EUA: Homem é executado por matar criança de seis anos em uma fábrica

O homem raptou uma menina em 2002 e matou-a quando ela tentou escapar

© Reuters

Mundo Estados Unidos 02/08/23 POR Notícias ao Minuto

A justiça norte-americana executou na terça-feira (2) um homem que estava preso há 21 anos, depois de ser considerado culpado pelo homicídio violento de uma menina de seis anos, no estado do Missouri, em 2002.

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Johnny Johnson foi morto por injeção letal, na prisão de Bonne Terre. Na sua última declaração antes de morrer, Johnson expressou remorsos pelo crime, pedindo "desculpa a todas as pessoas e famílias que magoei".

A defesa do réu ainda fez um apelo ao Supremo Tribunal para afastar a pena capital, alegando que a doença mental do homem, que sofreu de esquizofrenia, devia ser critério para não o executar. Mas o recurso foi negado pela justiça pouco antes da execução.

A menina, Casey Williamson, desapareceu no dia 26 de julho de 2002 da sua localidade de Valley Park. O desaparecimento gerou uma grande operação de buscas, e o corpo da criança foi encontrado numa cova, debaixo de rochas e terra, a cerca de um quilômetro da sua casa.

A mãe de Williamson e Johnny Johnson eram amigos desde infância, com fortes ligações familiares. Antes de matar Casey, o homem foi a um churrasco na noite anterior e dormiu no sofá da família Williamson.

De manhã, Johnson atraiu a menina, de pijama, para uma fábrica abandonada, chegando a levá-la nos ombros para o local. Quando tentou abusar sexualmente de Casey, a criança gritou e tentou fugir, e o homem agarrou então numa pedra e atingiu-a na cabeça, matando-a.

Johnson saiu do local e foi lavar-se a um rio nas imediações. No dia seguinte, confessou todos os crimes às autoridades.

Os advogados argumentaram que Johnson era extremamente paranoico, afirmando que via imagens do diabo e dizendo que este o avisou que veria o fim do mundo. "O tribunal hoje abre caminho para executar um homem com doença mental diagnosticada, antes da justiça investigar a competência para executar", afirmou a defesa, num comunicado citado pela NBC News.

Durante o julgamento, testemunhas explicaram que o condenado tinha saído recentemente de um hospital psiquiátrico, seis meses antes do crime, e tinha parado de tomar medicação para controlar a sua esquizofrenia.

Mas o Supremo contrariou esta tese, e o ex-procurador de St. Louis, Bob McCulloch, destacou à emissora norte-americana que as ilusões eram "absurdas" e Johnson infligiu "horrores indescritíveis".

A execução chegou a ser suspensa, enquanto um recurso era avaliado por um tribunal ao nível estatal. Na segunda-feira, o governador Mike Parson, do estado conservador do Missouri - um dos estados que aplica a pena de morte -, negou um último pedido de Johnson para reduzir a sua pena para prisão perpétua.

O próprio pai de Casey, Ernie Williamson, pediu ao governador que aplicasse a prisão perpétua e opôs-se à condenação à morte.

Johnny Johnson foi o 16.º norte-americano a ser executado este ano. Os Estados Unidos executaram três condenados no Missouri (quatro com Johnson), cinco no Texas, quatro na Flórida, dois no Oklahoma e um no Alabama.

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