Ex-funcionários do Skype, com apoio do cofundador da plataforma de mensagens, introduziram uma nova versão do seu próprio serviço de mensagens que promete o sistema de criptografia "end-to-end" (somente as pessoas na conversa podem ler as mensagens e terceiros, como provedores de internet, não podem descriptografá-la), incluindo por vídeo.
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De acordo com a Folha de S. Paulo, a Wire, uma start-up de 50 pessoas, em sua maioria engenheiros, está se envolvendo em um debate político global sobre a criptografia, sintetizada pela disputa entra a Apple e o governo dos Estados Unidos.
A companhia afirmou na última quinta-feira (10), que está acrescentando chamadas de vídeo ao pacote de serviços de comunicações privadas, indo além dos existentes provedores de mensagens.
A Wire, que tem sua base na Suíça, retransmite as mensagens pela sua rede de computadores em nuvem, mas as comunicações do usuário são armazenados, de forma criptografada, em seus próprios dispositivos. A companhia oferece proteções de privacidade que estão sempre ligadas, mesmo quando os usuários utilizam vários dispositivos, como um telefone ou um computador simultaneamente.
Sob esta abordagem, novos desafios estão surgindo para as autoridades, que, muitas vezes, buscam explorar as falhas na criptografia em investigações criminais.
"Nós acreditamos que a Wire é única na indústria com sua criptografia sempre ligada para todas as conversas, em grupos de um para um, com suporte simultâneo para vários dispositivos", afirmou Alan Duric, chefe de tecnologia da empresa, em um comunicado. "Tudo é criptografado no formato 'end-to-end' –as chamadas de vídeo e voz, os textos, fotos e gráficos –todo o conteúdo que você pode mandar", disse Janus Friis, conselheiro executivo da empresa, à Reuters.
O aplicativo se apoia em técnicas de criptografia padrão, com fonte aberta, o que permite que especialistas avaliem a segurança de seus produtos. A empresa tem suporte financeiro do Iconical, um grupo de designers, engenheiros e executivos que atuam como uma alternativa aos investidores de capital de risco tradicionais.