress

Programas ganham uma segunda vida

Antigamente, quando uma série era cancelada, a gente podia dar adeus para sempre ao programa. Mas a Netflix mudou isso e títulos de catálogo que haviam sido cancelados na TV ganharam uma segunda vida na Netflix ('Arrested Development' e 'Lúcifer', por exemplo). Com isso, os estúdios estão prestando mais atenção em quais séries estão performando bem.

© Getty Images

Mudando a maneira como consumimos audiovisual

Serviços como a Netflix introduziram uma nova maneira de assistir séries: o binge-watching, mais conhecido em terras tupiniquins como maratonar sem parar. Embora a empresa ainda libere episódios de alguns programas semanalmente, ela usa recursos como o reprodução automática para incentivar o hábito.

© Shutterstock

Eliminando a TV tradicional

A empresa se construiu na teoria de que o streaming está substituindo a TV tradicional, pois os controles remotos e a ideia de aderir a horários e locais estão desaparecendo cada vez mais.

© Shutterstock

O conceito de spoilers

A Netflix contratou o antropólogo cultural Grant McCracken para pesquisar a ciência por trás dos spoilers. O estudioso identificou diferentes classes de spoilers, desde aquelas pessoas que fazem isso como um jogo de poder até aqueles que dão dicas em códigos.

© Shutterstock

O conteúdo muda para se adaptar às maratonas

Os roteiristas de TV agora estão tendo que pensar em criar programas com o propósito de serem maratonados, já que binge-watching está se tornando um marcador de sucesso para um programa.

© Shutterstock

Respondendo diretamente ao espectadores

A Netflix é o primeiro serviço de streaming a conversar com os usuários no Twitter, como escrever: "Para as 53 pessoas que assistiram A Christmas Prince todos os dias nos últimos 18 dias: Quem te machucou?"

© Shutterstock

Respondendo diretamente ao espectadores

Mas a empresa supostamente também usa dados de visualização para enviar anúncios personalizados e decidir quais programas produzir ou licenciar.

© Shutterstock

Muito dinheiro é investido em recomendações

A Netflix gasta mais de US$ 150 milhões por ano apenas para melhorar seu sistema de recomendações. Por quê? A empresa estima que os usuários gastem apenas dois minutos procurando por um título.

© Shutterstock

Eles se esforçaram

Antes de suas ferramentas analíticas de alta tecnologia, os executivos da Netflix iam à casa de usuários escolhidos, com café de cortesia, para observá-los fisicamente usando o site.

© Shutterstock

As ações subiram mais de 1500%

A Netflix fez sua oferta pública inicial em 2002 a US$ 15 por ação. Embora o preço da ação tenha caído um ano depois para um pouco abaixo de US$ 5 por ação, as ações pularam para mais de US$ 250 desde entãp.

© Shutterstock

Precisa de um serviço de DVD?

Aparentemente, Hastings brinca que entregará o último disco a um cliente — pessoalmente — por volta de 2030.

Veja também: Séries que foram rejeitadas antes de fazerem um sucesso absurdo

© Getty Images

Tech Streaming 07/05/22 POR Notícias Ao Minuto Brasil


Agora, mais do que nunca, a vida antes da Netflix parece um sonho distante, especialmente depois de passarmos muitas horas em isolamento social na pandemia. A gigante do streaming mudou a forma como criamos e consumimos mídia desde suas origens. Ela conquistou um sucesso incrível e até se tornou sinônimo de streaming nas nossas casas. Mas seus concorrentes estão crescendo cada vez mais e muita gente está se perguntando se a Netflix está começando a ter uma queda.

PUB

Isso se deve, principalmente, ao fato da Netflix ter perdido assinantes pela primeira vez em 10 anos no início de 2022. E a expectativa é que eles percam ainda mais esse ano, o que fez o preço das ações cair mais uma vez no dia 19 de abril, segundo a Variety. Inicialmente, o preço das ações caiu em torno de 20% com a notícia de que a gigante dos streamings havia perdido 200 mil assinantes globalmente durante o primeiro trimestre. E a tendência é que as coisas não melhorem tão cedo, já que está prevista a perda de mais 2 milhões de assinantes globais no segundo trimestre.

A Netflix colocou a culpa dessa queda numa combinação de fatores, incluindo o aumento da concorrência, a guerra na Ucrânia, a economia, a desaceleração do lançamento da banda larga e o grande número de pessoas compartilhando suas senhas com quem não faz parte de seu núcleo familiar. A empresa respondeu a isso dizendo que agora está considerando adicionar publicidade ao serviço, em troca de uma assinatura com preços mais baixos, algo que eles eram anteriormente contra.

Clique aqui para ver como esta empresa, que começou como um mero serviço de DVD por correio, tornou-se uma força do setor no mundo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Jojo Todynho Há 4 Horas

Jojo Todynho veste roupa que usava antes de perder 50kg. "Saco de batata"

mundo Aviões Há 23 Horas

Piloto alcoolizado leva Japan Airlines a cancelar voo nos EUA

brasil Herança Há 6 Horas

Viúvo de Walewska cobra aluguel para que sogros morem em imóvel da filha

brasil São Paulo Há 22 Horas

Adolescente tem membros amputados após descarga elétrica de 8 mil volts

brasil Rio Grande do Sul Há 6 Horas

Governador do RS alerta para "maior desastre da história" do estado

fama Príncipe William Há 22 Horas

Príncipe William fala dos filhos e do estado de saúde de Kate Middleton

fama Brian McCardie Há 4 Horas

Morre Brian McCardie, ator da série Outlander, aos 59 anos

lifestyle Rosto Há 22 Horas

Sinais no rosto que podem indicar doenças: fique atento!

tech ESSILORLUXOTTICA-NEGÓCIOS Há 3 Horas

Maior fabricante de óculos escuros do mundo quer ser a número um em smart glasses

mundo Londres Há 4 Horas

Responsável por ataque com espada em Londres tem cidadania brasileira