© Getty Images
A Nasa, Agência Espacial dos Estados Unidos, divulgou as primeiras imagens registradas pelo supertelescópio espacial James Webb. As fotografias são coloridas e mostram, com grande nitidez, dezenas de galáxias nos confins do Universo, planetas fora do sistema solar que podem abrigar vida e o nascimento e a morte de estrelas.
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O engenheiro eletricista e membro do Clube de Astronomia de Brasília, Paulo Cacella, avalia que as imagens dão uma pista do que podemos esperar do James Webb, como a capacidade dos telescópios. E tem muitas informações nestas imagens que permitem imaginar num futuro próximo as descobertas que vão ser trazidas a tona, como uma eventual vida extraterrestre.
[Imagem retirada pelo telescópio espacial James Webb]© Getty Images
O telescópio espacial James Webb é fruto de uma parceria da Nasa com as agências espaciais europeia e canadense. Custou U$ 9 bilhões - quase R$ 50 bilhões de reais - e foi lançado em dezembro do ano passado, com a missão de suceder o telescópio Hubble no estudo de corpos celestes distantes e das origens do Universo.
Apesar de as sete imagens terem sido divulgadas oficialmente nesta terça-feira, na véspera, elas foram mostradas ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Uma delas mereceu destaque na entrevista coletiva concedida pelos pesquisadores da Nasa. É a que mostra dezenas de galáxias. Uma delas tem idade estimada em 13,1 bilhões de anos. É tão próxima à idade do próprio Universo, que pode provocar uma revisão dessa medida.
Outra novidade é que, ao observar a poeira cósmica deixada por estrelas que morreram, o James Webb conseguiu descobrir pistas que podem levar ao valor exato da taxa de expansão do Universo.
O engenheiro Paulo Cacella explica que essa descoberta pode significar uma reformulação dos dados do universo que a gente já conhece.
As imagens reveladas pela Nasa mostram, ainda, a Nebulosa Carina, com duas enormes nuvens de gás e poeira estelar, onde morrem e nascem estrelas. Os pesquisadores também encontraram um planeta do tamanho de Júpiter, a 1.100 anos-luz de distância, com vapor de água na atmosfera.