Desigualdade de renda cai para menor nível em 11 anos

O rendimento domiciliar per capita da metade da população mais pobre subiu 18% no ano passado, para R$ 537 por mês

© Valter Campanato / Agência Brasil

Economia Renda 11/05/23 POR Folhapress

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Com a ampliação do Auxílio Brasil e a geração de vagas de trabalho, a desigualdade de renda entre ricos e pobres caiu em 2022 para o menor nível de uma série histórica iniciada em 2012, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

PUB

O abismo entre os extremos da população é medido pelo índice de Gini, que varia de zero (perfeita igualdade) a um (desigualdade máxima).

Em 2022, o Gini do rendimento domiciliar per capita (por pessoa) recuou para 0,518, o menor nível da série com 11 anos, após marcar 0,544 em 2021. Apesar da queda, o índice ainda segue em um nível elevado se comparado ao de outros países, segundo o IBGE.

O rendimento domiciliar per capita da metade da população mais pobre subiu 18% no ano passado, para R$ 537 por mês. Enquanto isso, o ganho médio dos brasileiros 1% mais ricos foi de R$ 17.447. O valor ficou 0,3% abaixo do registrado em 2021 (R$ 17.494).

Segundo os novos resultados, os brasileiros 1% mais ricos (R$ 17.447) ganharam o equivalente a 32,5 vezes a renda da metade da população mais pobre (R$ 537).

Embora o abismo siga existindo, a diferença também é a menor da série histórica. Em 2012, ano inicial dos registros, a marca era de 38,2 vezes.

Os resultados integram a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua: Rendimento de Todas as Fontes 2022. Os dados foram divulgados em termos reais, ou seja, com o ajuste pela inflação.

A renda domiciliar per capita corresponde ao ganho total de uma família dividido pela quantidade de pessoas na residência.

A pesquisa do IBGE vai além do mercado de trabalho e também apresenta estatísticas sobre o rendimento dos brasileiros a partir de outras fontes, como aposentadorias e benefícios sociais.

Segundo o instituto, a ampliação do Auxílio Brasil para R$ 600, às vésperas das eleições de 2022, no governo Jair Bolsonaro (PL), elevou os rendimentos dos mais pobres. Em paralelo, o mercado de trabalho deu sinais de retomada, com o aumento de 7,7 milhões de pessoas na população ocupada.

Além disso, a base de comparação fragilizada de 2021 também influenciou os resultados das faixas da população com renda menor, de acordo com o instituto.

O Nordeste manteve o maior índice de Gini das regiões em 2022 (0,517), e o Sul, o menor (0,458). De 2021 para 2022, a desigualdade medida pelo indicador diminuiu em todas as regiões, com destaques para o Nordeste (de 0,556 para 0,517) e o Sudeste (0,533 para 0,505).

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

tech Portugal Há 10 Horas

Clarão ilumina o céu de Portugal e intriga internautas

justica CHUVA-RS Há 10 Horas

Homens são presos suspeitos de desvio de marmitas e tráfico de drogas em Porto Alegre

justica São José dos Campos Há 7 Horas

Homem é espancado até a morte em terminal rodoviário; testemunhas não interferem

fama Fake News Há 5 Horas

Instagram sinaliza como 'fake news' postagem de Regina Duarte sobre o RS

mundo Inglaterra Há 10 Horas

Parasita detetado na água provoca infeção a 46 pessoas na Inglaterra

brasil ACIDENTE-SP Há 9 Horas

Motorista tenta atropelar ladrão com Lamborghini após ser roubado e bate o carro em SP

fama UTI Há 11 Horas

Tony Ramos deixa UTI e apresenta melhora progressiva

tech Celular Há 7 Horas

Celular não deve carregar a noite toda? Veja três mitos sobre baterias

fama São Paulo Há 5 Horas

Roque, diretor de auditório do SBT, é internado em SP

lifestyle Signos Há 7 Horas

Estes signos se apaixonam rapidamente! É o seu caso?