Instagram bloqueia lives de Eduardo Bolsonaro por desinformações

O filho do presidente foi bloqueado por desinformações sobre urnas

© Em live sobre Brasil e EUA, Eduardo Bolsonaro ignora eleição americana

Política Eleições 2022 12/05/22 POR Rafael Damas

O deputado federal Eduardo Bolsonaro estava prestes a iniciar mais uma de suas transmissões ao vivo quando foi pego na mentira pelo Instagram: de tanto espalhar fake news e ameaçar as eleições, o parlamentar agora está impedido de fazer lives na rede social. Nos últimos dias, ele já havia tido publicações removidas por ferirem as regras da plataforma. A conta segue no ar, mas várias das fake news já não estão mais no feed do filho do presidente.

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O próprio Eduardo Bolsonaro compartilhou o aviso, que dizia: “As publicações de sua conta foram removidas recentemente por irem contra nossas Diretrizes da Comunidade, portanto, o compartilhamento de vídeos ao vivo foi temporariamente bloqueado”. Com o impedimento, fez a transmissão no YouTube, Facebook e Twitter.

O que mais irritou Eduardo Bolsonaro foi que a rede começou a incluir um selo em postagens sobre as eleições com avisos para mentiras e um link para o site da Justiça Eleitoral. Trata-se de uma parceria entre a empresa que controla o Facebook e o Instagram, a Meta, e a Justiça Eleitoral para garantir que os usuários tenham acesso a informações verdadeiras e oficiais. A exemplo do que acontece com conteúdos sobre a pandemia de covid-19, publicações sobre eleições recebem agora o mesmo selo.

Uma boa iniciativa para os brasileiros, mas algo muito irritante para quem vive de espalhar mentira. Ao questionar o aviso, Eduardo Bolsonaro compartilhou a imagem de um post do comentarista Adrilles Jorge, em que a confiabilidade do sistema de votação brasileiro é colocada em dúvida – a mentira mais desmentida no Brasil hoje. Na publicação de Adrilles, o selo pode ser visto logo abaixo do vídeo e funciona como um atalho para que o internauta acesse o site da Justiça Eleitoral “para encontrar informações oficiais sobre as eleições de 2022”.

A verdade é que nunca houve fraude comprovada nas eleições brasileiras desde a adoção das urnas eletrônicas. Mesmo assim, a milícia digital segue criando montagens grosseiras e mentiras sobre o assunto.

“Só Deus sabe aonde vai parar toda essa boa vontade”, disse Eduardo Bolsonaro bem irritado. Ele ainda veio com uma comparação estapafúrdia, dizendo que a ferramenta não é utilizada na versão norte-americana da rede social. E nem teria motivo, já que a parceria é com a Justiça Eleitoral brasileira e foi desenvolvida para desmontar o cenário de caos criado pelo gabinete do ódio e pelas mentiras espalhadas por sua própria família. Para o filho do presidente que mente 7 vezes por dia, um péssimo sinal.

O Instagram, porém, é só uma dentre as diversas plataformas que firmaram acordos com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para combater a disseminação de desinformação durante as eleições deste ano. Nesse grupo, também estão WhatsApp, Twitter, TikTok, Facebook, Google, YouTube e o Kwai. Mais recentemente, o Telegram também abriu diálogo com a Corte e escapou de um bloqueio no país, embora não esteja cumprindo integralmente o acordo estabelecido.

Não é de hoje que Eduardo Bolsonaro está na mira das autoridades por investir na indústria de mentiras. Já em 2020, o Facebook enviou à CPMI das Fake News informações que mostravam que uma das páginas utilizadas para ataques virtuais e para estimular o ódio contra supostos adversários do presidente Jair Bolsonaro, foi criada a partir de um computador localizado na Câmara dos Deputados e registrada no telefone de um assessor do 03.

No ano passado, a Polícia Federal (PF) verificou que a conta de Instagram “Bolsonaro News”, derrubada pelo Facebook por postar conteúdos falsos, foi acessada pela rede de wifi do Palácio do Planalto e da casa do presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Também segundo a PF, contas falsas criadas no Facebook e no Instagram, usadas para atacar opositores do governo e membros do Judiciário foram acessadas 1.045 vezes a partir de computadores em órgãos públicos, incluindo Senado, Câmara dos Deputados, Câmara Municipal do Rio de Janeiro, Presidência da República e Comando da Brigada de Artilharia Antiaérea. Nessa lista, entram especialmente assessores ligados a Flávio, Eduardo Bolsonaro e a outros legisladores bolsonaristas. 

Desde que o gabinete do ódio passou a pautar a milícia digital bolsonarista para promover ataques à democracia e ao processo eleitoral, houve um aumento de 440% no volume de fake news envolvendo as eleições, o Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seus ministros. A estratégia deles é tentar repetir 2018 e nos afogar em mentiras. Sempre que se vê acuado, Bolsonaro cria cortinas de fumaça a cada notícia negativa veiculada sobre o seu governo (e são muitas). Essa estratégia não é nova, mas é extremamente eficaz. Com suas declarações absurdas, o presidente pauta a mídia e as redes sociais dia após dia, deixando as más notícias sobre sua administração em segundo plano.

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