MPF pede bloqueio de R$ 113 milhões envolvidos na tragédia aérea da Chapecoense

O Senado Federal também segue com as investigações para apurar as causas da tragédia

© Reprodução

Esporte Investigação 24/06/22 POR Estadao Conteudo

Quase seis anos após o trágico acidente aéreo da Chapecoense, muitas famílias ainda lutam para receber indenizações. O caso ganhou um novo capítulo em que o Ministério Público Federal (MPF) solicitou à Justiça bloqueio de R$ 113,6 milhões de três empresas: a companhia aérea LaMia, a Bisa Seguros e a resseguradora Tokio Marine. Na última segunda-feira, a 2ª Vara Federal de Chapecó intimou as três empresas a apresentarem provas de sua inocência e o prazo é de 15 dias.

Nesta semana, a Justiça rejeitou argumentos das três empresas, que, por terem sedes em outros países, não consideram válidas as acusações feitas no Brasil. O MPF, por outro lado, considera os argumentos das famílias óbvios e não vê motivos para o não pagamento das indenizações. Se o primeiro pedido de bloqueio for negado, há um segundo pedido com valor menor: R$ 63,7 milhões.

A Tokio Marine organizou o "Fundo de Assistência Humanitária" para indenizar as famílias vítimas. O objetivo era pagar para cada uma delas 225 mil dólares (R$ 1,18 milhão), valor considerado baixo pelo MPF. Algumas famílias aceitaram, mas tiveram que abrir mão de todos os processos como condição para o acordo. Caso o bloqueio seja autorizado, essas famílias também serão beneficiadas.

CPI DA CHAPECOENSE

O Senado Federal também segue com as investigações para apurar as causas da tragédia, os responsáveis e o atraso das indenizações. Uma reunião estava marcada para a última quarta-feira, mas foi adiada por conta da ausência da resseguradora Tokio Marine e da corretora de seguros AON, da Inglaterra.

A CPI estava prevista para se encerrar em maio, mas foi adiada para 11 de julho, justamente para ouvir as seguradoras. No fim de maio, o Senado divulgou relatório e apontou LaMia, Bisa Seguros, Tokio Marine e Aon UK e Grupo Estratégica (antiga Aon Bolívia) como as cinco responsáveis pelas indenizações.

O ACIDENTE

Em 29 de novembro de 2016, o voo da empresa LaMia, que levava o time de futebol da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, onde seria realizada a final da Copa Sul-Americana, caiu próximo à cidade após partir de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia.

Segundo relatório do Grupo Colombiano de Investigação de Acidentes Aéreos, a principal causa foi a falta de combustível. O desastre teve 71 vítimas fatais, sendo 64 brasileiros, incluindo jogadores, integrantes da comissão técnica, dirigentes, jornalistas esportivos e alguns convidados.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Jojo Todynho Há 11 Horas

Jojo Todynho veste roupa que usava antes de perder 50kg. "Saco de batata"

brasil Herança Há 13 Horas

Viúvo de Walewska cobra aluguel para que sogros morem em imóvel da filha

brasil Rio Grande do Sul Há 13 Horas

Governador do RS alerta para "maior desastre da história" do estado

mundo EUA Há 10 Horas

Criança morre após ser forçada a correr em esteira pelo pai

fama Brian McCardie Há 12 Horas

Morre Brian McCardie, ator da série Outlander, aos 59 anos

brasil MORTE-SC Há 12 Horas

Adolescente de 14 anos morre após ser picado por cobra venenosa em SC

mundo Londres Há 11 Horas

Responsável por ataque com espada em Londres tem cidadania brasileira

fama Isabel Veloso Há 13 Horas

Marido de influencer com câncer terminal: 'Finjo que não vai acontecer'

economia INSS Há 11 Horas

INSS começa a pagar 13º antecipado; veja quem tem direito

esporte Arábia Saudita Há 12 Horas

Sem folga: Al Hilal treina após garantir vaga na final; veja as imagens