As pessoas me consideravam "louca", diz autora de impeachment

Conservadora e politicamente liberal, a docente se define como uma "canceriana romântica" que espera poder "mudar o mundo"

© Reprodução / TV Cultura

Brasil Últimas Notícias do Brasil 28/03/16 POR Notícias Ao Minuto

Aos 41 anos, a advogada Janaína Paschoal conseguiu ter seus 15 minutos de fama. "Me param muito para tirar selfies na rua. No mercado, na feira, no elevador, em todo lugar. Recebi muitas cartas, até de brasileiros que vivem no exterior", conta em entrevista à BBC.

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Os dias de celebridade começaram porque a professora da Faculdade de Direito da USP é uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff que encontra-se atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados.

Conservadora e politicamente liberal, a docente se define como uma "canceriana romântica" que espera poder "mudar o mundo", é contra a legalização do aborto e das drogas e a favor das cotas para negros nas universidades.

"É um momento de passar o país a limpo, caia quem tiver que cair, doa a quem doer, inclusive se for do PSDB, do PMDB e de todos os outros partidos", afirma Janaína.

Quando questionada sobre os motivos que a levaram a redigir o pedido de impeachment, Janaína reflete: "Foi uma ideia que passou por um processo demorado de maturação. Entre a primeira intenção e a conversa com o Hélio Bicudo foram três meses, depois de falar com muita gente. Falei sobre o tema na OAB de São Paulo, onde sou conselheira, e também com professores de direito e colegas advogados. Até o PSDB eu procurei, mas ninguém se habilitava. Muitos temiam que suas carreiras ou escritórios fossem prejudicados", disse.

"Nas manifestações antigoverno eu via uma frustração muito grande. Ficava muito triste ao ver que não davam em nada, e comecei a perceber a população desanimada. Em agosto do ano passado houve um protesto em que me convidaram a subir num carro do (movimento) Vem Pra Rua, e acabei fazendo um discurso. E aí tudo aconteceu em uma semana", continua.

"Me apresentaram ao Hélio Bicudo dias depois e ele foi o primeiro a realmente acreditar em mim. Quando penso neste dia tenho vontade de chorar, porque os outros me olhavam como se eu fosse louca, mas com ele foi um encontro de almas. O Miguel Reale Jr. já tinha feito pareceres a respeito, havia sido meu orientador na USP, e também nos ajudou", pondera.

Sobre o ambiente no qual leciona há anos, a docente afirma que não se sente muito inserida no meio. "Na graduação não tive problemas, mas, assim que eu entrei como professora, sim. Me sinto como um peixe fora d’água, e não só nas questões político-partidárias. É uma mentalidade muito diferente, como um todo. É quase verdade absoluta lá que você tem que legalizar todas as drogas. Também acham que temos que legalizar o aborto e a exploração da prostituição. Eu não concordo com nada disso. Sou o que a gente pode chamar de liberal, no sentido inglês, e lá é um espaço muito marxista", comenta.

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