Missa é interrompida no PR após fiel dizer que padre pedia voto em Lula

A discussão começou já no fim da cerimônia religiosa, que durou 47 minutos e foi transmitida nas redes sociais, quando o padre seguia para fazer o encerramento.

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Brasil MISSA-PR 16/10/22 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRES) - Uma missa que era realizada na última quarta-feira (12) em Fazenda Rio Grande, no Paraná, foi interrompida após um dos fiéis que estava na igreja acusar o padre de pedir votos no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que está no segundo turno das eleições contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). A cidade é vizinha de Curitiba e fica a cerca de 30 quilômetros da capital.

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A discussão começou já no fim da cerimônia religiosa, que durou 47 minutos e foi transmitida nas redes sociais, quando o padre seguia para fazer o encerramento. Durante sua fala final, ele criticou o uso de armas e aqueles que utilizam a religião para fazer política.

"O Deus da vida nunca vai pactuar com as forças da violência. O Deus da vida nunca vai estar ao lado daquele que prega o armamentismo. Porque Deus é amor, é solidariedade. E que nós católicos, como cristãos, como devotos, também não possamos aceitar o que tantas pessoas estão fazendo com a religião para angariar votos", disse o padre.

Segundos depois, uma mulher o interrompeu: "O Deus da vida é a favor do aborto, padre?". Ele, então, respondeu que não e tentou seguir com a missa, mas foi novamente interrompido. "É a favor da ideologia de gênero? Ninguém aqui fala nada. [Trecho inaudível]. O senhor está pedindo voto para o Lula", afirmou a fiel.

Na sequência, o padre diz que não pediu votos a Lula e segue na condução da missa. No entanto, um grupo maior de fiéis começa a falar enquanto ele continua as orações. "Eu não estou pedindo voto para o Lula. Eu estou falando a palavra", diz o padre ao interromper novamente a cerimônia religiosa.

Depois disso, mais pessoas começam a falar ao mesmo tempo e a transmissão ao vivo da missa é encerrada.

Esse episódio no Paraná ocorreu no mesmo dia em que Bolsonaro visitou o Santuário de Aparecida, com apoiadores hostilizando a imprensa.

Durante a celebração da principal missa na basílica, pela manhã, o arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, afirmou que é preciso combater o "dragão do ódio", da mentira, do desemprego, da fome e da incredulidade. Bolsonaro, candidato à reeleição, não estava presente neste momento.

Centenas de pessoas vestidas de verde e amarelo atenderam ao chamado do presidente e compareceram a Aparecida. Durante a tarde, do lado de fora da Basílica, apoiadores de Bolsonaro xingaram jornalistas da TV Vanguarda, da TV Aparecida, ligada à Igreja Católica, do SBT e do UOL. As cenas foram flagradas ao vivo e viralizaram nas redes sociais.

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