Mais duas pessoas são investigadas em caso de menino desaparecido em SC

A informação é da Polícia Civil de São José, cidade próxima de Florianópolis, onde o caso é investigado

© Pixabay

Justiça Santa Catarina 14/05/23 POR Folhapress

CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - Mais duas pessoas foram incluídas no inquérito que apura em quais circunstâncias um menino de 2 anos foi entregue pela mãe em Santa Catarina para uma mulher de São Paulo, no último dia 30. A informação é da Polícia Civil de São José, cidade próxima de Florianópolis, onde o caso é investigado.

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O caso ganhou repercussão após o tio e a avó da criança procurarem a polícia no último dia 5 e relatarem o sumiço. O garoto foi encontrado pela Polícia Militar paulista na tarde de segunda (8), dentro de um carro, onde estavam Marcelo Valverde Valeze, 52, e Roberta Porfírio de Souza Santos, 41. Eles estão presos sob suspeita de tráfico de pessoas e negam a acusação.

De acordo com a Polícia Civil, o marido de Roberta Santos também está sendo investigado. Uma das hipóteses é que o casal tentava adotar a criança de forma clandestina. A investigação ainda está em andamento.

Outra investigada é a esposa de Marcelo Valeze.

Ao serem flagrados, Roberta e Marcelo disseram à PM que estavam levando o menino para o Fórum de Tatuapé, na zona leste paulistana, para tratar de uma eventual adoção.

A mãe do menino, uma mulher de 22 anos, admitiu à polícia que entregou o filho a outra pessoa. Mensagens de celular indicam ela sofreu assédio para dar o filho desde o nascimento dele, há dois anos, de acordo com a Polícia Civil de Santa Catarina. Ela está sem emprego e não há registro do pai do menino na certidão de nascimento.

O tio do menino disse nesta quarta (10) em sua rede social que "jamais imaginou que a minha irmã pudesse estar sendo aliciada" e que "ela está com a família e a gente está dando força para ela".

As defesas dos presos negam a acusação de tráfico de pessoas. Segundo a advogada Fernanda Salvador, que defende Roberta Santos, o menino foi entregue pela mãe para que fosse cuidado "por um tempo" pela sua cliente por causa da situação de vulnerabilidade.

Santos, que mora em São Paulo e trabalha com transportes, está na fila de adoção e, conforme a defesa, foi buscar o menino em Santa Catarina. Porém, ela teria se assustado com a repercussão do caso e, após conversar com um promotor da Vara da Infância e Juventude, resolveu entregar a criança no Fórum do Tatuapé, na zona leste, quando ocorreu a prisão.

"A gente achou prudente entregar [a criança] no fórum porque [a mãe] nos disse que estava em um ambiente tóxico, de vulnerabilidade", afirmou a advogada. "Como ela é habilitada para processo de adoção, achamos prudente entregar a criança no fórum."

Segundo a advogada, quando Santos foi a Santa Catarina buscar o menino, trouxe a documentação e ficha de vacinação da criança. "Como [a mãe] pediu ajuda, ela se sentiu à vontade para ir lá ajudar ver se ele iria se adaptar", disse a defensora, que não soube dizer como as duas se conheceram.

"A prisão foi ilegal, como se ela estivesse fugindo com a criança, mas estavam indo para o fórum a mando de um promotor para conversar sobre o que seria feito com a criança", disse a advogada.

A defesa de Marcelo Valeze negou que ele tenha assediado a mãe do menino a entregar a criança para a adoção. Mas confirmou que ele a conheceu logo após o nascimento do garoto e que naquela época teve interesse em adotá-lo.

Segundo as advogadas Laryssa Nartis e Khatarine Grimza, Veleze foi procurado recentemente pela mãe do menino. "Ela falou que, caso ele não pegasse a criança, ela poderia cometer uma loucura", disseram. "Ele não tinha mais contato com a mãe, ela é que veio procurá-lo agora."

De acordo com a defesa, Veleze conheceu a mãe do menino em um grupo de mulheres com interesse em doar crianças.

A partir daí, ele indicou Roberta Santos para a mãe do menino, de acordo com as defensoras, que reafirmaram que os dois presos estavam indo entregar a criança no fórum.

O menino permanece sob os cuidados do Conselho Tutelar de São Paulo. A Vara da Infância e da Juventude do Foro Regional do Tatuapé determinou o acolhimento institucional da criança na cidade até que as circunstâncias do caso sejam apuradas.

A Justiça paulista também determinou a citação da mãe e dos dois presos para que apresentem defesa.

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