Marinho defende revisão de normas de terceirização trabalhista

O ministro disse que as regras de terceirização teriam ficado abrangentes demais, resultando em “confusões”

© DR

Economia Trabalhadores 20/03/23 POR Agência Brasil

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, visita hoje (20), no município gaúcho de Bento Gonçalves, o local em que 207 trabalhadores foram resgatados, no mês passado, em condições de trabalho análogas à escravidão.

Durante a manhã, ele se reuniu com o prefeito da cidade, Diogo Siqueira. Após o encontro, ao ser questionado a respeito das atuais normas trabalhistas, Marinho defendeu uma revisão das regras, e disse que criará um grupo tripartite - com representantes de empresas, empregados e governo - para “eventuais revisões de pronto na legislação”.

O ministro citou como exemplo de norma a ser revisada as regras de terceirização, que teriam ficado abrangentes demais, resultando em “confusões” e, em último caso, nos flagrantes de trabalho análogo ao escravo, como os vistos recentemente no Rio Grande do Sul e em outros lugares.

“O projeto de terceirização ficou bastante amplo, me parece que acabou criando confusão inclusive no ato de contratar, o que pode e o que não pode. Acabou chegando ao absurdo da lógica de ter um elo da produção praticando trabalho análogo a escravidão”, disse Marinho.

Ele acrescentou que o aumento recente nos casos de flagrante de trabalho em situações análogas à escravidão leva à “constatação que isso é resultado da precarização da legislação de trabalho executada no governo anterior”.

A agenda de Marinho nesta segunda-feira inclui reunião com produtores de uva e vinhos da região, incluindo das três vinícolas em que os trabalhadores foram resgatados. O ministro adiantou que pedirá às empresas “que assumam a responsabilidade do que aconteceu”.

Na avaliação de Marinho, as empresas envolvidas - as vinícolas Garibaldi, Salton e Aurora - são responsáveis pelo ocorrido, do ponto de vista legal, somente por terem contratado a empresa terceirizada que forneceu a mão de obra, mesmo que não tivesse conhecimento das situações degradantes.

“Se as vinícolas contrataram, já estão responsáveis automáticas, é responsabilidade de toda cadeia produtiva”, disse o ministro.

Ele acrescentou ainda que pretende realizar concurso para recompor o quadro de fiscais do trabalho.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Chicleteiros Há 23 Horas

Morre Missinho, primeiro vocalista da banda Chiclete com Banana

justica Caraguatatuba Há 23 Horas

Adolescente de 16 anos desaparecida é achada morta; suspeito foi preso

fama Tony McFarr Há 22 Horas

Dublê de Chris Pratt em 'Guardiões da Galáxia' morre aos 47 anos

mundo Viral Há 15 Horas

Jovem é surpreendida em praia ao ver casa flutuando no mar

justica São Paulo Há 23 Horas

Homem é inocentado após passar 12 anos preso injustamente por estupro

economia Saque-Calamidade Há 23 Horas

Saque-Calamidade está disponível a trabalhadores de 59 cidades gaúchas

mundo EUA Há 21 Horas

Motorista perde controle de caminhão e fica pendurada em ponte; veja

fama JULIETTE-FREIRE Há 21 Horas

Juliette Freire expõe 'culpa grave' por fazer sexo com homens com quem não tinha intimidade

justica Pridão Há 16 Horas

Casal de influencers é preso por suspeita de movimentar R$ 20 milhões ilegalmente em jogo

esporte Al Hilal Há 22 Horas

Neymar é chamado para desafio especial no Al Hilal; veja o resultado