Tudo sobre a varíola dos macacos (spoiler: não é transmitida pelo animal)

Casos de infecção com a doença estão crescendo

Tudo sobre a varíola dos macacos (spoiler: não é transmitida pelo animal)

Varíola dos macacos é uma doença rara e infecciosa endêmica da África. No entanto, casos da varíola dos macacos em humanos já foram registrados recentemente no Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Austrália. A Europa também registrou surtos em Portugal, Espanha, Suécia, Itália, Bélgica e Alemanha e a doença deve se espalhar ainda mais. No Brasil, o Ministério da Saúde já determinou alerta máximo para a doença. O Organização Mundial da Saúde (OMS) estuda mudar o nome da doença no país, já que macacos têm sido assassinados por pessoas que acreditam que eles passam a doença, o que não é verdade.

Mas o que exatamente é varíola dos macacos? Como é transmitida? Há uma vacina disponível? Clique e descubra tudo o que já se sabe sobre a varíola dos macacos.

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O que é Varíola dos Macacos?

Varíola dos macacos é uma doença rara e infecciosa causada pelo vírus varíola dos macacos. Esse tipo de varíola é da mesma família do vírus da varíola comum. A diferença é que o vírus da varíola dos macacos pode ocorrer em certos animais e também em humanos.

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Vírus da varíola dos macacos

O vírus da varíola dos macacos é uma doença zoonótica viral, ou seja, é transmitida de espécies de animais para humanos. Na foto está o vírus presente no fluido vesicular humano.

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Período de incubação

O período de incubação (tempo entre a infecção e o aparecimento de sintomas) da varíola dos macacos geralmente é entre 7 e 14 dias, mas pode variar entre 5 e 21 dias. É improvável que uma pessoa fique contagiosa durante esse período e geralmente não apresentará sintomas.

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Sinais e sintomas

Em humanos, os sintomas da varíola dos macacos são semelhantes aos sintomas da varíola comum, mas costumam ser mais leves. Os primeiros sinais de infecção incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e fadiga.

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Linfadenopatia

Um sintoma revelador de que se trata da varíola dos macacos é a presença linfonodos inchados (linfadenopatia), uma condição que nunca foi associada à varíola comum.

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Lesões

Poucos dias após o início da febre, as lesões aparecem, normalmente, primeiro no rosto de quem foi infectado com a varíola dos macacos. ssas lesões então se espalham para outras partes do corpo.

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Estágios das lesões

Essas lesões progridem através de vários estágios — manchas, pápulas, vesículas (bolhas), pústulas e crostas — antes de desaparecerem.

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Contagioso

Uma pessoa atingida por varíola dos macacos fica contagiosa desde o início das lesões até o estágio da crosta.

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Taxa de mortalidade

A doença normalmente dura de duas a quatro semanas. Dados publicados pelo Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) sugerem que, na África, a varíola dos macacos tem sido a causa da morte de 1 em cada 10 pessoas que contraem a doença.

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Como se pega varíola dos macacos

A varíola dos macacos é transmitida aos seres humanos através de contato próximo com uma pessoa ou animal infectado, ou com material contaminado pelo vírus.

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Transmissão animal-humano

O vírus pode ser contraído se a pessoa for mordida por um animal infectado ou se tocar em seu sangue, fluidos corporais, manchas, bolhas ou cicatrizes. O vírus entra no corpo através da pele quebrada (feridas, arranhões), do trato respiratório ou das membranas mucosas (olhos, nariz ou boca).

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Possíveis hospedeiros

De acordo com o CDC, o hospedeiro (principal portador de doenças) da varíola dos macacos ainda é desconhecido. No entanto, alguns roedores africanos, incluindo esquilos, são suspeitos de desempenhar um papel na transmissão.

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Transmissão humano-humano

Acredita-se que a transmissão entre seres humanos ocorra principalmente através de grandes gotículas respiratórias, mas, para isso acontecer, é necessário que o contato face a face seja prolongado, pois as gotículas respiratórias geralmente não conseguem viajar mais do que a uma curta distância.

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Carne de caça

A varíola dos macacos também pode ser espalhada pelo manuseio de carne infectada. Embora a carne silvestre seja uma importante fonte de proteína e renda para muitos africanos, as atividades relacionadas à carne de caça têm sido ligadas a numerosos surtos de doenças infecciosas emergentes.

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Origens da varíola dos macacos

A varíola dos macacos foi descoberta em 1958 pelo virologista dinamarquês Preben von Magnus (1912-1973) quando dois surtos de uma doença semelhante à varíola ocorreram em colônias de macacos-cinomolgos mantidos para pesquisa. O nome "varíola dos macacos" foi escolhido para identificar a condição.

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Primeiro caso humano de varíola dos macacos

Foi só em 1970, mais de 10 anos após Von Magnus identificar o vírus, que a varíola dos macacos foi identificada pela primeira vez em humanos, uma descoberta feita na República Democrática do Congo durante um período de esforço intensificado para eliminar a varíola comum. Desde então, a maioria dos casos relatados são provenientes de regiões rurais de florestas tropicais da Bacia do Congo (foto).

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Propagação da doença

No entanto, a varíola dos macacos em humanos tem sido relatada em pessoas de vários outros países da África Central e Ocidental, especificamente 11 nações: Benim, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Gabão, Costa do Marfim, Libéria, Nigéria, República do Congo, Serra Leoa e Sudão do Sul.

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Nigéria

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2017 a Nigéria tem sofrido um surto substancial, com mais de 500 casos suspeitos e mais de 200 casos confirmados e uma taxa de letalidade de aproximadamente 3%. Em 2022, ainda há notificação dos casos.

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Prevenção

Prevenir a infecção pelo vírus varíola dos macacos é a primeira linha de defesa no combate à propagação da doença. Evite contato com animais - selvagens e domésticos - que possam abrigar o vírus. Esse conselho se estende a animais que estão doentes ou que foram encontrados mortos em áreas onde a varíola dos macacos já foi notificada.

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Evite tocar no lugar em que animais infectados dormem

Da mesma forma, fique longe de qualquer material que tenha estado em contato com um animal doente, inclusive com o lugar que costumava ser a cama dele.

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Lave as mãos

A higiene eficaz das mãos é essencial para prevenir a propagação de qualquer doença infecciosa. Em áreas onde a varíola dos macacos ocorreu ou é prevalente, lave as mãos cuidadosamente com água e sabão ou com um desinfetante para as mãos à base de álcool após contato com animais infectados ou humanos.

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Isolamento

Quem contrai varíola dos macacos precisa ser tratado isoladamente para reduzir o risco de infecção em outras pessoas.

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Proteções para cuidados de saúde

Os prestadores de cuidados de saúde devem se proteger da varíola dos macacos usando equipamentos de proteção individual (EPI) no cuidado com os pacientes.

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Disinfecção

Em hospitais isolados em zonas rurais, é necessário um cuidado especial para desinfetar as salas de tratamento. Na foto, num centro de quarentena de varíola dos macacos em Zomea Kaka, na República Centro-Africana, um membro da equipe limpa uma ala anteriormente ocupada por um paciente.

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Existe vacina?

A OMS afirma que as vacinas utilizadas na erradicação da varíola comum também oferecem proteção contra a varíola dos macacos. Vacinas mais recentes foram especificamente projetadas para a prevenção de varíola dos macacos, mas não estão amplamente disponíveis.

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Desenvolvimento da vacina

O CDC relata que o JYNNEOSTM (também conhecido como Imvamune ou Imvanex) é uma vacina de vírus vivo atenuado que foi aprovada pela Food and Drug Administration dos EUA para a prevenção de varíola dos macacos.

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Varíola dos macacos na África

Em maio de 2003, foi registrado o primeiro caso de infecção por varíola dos macacos nos Estados Unidos. A causa do surto foi rastreada até ratos gambianos importados para o país por um comerciante de animais exóticos. Nenhuma transmissão entre humanos foi relatada e nenhuma morte foi registrada.

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Varíola dos macacos chega ao Reino Unido

Em setembro de 2018, o primeiro caso de varíola dos macacos do Reino Unido foi registrado. Acredita-se que o paciente, um cidadão nigeriano, tenha contraído varíola dos macacos na Nigéria antes de viajar para o Reino Unido.

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Ao redor do mundo

Uma pessoa que também saiu da Nigéria foi hospitalizada numa ala de isolamento no Centro Nacional de Doenças Infecciosas em Cingapura em maio de 2019 depois de ser confirmada como o primeiro caso de varíola dos macacos no país.

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Surto de varíola dos macacos 2022

Desde meados de maio de 2022, casos do vírus varíola dos macacos foram notificados nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, Portugal, Espanha, Suécia, Itália, Bélgica e Alemanha.

Fontes: (WHO) (National World) (National Geographic) (CDC) (National Library of Medicine)

Veja também: Pandemias que assolaram a humanidade

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Reuters

Lifestyle Monkeypox 12/08/22 POR Notícias Ao Minuto


Varíola dos macacos é uma doença rara e infecciosa endêmica da África. No entanto, casos da varíola dos macacos em humanos já foram registrados recentemente no Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Austrália. A Europa também registrou surtos em Portugal, Espanha, Suécia, Itália, Bélgica e Alemanha e a doença deve se espalhar ainda mais. No Brasil, o Ministério da Saúde já determinou alerta máximo para a doença. O Organização Mundial da Saúde (OMS) estuda mudar o nome da doença no país, já que macacos têm sido assassinados por pessoas que acreditam que eles passam a doença, o que não é verdade.

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