Centro de SP deve ter reforço no policiamento após casos de violência

Problemas recentes de segurança têm provocado receio entre moradores e comerciantes da região.

© Rovena Rosa/Agência Brasil

Justiça São Paulo 20/12/23 POR Estadao Conteudo

Com o aumento de casos de violência no centro de São Paulo, que resultou até na morte de um jovem de 22 anos após reagir a um assalto nas proximidades da Estação da Luz na madrugada do último domingo, 10, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que irá reforçar o policiamento na região a partir da próxima semana.. Problemas recentes de segurança têm provocado receio entre moradores e comerciantes da região.

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A ação policial, de acordo com o governador, a fim de intensificar o combate a furtos e roubos no centro de São Paulo, abrangerá ainda as Avenidas Paulista e Brigadeiro Faria Lima e vias da região dos Jardins.

"Na semana que vem, a gente vai começar uma Operação Impacto para melhorar o policiamento ostensivo", afirmou ele, ao reforçar que a gestão estadual continua ampliando os investimentos nas forças de segurança, no aumento de efetivo policial por meio de concursos e na compra de equipamentos. "Ano que vem, a gente vai investir mais de R$ 250 milhões em monitoramento."

De acordo com o governo estadual, as ações da polícia na capital paulista resultaram na apreensão de 98,8 toneladas de entorpecentes, 158% a mais que o registrado no mesmo período de 2022. "O policiamento também conseguiu retirar de circulação 2,2 mil armas ilegais, 32% a mais que no ano anterior."

Mudanças na lei

O governador também voltou a defender mudanças na Lei de Execução Penal. Segundo ele, um dos suspeitos pelo ataque ao Bar Brahma, no dia 3 de dezembro, havia acabado de ser solto após audiência de custódia.

"Você prende o ladrão de celular, por exemplo, duas, três, quatro, cinco, seis vezes e ele volta para a rua. O que a polícia, o que o Estado pode fazer com relação a isso? Pedir ao Congresso providências, porque a gente tem que mudar a Lei de Execução Penal", disse ele.

Ataques violentos

Na manhã do dia 12 de dezembro, o médico cardiologista Roberto Kalil Filho, que tem entre seus pacientes o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi vítima de um assalto à mão armada, na garagem do edifício de seu consultório particular. O prédio fica na região da Bela Vista, no centro de São Paulo.

Na madrugada do dia 10 de dezembro, um jovem de 22 anos foi morto a facadas após reagir a um assalto em região próxima à Estação da Luz, também no centro de São Paulo. Segundo a investigação, o crime teria ocorrido por volta das 3h, quando um grupo de cinco amigos estava na Rua Florêncio de Abreu e foi abordado por cinco assaltantes. Além do esfaqueamento, os suspeitos levaram celulares e bicicletas das outras vítimas.

No dia 9 de dezembro, a Polícia Civil de São Paulo indiciou dois autores pelo ataque ao Bar Brahma, no dia 3 de dezembro, após frequentadores da região reagirem a uma tentativa de furto. O bar está localizado há 75 anos entre as avenidas Ipiranga e São João, uma das esquinas mais famosas da capital.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), os indiciados tinham antecedentes por outros crimes como furto, roubo e homicídio. Eles vão responder pelo crime de dano, foram liberados e responderão ao processo em liberdade.

A polícia afirma ainda ter identificado mais dois suspeitos que teriam participado do ataque. Um deles havia sido preso em setembro por furto de celular no Metrô Liberdade, mas foi solto em audiência de custódia.

Um dia depois do ataque ao Bar Brahma, no dia 4 de dezembro, foi a vez de uma unidade do McDonald's, bem próxima dali, também sofrer depredação. Não houve relato de feridos, mas os casos assustaram frequentadores da região.

Segundo a SSP, profissionais que fazem entrega de comida por aplicativo se juntaram para depredar a lanchonete, após desentendimento com funcionários.

Também em dezembro, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) sofreu uma tentativa de assalto, que resultou na quebra do vidro do carro em que estava.

No fim de novembro, três suspeitos trocaram tiros com um agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de folga após serem flagrados em uma tentativa de assalto na Vila Olímpia, na zona sul de São Paulo.

Leia Também: SP tem dois ataques a carro-forte em 48 h; ladrões levaram cerca de R$ 900 mil em um deles

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