Bolsonaro tem apoio dos sertanejos e Lula atrai artistas de vários gêneros

A lista de artistas dá o tom do espectro amplo de gêneros musicais que apoiam o petista, enquanto o atual presidente e também candidato Jair Bolsonaro angaria mesmo nomes do sertanejo, o gênero de música mais escutado do país.

© Reuters / Getty Images

Política ELEIÇÕES-ARTISTAS 04/08/22 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Pabllo Vittar, Martinho da Vila, Chico César, Lenine, Maria Rita, Duda Beat, Otto e Teresa Cristina são alguns dos nomes que figuram no jingle do ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

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A lista de artistas dá o tom do espectro amplo de gêneros musicais que apoiam o petista, enquanto o atual presidente e também candidato Jair Bolsonaro angaria mesmo nomes do sertanejo, o gênero de música mais escutado do país.

Funk, pop, samba, rap, MPB e outros ritmos estão em peso ao lado de Lula -e não é de hoje que ele tem apoio amplo da classe artística. O próprio jingle "Sem Medo de Ser Feliz" foi baseado na versão original que Hilton Acioli compôs para a corrida presidencial em 1989. Na época, participaram do clipe da música cantores como Chico Buarque, Gal Costa, Beth Carvalho e vários atores globais.

Além dos que aparecem no clipe atual, nomes como Ludmilla, que publicou um vídeo no Twitter com a música "Vai Dar PT", de MC Rahell, e Anitta, que causou um alvoroço ao afirmar que votaria em Lula, fazem crescer a lista de apoio ao candidato.

Isso sem contar nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gaby Amarantos, Iza, Gloria Groove, Manu Gavassi, Luisa Sonza, Carlinhos Brown, Vanessa da Mata, Tati Quebra Barraco, Valesca Popozuda, Arnaldo Antunes, João Gordo (dos Ratos de Porão), Lucas Silveira (do Fresno), Filipe Ret, Paulinho da Viola e Zeca Pagodinho, entre outros, que já demonstraram apoio ao ex-presidente.

Diversos nomes do rap também já posicionaram em favor do petista. Foi o caso de Emicida, que disse ao UOL que a prisão de Lula foi injusta e que aceitaria cantar na posse dele, caso eleito. Mano Brown, dos Racionais MCs, deu declarações favoráveis ao ex-presidente, e chegou a entrevistá-lo em seu podcast, o "Mano a Mano".

Já Djonga publicou uma foto com o petista e questionou, no Instagram, os ouvintes do gênero. "Público do rap: qual é a sua? Vocês não estão ouvindo essa porra, não? Por algum momento vocês acharam que eu votaria no Bolsonaro?"

Isso se ancora na campanha como um todo de Lula, que tem levantado a bandeira das artes como uma oposição ao governo atual, que extinguiu o Ministério da Cultura que Lula promete refazer.

No caso de Bolsonaro, ele segue tendo apoio de uma ala importante de cantores sertanejos, o gênero musical mais popular atualmente do Brasil. Numa toada um pouco diferente dos artistas que apoiam Lula, os músicos desse estilo não costumam falar abertamente sobre o voto no presidente, mas ecoam seus discursos.

A dupla sertaneja Mateus e Cristiano, por exemplo, ficou encarregada de cantar o hino nacional e o jingle da campanha, "Capitão do Povo", na convenção de Bolsonaro. Durante um show de Gusttavo Lima, o locutor do evento fez um discurso inflamado em que defendeu "Deus, a pátria e a família" -lema do integralismo- e disse que "aqui nunca vai ser o comunismo".

Ainda que não tenham declarado voto abertamente, Bruno e Marrone, por exemplo, foram nomeados embaixadores do turismo pelo presidente, e Latino já declarou voto nele, assim como Sérgio Reis. Os cantores Amado Batista e Chrystian, da dupla Chrystian & Ralf, também são apoiadores de Bolsonaro.

Em vídeo do ano passado, Zezé di Camargo, da dupla com Luciano, apoiou a campanha bolsonarista a favor do voto impresso, depois de ter afirmado que votou no presidente nas eleições de 2018. Zé Neto, da dupla com Cristiano, disse em show que não precisa da Lei Rouanet, também ecoando um discurso do candidato do Partido Liberal e de sua base de apoiadores.

Já Juliano, da dupla com Henrique, uma das mais ouvidas do país nos últimos anos, encerrou uma live em 2020 repetindo o slogan de Bolsonaro -"Brasil acima de tudo, Deus acima de todos". A dupla Jads e Jadson já foi ao Palácio da Alvorada para um encontro com o presidente e candidato.

Além dos sertanejos, Bolsonaro encontra apoio em músicos de outros segmentos. É o caso de Digão, guitarrista e vocalista dos Raimundos, que disse não ser bolsonarista, mas declarou voto no presidente. Ele inclusive se envolveu em discussões na internet com Tico Santa Cruz, vocalista dos Detonautas e eleitor de Ciro Gomes, do PDT -assim como a sambista Alcione.

Quem também apoia o candidato do PL é Roger Moreira, vocalista do Ultraje a Rigor, e o cantor Netinho, do axé. Este último, inclusive, entrou em uma disputa judicial com Manno Góes, o compositor de "Milla", maior hit de sua carreira, após Netinho cantar a música em um ato bolsonarista no ano passado.

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