Escândalos (assustadores) que a indústria do K-pop tenta esconder

Casos envolvendo suicídios, drogas e anorexia têm sido abafado por essa indústria musical.

Escândalos (assustadores) que a indústria do K-pop tenta esconder

As estrelas do K-pop parecem perfeitas. Com múltiplos talentos, visuais impecáveis, bonitos, magros e aparentemente sempre felizes, esses artistas encantam uma legião de fãs, super dedicados e também tóxicos. Inclusive, esse glamour é apenas superficial. As gravadoras transformaram a receita para o sucesso em uma ciência exata e, em alguns casos extremos, isso prejudicou seriamente a saúde mental e física de adoradas estrelas pop.

Com inúmeros escândalos relacionados a suicídios, drogas e anorexia surgindo nos últimos anos, está ficando claro que há algo muito errado acontecendo nos bastidores dessa indústria - e que muita gente não sabe!

Clique na galeria para saber tudo sobre o lado sombrio e assustador do K-pop.

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Começam muito cedo

Estrelas em potencial são selecionadas a partir de aulas de dança e competições ainda super jovens e colocadas diretamente em programas de treinamento rigorosos. Esses aspirantes a famosos deixam suas famílias e vivem com outros trainees.

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Falta de liberdade

Longe da banda Crayon Pop, a cantora Way relatou que mal conseguia ver sua família quando fez parte do programa. Estagiários chegam a ser obrigados a entregarem seus celulares para a gravadora.

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"Contratos escravos"

Quando assinam com uma gravadora, isso implica contratos que podem durar mais de uma década. Esses documentos são frequentemente chamados de "contratos escravos" porque deixam a futura estrela com pouquíssimo controle sobre a sua vida, carreira ou ganhos financeiros.

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Controle financeiro

Esses aspirantes a estrelas do pop ficam com dívidas enormes com as gravadoras, que pagam todas as suas despesas, como acomodação, viagens, guarda-roupa, beleza, aulas, etc. Os ganhos desses artistas deveriam cobrir esses gastos, mas se não recebem o suficiente por seu trabalho, ficam endividados. A cantora Way, do Crayon Pop, revelou que já precisou vender alguns bens, incluindo seu piano, para sobreviver.

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Cronograma duro e intenso de atividades

Os horários de treinamento são desgastantes e implacáveis. Os trainees se levantam para praticar dança antes das aulas às 5h30 e passam o resto do dia dançando, cantando, aprendendo a modelar e tendo aulas de inglês. Aparentemente é comum alguns dos participantes desmaiarem de exaustão.

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Cronograma duro e intenso de atividades

Mesmo as crianças que esperam se tornar estrelas do K-pop algum dia seguem um cronograma rígido. Nesta foto, Kim Si-yoon, então com nove anos, participa de uma aula de dança em Seul. Todos os dias, ela acordava para ir à escola às 7h30. Depois do colégio, tinha aulas de voz e dança, terminando o dia com aulas extras antes de ir para a cama à meia-noite.

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Reuters

Cronograma duro e intenso de atividades

As integrantes da banda Crayon Pop foram obrigadas a usarem sacos de areia de 4 kg nos pés durante a prática de dança para que seus movimentos parecessem mais leves quando estivessem em performance no palco.

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Padrões de beleza

Espera-se que os trainees de K-pop sigam uma dieta rigorosa e rotinas de exercícios. Isso é fortemente controlado por seus treinadores e, dizem, ser essencial para o sucesso. Uma mulher que passou pelo centro de treinos de K-pop relatou que participantes "acima do peso" às vezes deixavam de receber suas refeições e só tinham acesso à água.

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Padrões de beleza

Se uma estrela em potencial tiver características físicas que são consideradas deficientes, provavelmente será submetida a uma cirurgia plástica para corrigi-las. Tanto artistas masculinos quanto femininos passam por extensos procedimentos para atingirem o padrão ideal de beleza.

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Padrões de beleza

A cirurgia plástica é comum e falada abertamente. Muitos participantes desses programas postam alegremente suas fotos do antes e depois.

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Distúrbios alimentares

O intenso foco na imagem corporal, junto com pesagens diárias e restrições de dieta impostas por muitas gravadoras, resultou em distúrbios alimentares em muitas estrelas do K-pop.

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Distúrbios alimentares

JinE, do grupo Oh My Girl, parou de se apresentar em 2017 para se recuperar de uma anorexia. Foi relatado que a cantora lutou contra distúrbio alimentar desde sua estreia e, finalmente, teve que deixar a banda quando precisou de tratamento médico intensivo. Na época, ela tinha 21 anos.

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Distúrbios alimentares

Himchan, do B.A.P., também lutou contra distúrbios alimentares por anos. O cantor teria sido levado às pressas para o hospital em 2017 com uma costela quebrada causada por desnutrição e súbita perda de peso rápida.

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Distúrbios alimentares

Existem muitos outros casos confirmados e suspeitos de distúrbios alimentares no mundo do K-pop. Há tanto preconceito em torno dos problemas de saúde mental que é improvável que muitas estrelas falem abertamente de suas lutas. Falar publicamente sobre isso também coloca em risco sua imagem perfeita e saudável.

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Restrições e relacionamentos

Os membros de bandas de K-pop geralmente não têm permissão para namorar enquanto estão sob contrato. As gravadoras teorizam que ser solteiro os torna mais disponíveis para os fãs, resultando em uma base de seguidores mais dedicada e lucrativa. Alguns contratos ainda têm uma cláusula de relacionamento que proíbe especificamente o namoro.

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Restrições e relacionamentos

Os fãs costumam ficar indignados quando seu membro favorito da banda torna público um relacionamento. É que os fãs tendem a pensar neles como namorados ou namoradas virtuais e consideram isso uma traição. Por exemplo, os fãs de Chen, do grupo Exo, se voltaram contra o cantor quando ele anunciou seu casamento em janeiro de 2020.

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Restrições e relacionamentos

O fã-clube oficial do Exo fez uma declaração de que queria que ele fosse expulso da banda, pois suas ações egoístas estavam prejudicando a reputação do grupo. Fãs alegaram que protestariam se a gravadora não agisse.

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Restrições e relacionamentos

Acredita-se que as bandas de K-pop geralmente sejam todas masculinas ou femininas para evitar tais problemas. Em teoria, os fãs não vão desconfiar de relações entre os membros do grupo. Isso é eficaz em uma indústria onde quase ninguém é abertamente gay.

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Restrições LGBTQ+

As restrições às estrelas LGBTQ são ainda mais opressivas. Esses artistas são fortemente aconselhados a não se assumirem publicamente devido ao impacto que isso teria em sua 'imagem' pessoal e, portanto, em seu valor. Apenas uma estrela do K-pop se assumiu gay até agora, e teve muita polêmica e drama por causa disso.

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Restrições LGBTQ+

O cantor Holland estreou seu primeiro álbum como uma estrela do K-pop abertamente gay contra a vontade de sua gravadora. Em 2018, o artista lançou o clipe de sua música 'Neverland', que retratava um casal do mesmo gênero. Ele foi informado de que o vídeo teria uma classificação de visualização para maiores de 19 anos na Coreia do Sul devido à cena do beijo.

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Restrições LGBTQ+

Curiosamente, muitos fãs gostam da fantasia de relacionamentos entre pessoas do mesmo gênero dentro das bandas. Fãs escrevem fanfics românticas sobre seus artistas favoritos de boy band. Os integrantes de grupos são encorajados a ficarem próximos em público, quase flertando uns com os outros, mas nunca cruzando a linha. Deve permanecer uma fantasia para ser aceitável.

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Fã-clube tóxico

A atitude possessiva dos fãs é incentivada porque impulsiona os negócios, mas muitas vezes tem um impacto negativo na vida das estrelas do K-pop.

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Fã-clube tóxico

Quando Lisa, do Blackpink, fez uma sessão de fotos em um café em Bangkok, na Tailândia, o proprietário tentou vender todos os talheres que ela tocou, bem como o assento do vaso sanitário que ela usou!

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Fã-clube tóxico

Muitas estrelas femininas do K-pop sofrem desproporcionalmente nas mãos de seus fãs. Uma imagem estritamente saudável é criada para elas, que devem parecer s exy, mas também ingênuas e inexperientes. Quando uma artista quebra esse padrão, ela é atacada online, muitas vezes por usuários masculinos anônimos. Este foi o caso de várias mulheres que tiraram a própria vida nos últimos anos.

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Mortes no K-Pop

Sulli, ex-integrante do f(x), foi contra as normas do K-Pop. Ou seja, a cantora não escondia o relacionamento com o namorado e às vezes não usava sutiã. A artista cometeu suicídio em 2019, depois de sofrer abuso cibernético grave de uma base de fãs tóxica. Ela começou sua carreira aos 11 anos e morreu aos 25.

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Mortes no K-Pop

A cantora Goo-hara, da girl band Kara, também cometeu suicídio em 2019, seis semanas depois de Sulli. As duas eram amigas e ambas sofreram ataques online violentos por sua honestidade nas redes sociais. Mais escandaloso é que a morte de Goo-hara foi provocada por seu ex-namorado, que ameaçava divulgar um vídeo de s exo que ele filmou sem o consentimento dela.

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Mortes no K-Pop

Enquanto as mulheres são atacadas com mais violência nas redes sociais, as pressões da indústria afetam a todos. Kim Jong-hyun, do SHINee, tirou a própria vida em 2017. Sua nota de suicídio foi divulgada por um amigo. O cantor falou sobre ter sido consumido pela depressão e implorou aos leitores: "Por favor, digam-me que fiz um bom trabalho".

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Saúde mental na Coreia do Sul

Infelizmente, ainda existe um enorme estigma em torno da saúde mental na Coreia do Sul, e as estrelas pop são desencorajadas a falarem sobre isso. A Coreia do Sul tem uma das maiores taxas de suicídio do mundo desenvolvido, mas o menor uso de antidepressivos. Isso indica como pode ser difícil ter ajuda por lá.

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Cultura K-pop 28/09/23 POR Notícias Ao Minuto


As estrelas do K-pop parecem perfeitas. Com múltiplos talentos, visuais impecáveis, bonitos, magros e aparentemente sempre felizes, esses artistas encantam uma legião de fãs, super dedicados e também tóxicos. Inclusive, esse glamour é apenas superficial. As gravadoras transformaram a receita para o sucesso em uma ciência exata e, em alguns casos extremos, isso prejudicou seriamente a saúde mental e física de adoradas estrelas pop.

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