Simone Tebet fala em 'pacificação' do País e mira eleitorado feminino

A tendência dos tucanos é fechar acordo com o MDB e o Cidadania para que Simone seja lançada como o nome da terceira via na disputa, mas uma ala ainda insiste na candidatura própria.

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Política Simone Tebet 26/05/22 POR Estadao Conteudo

Um dia depois de ser escolhida como pré-candidata do MDB à Presidência, a senadora Simone Tebet (MS) disse ter "total confiança" no apoio do PSDB a seu nome e prometeu atuar na campanha pela "pacificação" do País. A tendência dos tucanos é fechar acordo com o MDB e o Cidadania para que Simone seja lançada como o nome da terceira via na disputa, mas uma ala ainda insiste na candidatura própria.

Desde segunda-feira, quando o ex-governador de São Paulo João Doria desistiu de concorrer ao Palácio do Planalto - após ser rifado pelo próprio partido -, a cúpula do PSDB tenta encontrar uma solução para o impasse. Diante das divergências, a reunião da Executiva Nacional foi adiada para o próximo dia 2.

Única mulher na corrida rumo ao Planalto, Simone amenizou as resistências a seu nome no PSDB e a divisão em seu próprio partido. Embora a Executiva Nacional do MDB tenha aprovado a pré-candidatura da senadora, diretórios da legenda no Nordeste defendem a aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na outra ponta, os do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Convenção

"Nós não temos a unanimidade do partido, mas teremos a unanimidade na convenção. Isso que é importante", disse Simone. A convenção nacional do MDB será realizada em julho. Nos bastidores do PSDB, muitos avaliam que a senadora poderá ser barrada nesse encontro. Um dos maiores focos de resistência vem da ala controlada pelo deputado Aécio Neves (PSDB-MG), em guerra com o presidente do partido, Bruno Araújo.

"Eu não tenho dúvida de que estaremos com aqueles que sempre foram nossos aliados de primeira hora, homens e mulheres de bem do PSDB", afirmou ela. "Vamos falar mais do Brasil e menos de Lula e Bolsonaro", completou.

Na prática, porém, a polarização entre Lula - favorito nas pesquisas - e Bolsonaro, que ocupa o segundo lugar, não tem ainda um competidor de peso. Simone, até agora, é inviável eleitoralmente. O ex-ministro Ciro Gomes, do PDT, aparece em terceiro lugar nesse ranking, mas se recusa a vestir o figurino da terceira via e diz não estar no campo das "viúvas de Bolsonaro", como chama o colegiado composto por MDB, PSDB e Cidadania. Nos últimos dias, Ciro chegou a fazer um aceno para a senadora, mas não obteve sucesso.

Ao lado dos presidentes do MDB, Baleia Rossi, e do Cidadania, Roberto Freire, Simone disse que, se eleita, vai recriar o ministério destinado apenas à Segurança Pública e terá um primeiro escalão composto igualmente por homens e mulheres. "A nossa missão é pacificar o Brasil com os brasileiros", insistiu.

Mulheres

Apesar de não contar ainda com o apoio do PSDB, a pré-candidata se apresentou como concorrente do grupo batizado como "centro democrático" e fez acenos ao eleitorado feminino. É entre as mulheres que Bolsonaro enfrenta a maior rejeição.

"Quando eu comecei a minha vida pública, realmente tinha dificuldade de convencer as mulheres a votar em mulheres. Hoje é o processo inverso", afirmou a senadora. "Não só mulher vota em mulher, homens votam em mulheres."

Até agora, Simone tem índices muito baixos de intenção de voto - de 1% a 2% -, mas o MDB avalia que ela possui potencial de crescimento por ter rejeição muito baixa, diferentemente de Doria.

Nas fileiras do PSDB são cotados para vice de Simone os senadores Tasso Jereissati (CE) e Mara Gabrilli (SP) e o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite. Tasso e Leite têm dito que não vão entrar nesse páreo. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) também é citada para uma dobradinha.

Economia

Ao apresentar suas propostas, Simone se declarou liberal na economia, mas contra a privatização da Petrobras. "Sou a favor de privatizações, mas sou contra a privatização da Petrobras. Comigo não é 8 ou 80, é o caminho do meio, que vai me permitir dialogar com ambas as frentes", argumentou a parlamentar.

Na sua avaliação, o Estado deve gerir apenas o que é de "soberania e segurança" nacionais. "Não é Estado mínimo ou Estado máximo, é o Estado necessário para servir as pessoas. É tratar bem os investidores, é entender que o mercado e a iniciativa privada são parceiros no desenvolvimento do Brasil e tudo aquilo que não é essencial tem que ser colocado para a iniciativa privada", observou ela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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