PF investiga se general ligado a Villas Bôas intermediou compra de software espião

O general Luiz Roberto Peret foi apontado como intermediário da venda de sistemas de inteligência ao Exército quando Villas Bôas ainda comandava a instituição.

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Política Polícia Federal 14/01/24 POR Estadao Conteudo

Um amigo e colega de turma do general Eduardo Villas Bôas na Academia Militar das Agulhas Negras foi implicado na investigação da Polícia Federal (PF) sobre o esquema clandestino de espionagem que teria sido montado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

O general Luiz Roberto Peret foi apontado como intermediário da venda de sistemas de inteligência ao Exército quando Villas Bôas ainda comandava a instituição.

Um dos softwares é o First Mile, que teria sido usado pela Abin para monitorar ilegalmente autoridades e jornalistas.

A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo jornal O Estado de S. Paulo. A reportagem busca contato com Peret.

Ele foi citado no depoimento prestado por Caio Cesar dos Santos Cruz, filho do general Santos Cruz, à Polícia Federal.

O filho de Santos Cruz trabalhou como representante da empresa de tecnologia Verint Systems.

Ele narrou que Luiz Roberto Peret também foi contratado pela companhia e tinha como atribuição "auxiliar nas negociações técnicas e comerciais de alto nível". "Atuava nas tratativas com altos escalões", narrou à PF. "Trata-se de pessoa honesta."

A empresa fechou um contrato de US$ 10,8 milhões com o Exército, sem licitação, em outubro de 2018, na esteira da intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro (governo Michel Temer).

O software já vinha sendo usado na preparação de grandes eventos, como as Olimpíadas, e teria sido "recomprado" pelos militares, segundo o depoimento.

Caio Santos Cruz foi alvo de buscas na Operação Última Milha, deflagrada em outubro pela Polícia Federal para aprofundar a investigação sobre a Abin. Policiais também vasculharam e apreenderam documentos na sede da agência.

O modus operandi narrado pelo filho de Santos Cruz no depoimento é semelhante ao que vem sendo apurado pela PF na Operação Perfídia, que investiga a compra de coletes balísticos e carros blindados pelo gabinete da intervenção na Segurança do Rio.

General reformado do Exército, Luiz Roberto Peret passou para a serva em 2007. Hoje tem uma empresa de consultoria, a Peret Consultoria, em sociedade com o coronel da reserva Helcio Bruno de Almeida, que foi indiciado na CPI da Covid.

COM A PALAVRA, LUIZ ROBERTO PERET E EDUARDO VILLAS BÔAS

A reportagem do Blog do Fausto Macedo busca contato com os generais. O espaço está aberto para manifestação.

PUB

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

mundo Argélia Há 10 Horas

Homem desaparecido há 27 anos é encontrado vivo na casa do vizinho

mundo Chile Há 12 Horas

Mulher fica pendurada seminua em portão em tentativa de furto; vídeo

fama Saúde Há 11 Horas

Pedro Scooby diz que amigos foram hospitalizados com H1N1 após ajuda no RS

mundo CARTAGENA Há 12 Horas

Brasileiro vence concurso internacional e é eleito o mais bonito do mundo

fama Suri Cruise Há 10 Horas

Suri troca sobrenome e estreia no teatro, distanciando-se de Tom Cruise

justica Goiás Há 12 Horas

Mãe é presa ao tentar afogar a filha de seis meses em piscina; vídeo

fama Anya-Taylor Jo Há 8 Horas

O vestido de princesa de Anya-Taylor Joy que encantou Cannes

esporte Óbito Há 6 Horas

Narrador Silvio Luiz morre aos 89 anos em São Paulo

lifestyle Cardiologia Há 11 Horas

Médico alerta sobre doença silenciosa que afeta 51 milhões de brasileiros

mundo Espanha Há 10 Horas

Faxineira de 61 anos posta vídeos dançando no trabalho e é despedida