Creme de avelã sem avelã é denunciado por propaganda enganosa

O produto Avelãcrem, vendido como creme de avelã com cacau, não teria avelã em sua composição

© Shutterstock

Economia Consumidores 05/12/22 POR Folhapress

RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) encaminhou uma denúncia de publicidade enganosa contra a marca Fugini Alimentos na última quarta-feira (30). Segundo o instituto, o produto Avelãcrem, vendido como creme de avelã com cacau, não tem avelã em sua composição.

PUB

"Foi identificado que o produto Avelãcrem não leva avelã em sua composição, apesar de ter a oleaginosa como parte do seu nome, apresentar sua imagem no rótulo e ter sua denominação de venda como 'creme de avelã com cacau'", diz o Idec, em nota.

Desde a última quinta (1º) a reportagem tenta contato com a Fugini Alimentos por meio do LinkedIn, do Instagram, da central de relacionamento e do email fornecido no site da empresa, mas não obteve resposta.

Em vez de avelã, o produto contém um aromatizante idêntico, diz o Idec. A embalagem, no entanto, informa apenas que o creme é "aromatizado artificialmente" –violando, de acordo com o instituto, as normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), segundo as quais o rótulo deveria dizer "contém aromatizante sintético idêntico ao natural".

"O conjunto de informações da embalagem não informa corretamente o consumidor a respeito das características e riscos do produto e, consequentemente, pode levá-lo ao engano sobre o que está consumindo", disse, em nota, a advogada do Idec, Mariana Gondo.

Ela afirma que essa disparidade de informações viola o Código de Defesa do Consumidor e que se enquadra como propaganda enganosa por induzir o consumidor ao erro.

Essa não é a única violação apontada pelo Idec na embalagem do Avelãcrem. O produto é ilustrado com o desenho de um dinossauro e de duas crianças. Segundo o instituto, isso pode ser considerado propaganda abusiva por ferir resolução do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) ao se aproveitar da deficiência do julgamento das crianças.

As denúncias foram recebidas por meio do OPA (Observatório de Publicidade de Alimentos) e encaminhadas à Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e à Vigilância Sanitária do município de Monte Alto (região metropolitana de Ribeirão Preto), onde fica localizada a sede da empresa.

Não é a primeira vez que o instituto aciona uma empresa por esse motivo. Em julho, após a alta da inflação, produtos como mistura láctea condensada, soro de leite e até "café fake" ganharam a atenção nas redes sociais como substitutos de versões originais e mais caras.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Argélia Há 22 Horas

Homem desaparecido há 27 anos é encontrado vivo na casa do vizinho

mundo Chile 16/05/24

Mulher fica pendurada seminua em portão em tentativa de furto; vídeo

mundo CARTAGENA 16/05/24

Brasileiro vence concurso internacional e é eleito o mais bonito do mundo

fama Suri Cruise Há 22 Horas

Suri troca sobrenome e estreia no teatro, distanciando-se de Tom Cruise

fama Saúde Há 23 Horas

Pedro Scooby diz que amigos foram hospitalizados com H1N1 após ajuda no RS

justica Goiás 16/05/24

Mãe é presa ao tentar afogar a filha de seis meses em piscina; vídeo

fama Anya-Taylor Jo Há 20 Horas

O vestido de princesa de Anya-Taylor Joy que encantou Cannes

esporte Óbito Há 18 Horas

Narrador Silvio Luiz morre aos 89 anos em São Paulo

politica Meio Ambiente Há 22 mins

Vereador do PL diz que 'peso das árvores' causou tragédia climática no RS

mundo Espanha Há 22 Horas

Faxineira de 61 anos posta vídeos dançando no trabalho e é despedida