Brasil simplifica análise de pedidos de refúgio de pessoas LGBTQIA+

A análise dos pedidos de refúgio de pessoas LGBTQIA+ que vivem ameaçadas de pena de morte ou de prisão vai ficar mais simples

© Reuters

Brasil Apoio social 22/05/23 POR Agência Brasil

No mundo todo, mais de 60 países consideram crime relações entre pessoas do mesmo sexo. A análise dos pedidos de refúgio de pessoas LGBTQIA+ (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais) que vivem ameaçadas de pena de morte ou de prisão vai ficar mais simples e menos burocrática no Brasil. 

Essa é a decisão do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), que considera essa comunidade como um grupo social com “temor de perseguição, que merece a proteção do Estado brasileiro”, prevista em lei e acordos internacionais. A presidenta da entidade, Sheila de Carvalho, explica o que muda, na prática, aqui no país.

"Reconhecendo LGBTQIA+ de países que criminalizam suas práticas afetivas como um grupo sujeito de atenção, a gente coloca eles numa centralidade da prioridade. E facilita a análise, que, hoje, não necessitará mais de entrevistas: um processo de solicitação de refúgio que dura de dois a três anos, vai ter um tempo mais rápido de resposta para esta questão".

Segundo a representante do Conare, atualmente vivem no Brasil cerca de 60 pessoas de outros países que se enquadram nas mudanças e que podem conseguir o reconhecimento de refugiadas.

A Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) estima que, atualmente, existem 69 países no mundo que criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo. Um levantamento de 2019, da Associação Internacional de Gays e Lésbicas, mostra que 11 países no mundo aplicam pena de morte para a homossexualidade: Mauritânia, Sudão, Somália, Nigéria, Irã, Afeganistão, Paquistão, Iêmen, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Catar. Vinte e seis países têm penas a partir de dez anos até a prisão perpétua; e 30 podem condenar a até oito anos de prisão.

Ainda de acordo com a Acnur, 40 países no mundo reconhecem pedidos de refúgio por perseguições motivadas por orientação sexual e identidade de gênero. Somente para o Brasil, mais de 360 pedidos de refúgio foram feitos ao Ministério da Justiça, entre 2010 e 2016, e 130 foram atendidos. Cerca de 90% dessas solicitações vieram do continente africano, principalmente da Nigéria.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Luto Há 22 Horas

Morre Anderson Leonardo, vocalista do Molejo, vítima de câncer

esporte Brasil agora mesmo

Estátua de Daniel Alves em Juazeiro vai ser retirada; entenda

mundo Antártida agora mesmo

Vulcão ativo na Antártida expele pequenos cristais de ouro

tech ESA Há 5 Horas

Sonda da Agência Europeia detecta 'aranhas' em Marte

fama Redes Sociais agora mesmo

Livian Aragão, filha de Didi, sugere plágio e leva invertida na web

fama Luto Há 7 Horas

Morre aos 95 anos o ator e comediante José Santa Cruz

mundo Titanic Há 8 Horas

Relógio de ouro do homem mais rico no Titanic vai ser leiloado

tech Ataque Há 5 Horas

Hackers vazam imagens de pacientes de cirurgia nus e prontuários de clínica de saúde sexual

fama Casais famosos Há 17 Horas

Romances estranhos dos famosos (e que ninguém parece lembrar!)

mundo Argentina Há 7 Horas

Bebê morre após ser abandonado pela mãe em stand de carros na Argentina