Dólar cai após dados de inflação dos EUA; Bolsa sobe pelo 5º pregão seguido

O dólar caiu 0,74%, a R$ 4,951

© Shutterstock

Economia Mercado financeiro 10/05/23 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Bolsa brasileira fechou em alta nesta quarta-feira (10), marcando o quinto pregão seguido de ganhos -em uma alta acumulada de 5,5%. Já o dólar voltou a cair, após a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos. No dia, o Ibovespa teve alta de 0,31%%, a 107.448 pontos. O dólar caiu 0,74%, a R$ 4,951.

PUB

Nos mercados futuros, os juros para janeiro de 2024 subiram de 13,24% para 13,26%. Já os contratos com vencimento em 2025 caíram de 11,76% para 11,70%, e os de 2026, de 11,44% para 11,34%.

A Bolsa brasileira foi pressionada pela queda de 1,88% da Vale, ação mais negociada da sessão. A queda de 0,24% nas ações preferenciais da Petrobras, acompanhando o declínio no preço internacional do petróleo, também pesou.

Por outro lado, altas do Itaú (1,47%), da Localiza (1,90%) e da Eletrobras (3,34%), que completam a lista dos papéis mais negociados desta quarta, apoiaram o Ibovespa.

O destaque do dia, porém, foi a Yudqs, que subiu 23,80% após a divulgação do seu balanço do primeiro trimestre. Acompanharam a empresa entre os maiores ganhos a Cogna (6,98%) e a MRV (6,54%).

Já o dólar continuou a cair nesta quarta após a divulgação de que o índice de preços ao consumidor dos EUA subiu 0,4% em abril, em linha com o esperado pelo mercado. Nos 12 meses até abril, o índice teve alta de 4,9%, após avançar 5,0% na comparação anual em março.

Os números sinalizam um alívio na inflação americana e reforçam as expectativas de que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) deve manter a taxa de juros do país inalterada em sua próxima reunião.

Um eventual afrouxamento dos juros pelo Fed pode beneficiar o real e outras divisas de países emergentes, que passariam a ser mais atraentes quando comparadas ao dólar.

O índice DXY, que mede o desempenho do dólar ante outras moedas fortes, teve queda de 0,16% nesta quarta.

No caso específico do real, a moeda teve uma performance melhor do que vários pares em função de um noticiário mais positivo para a área fiscal, conforme avaliação do economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.

Além da perspectiva de andamento no Congresso do projeto do novo arcabouço fiscal, repercutiram positivamente declarações durante evento na terça-feira em Nova York do presidente da Câmara, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), em defesa da reforma administrativa.

"O grande movimento do câmbio hoje [quarta-feira] é algo externo. Mas a fala do Lira traz um pouco mais de luz para o fiscal, o que contribui para o Brasil performar melhor que seus pares [no mercado de moedas]", afirmou Sanchez.Já os índices americanos Nasdaq e S&P 500 fecharam o dia com alta de 1,04% e 0,45%, depois de um dia de perdas na véspera. O Dow Jones, porém, teve leve queda de 0,09%.

Investidores acompanham, ainda, as negociações sobre um possível aumento do limite da dívida americana após o presidente Joe Biden ter se reunido com republicanos para pedir um aumento do teto na terça (9).

O governo corre para tentar evitar um calote histórico de suas dívidas de dezenas de trilhões de dólares, que poderia desestabilizar os mercados financeiros globais, até o dia 1° de junho.

ENTENDA O TETO DOS EUA

O que os democratas e republicanos estão discutindo?

Os partidos buscam chegar a um acordo sobre o tanto que o governo americano pode se endividar. Atualmente, a dívida pública dos EUA é de US$ 31,4 trilhões.

Por que isso importa?

Se o teto da dívida não for aumentado, ou se não houver um corte de gastos, o governo pode ser forçado a um calote, o que geraria uma crise profunda no mercado financeiro global.

Até quando o acordo deve ser feito?

Segundo o Departamento do Tesouro, o país tem até 1º de junho para elevar o teto da dívida.

Quais são os resultados possíveis?

- O Congresso pode aumentar o teto da dívida sem condicionalidades, resultado que os democratas desejam. É também o acordo historicamente mais comum quando os EUA chegam perto de estourar o teto.- Os dois lados podem chegar a um acordo que eleve o teto da dívida, mas condicionado a um corte de gastos públicos, resultado desejado pelos republicanos.- Se as partes não chegarem a um acordo, o governo Biden ainda considera recorrer à 14ª Emenda da Constituição, mas para fazê-lo seria necessário uma decisão judicial.- A última possibilidade, e a mais improvável, é que o governo dos EUA atinja o teto da dívida sem acordo definido e não possa mais pagar por nada, incluindo programas federais ou a própria dívida, gerando um colapso financeiro.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Vídeo Há 10 Horas

Influenciadora digital agride mulher na rua em MG; veja vídeo

mundo Coreia do Norte Há 12 Horas

Coreia do Norte confirma míssil e promete reforçar "força nuclear"

fama Sean Diddy Combs Há 12 Horas

Imagens de videovigilância mostram rapper agredindo a ex-namorada

justica São Paulo Há 12 Horas

Professora e os dois filhos são mortos em SP; PM é suspeito

brasil Vídeo Há 11 Horas

Menino de 6 anos é salvo de apartamento em chamas no Rio Grande do Sul; veja vídeo

brasil CHUVA-RS Há 8 Horas

Submersa há 15 dias, cidade mais afetada do RS reabre casas a conta gotas

lifestyle Signos Há 13 Horas

Os cinco signos mais estranhos do zodíaco. Conhece alguém da lista?

mundo EUA Há 13 Horas

Motorista de 23 anos morre após ser atingida na cabeça por pedra nos EUA

brasil sul do brasil Há 11 Horas

Nova frente fria avança no Sul, e Inmet coloca parte do RS, Santa Catarina e Paraná em alerta

justica Pridão Há 11 Horas

Casal de influencers é preso por suspeita de movimentar R$ 20 milhões ilegalmente em jogo