Governo espera ao menos 55 votos para aprovar Reforma Tributária no plenário do Senado

Reservadamente, assessores e senadores afirmam que o placar deve chegar a 60 votos, 11 a mais que os 49 necessários para a aprovação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição)

© Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Economia REFORMA-TRIBUTÁRIA 08/11/23 POR Folhapress

(FOLHAPRESS) - A base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera ao menos 55 votos a favor da Reforma Tributária no plenário do Senado na votação desta quarta-feira (8).

PUB

Reservadamente, assessores e senadores afirmam que o placar deve chegar a 60 votos, 11 a mais que os 49 necessários para a aprovação de uma PEC (proposta de emenda à Constituição).O tom, porém, é de cautela, dada a continuidade das negociações em busca de um placar mais amplo.

A aprovação com folga do parecer do relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM), na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) nesta terça-feira (7) foi vista por aliados do governo como um sinal positivo para o avanço da reforma.

Diante de uma margem expressiva de votos, governistas estão confiantes de que a articulação trará um resultado positivo também no plenário. A estratégia é tentar concluir os dois turnos de votação ainda na quarta.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que o resultado na comissão foi bastante satisfatório. "Para quem dizia que a gente não tem número [de senadores na base]", comemorou.

Braga tem evitado palpites sobre o placar, mas afirmou ao jornal Folha de S.Paulo na semana passada que havia votos suficientes para aprovar a reforma no plenário.

Após a sessão da CCJ, ele reiterou o otimismo: "O resultado de hoje nos dá bastante confiança de que, no plenário, nós teremos votos suficientes para aprovar".

O placar na comissão também sinalizou o apoio de senadores que fazem oposição ao governo, incluindo integrantes do PP.

O partido embarcou no governo em setembro com a indicação de André Fufuca para o Ministério dos Esportes. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também indicou o presidente da Caixa, Carlos Vieira. No entanto, há resistências no Senado.

O texto-base da reforma foi aprovado na CCJ por 20 votos a 6. Além do apoio já esperado de bancadas como PT e MDB, o governo obteve votos favoráveis de Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional da sigla e ex-ministro do governo Bolsonaro (PL), e Esperidião Amin (PP-SC).

"O que eu estou defendendo é que [o PP] tem de votar com coerência", disse Nogueira. Ele destacou que o relator da PEC na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), é membro da sigla e que o partido orientou os deputados a votarem a favor, em julho.

O líder do Republicanos no Senado, Mecias de Jesus (RR), também votou a favor da reforma na CCJ. A legenda é a mesma do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

Em outro sinal de boa vontade, PP e Republicanos liberaram os senadores para que votassem como quisessem durante a discussão do calendário especial que autoriza a votação da Reforma Tributária nesta quarta.

Apenas Sergio Moro (União Brasil-PR), Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Carlos Portinho (PL-RJ), Rogério Marinho (PL-RN) (líder da oposição) e Eduardo Girão (Novo-CE) votaram contra o parecer de Braga na CCJ.

A avaliação do governo é que a maioria dos pontos polêmicos foi resolvida por Braga, e que parte da oposição deve evitar o desgaste junto ao eleitorado de votar contra a Reforma Tributária.

Apesar das chances de uma derrota serem remotas, Lula entrou pessoalmente na articulação política nesta segunda (6) e antecipou a reunião com líderes do Senado que estava prevista inicialmente para esta quarta -após a sessão da CCJ e, possivelmente, do plenário.

Nos bastidores, congressistas da base reclamavam da falta de envolvimento do Palácio do Planalto e apontavam que, uma semana antes da votação da Reforma Tributária pelos senadores, o presidente recebeu líderes da Câmara.

No encontro, segundo relatos, Lula reforçou a mensagem de que a reforma é uma agenda estratégica para o governo e pediu votos para aprová-la.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a pauta econômica de forma mais abrangente, ressaltando a importância de aprovar também as medidas que podem incrementar a arrecadação em 2024, como a proposta que altera as regras de subvenção do ICMS.

Os vetos ao projeto que estabelece um marco temporal para demarcação de terras indígenas também entraram nas negociações. A oposição, sobretudo a bancada ruralista na Câmara, espera reverter a decisão de Lula na próxima quinta (9).

Leia Também: Oposição vai entrar com mandado de segurança para barrar privatização da Sabesp

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Vídeo Há 12 Horas

Influenciadora digital agride mulher na rua em MG; veja vídeo

mundo Coreia do Norte Há 14 Horas

Coreia do Norte confirma míssil e promete reforçar "força nuclear"

fama Sean Diddy Combs Há 14 Horas

Imagens de videovigilância mostram rapper agredindo a ex-namorada

brasil CHUVA-RS Há 9 Horas

Submersa há 15 dias, cidade mais afetada do RS reabre casas a conta gotas

justica São Paulo Há 14 Horas

Professora e os dois filhos são mortos em SP; PM é suspeito

brasil Vídeo Há 12 Horas

Menino de 6 anos é salvo de apartamento em chamas no Rio Grande do Sul; veja vídeo

lifestyle Signos Há 14 Horas

Os cinco signos mais estranhos do zodíaco. Conhece alguém da lista?

mundo EUA Há 14 Horas

Motorista de 23 anos morre após ser atingida na cabeça por pedra nos EUA

brasil sul do brasil Há 13 Horas

Nova frente fria avança no Sul, e Inmet coloca parte do RS, Santa Catarina e Paraná em alerta

justica Pridão Há 12 Horas

Casal de influencers é preso por suspeita de movimentar R$ 20 milhões ilegalmente em jogo