Lula diz que ter moeda para comércio no Brics reduziria vulnerabilidades

"A criação de uma moeda para as transações comerciais e de investimentos entre os membros do Brics aumenta as nossas opções de pagamento e reduz as nossas vulnerabilidades", disse Lula

© Getty Images

Economia BRICS 23/08/23 POR Folhapress

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (23) que uma moeda comum para transações comerciais entre os países do Brics – grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – reduziria as vulnerabilidades dessas nações.

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"A criação de uma moeda para as transações comerciais e de investimentos entre os membros do Brics aumenta as nossas opções de pagamento e reduz as nossas vulnerabilidades", disse Lula em discurso na sessão plenária de abertura da reunião de cúpula do Brics, realizada em Johanesburgo, na África do Sul.

A declaração vai ao encontro do que afirmou Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil e atual mandatária do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), nome oficial do Banco dos Brics.

Em entrevista ao jornal Financial Times, publicada nesta terça-feira (22), Dilma disse que o banco planeja emprestar nas moedas sul-africana e brasileira como parte de um plano para reduzir a dependência do dólar e promover um sistema financeiro internacional com outros protagonistas.

Dilma também afirmou que o banco sediado em Xangai está avaliando os pedidos de adesão de cerca de 15 países e provavelmente deve aprovar a entrada de quatro ou cinco. Ela se recusou a mencionar os países, mas disse que era uma prioridade para o NDB diversificar sua representação geográfica.

"Esperamos emprestar entre US$ 8 bilhões [R$ 39,5 bi] e US$ 10 bilhões este ano [R$ 49,4 bi]", disse Dilma, em entrevista ao Financial Times. "Nosso objetivo é alcançar cerca de 30% de tudo o que emprestamos... em moeda local."

Ao mesmo tempo, o governo americano declarou que não vê o Brics como rivais geopolíticos dos Estados Unidos ou de quaisquer outros países.

O conselheiro de segurança nacional de Joe Biden, Jake Sullivan, afirmou a jornalistas que o bloco é muito diverso "em sua formação atual", e destacou que os países-membros têm visões divergentes em temas como a Guerra da Ucrânia. "Da nossa perspectiva, vamos continuar a trabalhar nas relações fortes e positivas que temos com Brasil, Índia e África do Sul."

Mais cedo, Lula havia negado que o Brics busque ser um contraponto ao G7, grupo formado pelos países desenvolvidos, ou ainda ao G20 ou aos EUA. "A gente quer criar uma coisa que nunca teve, que nunca existiu", disse sobre o grupo fundado em 2009, apropriando-se do acrônimo criado por Jim O'Neil na virada dos anos 2000 para os quatro países que na época encarnavam o futuro da economia mundial. Então, formavam o Bric, no singular –só depois se tornariam o Brics, com a entrada da África do Sul no bloco.

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