Solução para PEC da Transição deve ser dada por Lula só na terça-feira

Lula se reunirá com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e integrantes da área econômica da transição na manhã de terça, na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

© Getty

Economia Transição 07/11/22 POR Estadao Conteudo

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve definir uma solução para a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição somente na terça-feira, 8, quando estará em Brasília para comandar os trabalhos do futuro governo. Estará nas mãos de Lula bater o martelo se realmente vai apresentar a PEC para ser votada pelo Congresso ainda neste ano ou vai optar pelo "plano B", esperar a posse e abrir um crédito extraordinário no Orçamento para pagar o Bolsa Família de R$ 600.

Há ainda um "plano C": usar o recurso que já tem no Orçamento, manter o benefício no valor de R$ 600 e pedir um crédito suplementar ao Congresso quando o dinheiro acabar, no próximo ano, por meio de um projeto de lei.

Lula se reunirá com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin e integrantes da área econômica da transição na manhã de terça, na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). No mesmo dia, ele deve se encontrar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

A PEC foi criticada por aliados de Lula por forçar um acordo amplo com o Centrão antes de o governo começar. O crédito extraordinário, discutido com ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), por outro lado, é visto como uma medida jurídica perigosa, por liberar recursos por meio de um instrumento reservado apenas para despesas "imprevisíveis".

"Inicialmente achávamos que tinha uma única saída, a PEC, agora sabemos que tem outras e trata-se de analisar a mais adequada e efetiva. De uma forma mais rápida ou não, todas dependem do bom diálogo com o Parlamento", disse o deputado Enio Verri (PT-PR), que comanda a bancada o PT na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Ele defendeu a PEC, mas a proposta não é consenso na equipe de Lula.

Mais cedo, o ministro-chefe da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, Ciro Nogueira, criticou o plano B de Lula e a possibilidade de um crédito extraordinário sem autorização prévia do Congresso. A mensagem do ministro foi recebida nos bastidores como tentativa de defender a PEC e forçar Lula a fazer um acordo com o Centrão e apoiar a reeleição do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), no cargo. Ciro Nogueira comanda o partido de Lira e reassumirá uma cadeira no Senado em janeiro.

"Ele vai ficar até o último dia atirando, mas para nós é indiferente", disse Verri ao comentar a mensagem de Ciro Nogueira. Articuladores do governo Bolsonaro ainda resistem a apoiar a PEC da Transição. "Não conheço quem é o ministro da Economia que vai avaliar, não conhece a proposta, nem os valores", disse o líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ). "Sem ministro, sem proposta, sem valores, sem conversa."

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Argélia Há 22 Horas

Homem desaparecido há 27 anos é encontrado vivo na casa do vizinho

mundo Chile Há 23 Horas

Mulher fica pendurada seminua em portão em tentativa de furto; vídeo

mundo CARTAGENA Há 23 Horas

Brasileiro vence concurso internacional e é eleito o mais bonito do mundo

fama Suri Cruise Há 21 Horas

Suri troca sobrenome e estreia no teatro, distanciando-se de Tom Cruise

fama Saúde Há 22 Horas

Pedro Scooby diz que amigos foram hospitalizados com H1N1 após ajuda no RS

justica Goiás 16/05/24

Mãe é presa ao tentar afogar a filha de seis meses em piscina; vídeo

fama Anya-Taylor Jo Há 20 Horas

O vestido de princesa de Anya-Taylor Joy que encantou Cannes

esporte Óbito Há 18 Horas

Narrador Silvio Luiz morre aos 89 anos em São Paulo

politica Meio Ambiente Há 3 mins

Vereador do PL diz que 'peso das árvores' causou tragédia climática no RS

mundo Espanha Há 22 Horas

Faxineira de 61 anos posta vídeos dançando no trabalho e é despedida