Londrinos vão às ruas para pedir demissão do primeiro-ministro

Cerca de 50 mil pessoas se manifestaram neste sábado contra medidas de austeridade adotadas por David Cameron

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Mundo Austeridade 16/04/16 POR Notícias Ao Minuto

Milhares de pessoas se manifestaram neste sábado (16) nas ruas de Londres contra a política de austeridade do governo de David Cameron, pedindo a demissão do primeiro-ministro conservador, noticiou a AFP. Os meios de comunicação social britânicos citados pela agência de notícias francesa estimam em 50 mil o número de pessoas que hoje saíram à rua na capital inglesa. A polícia não forneceu estimativa sobre o número de manifestantes.

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Entre os protestantes, estavam, membros da oposição trabalhista, militantes pacifistas e sindicalistas. O grupo se reuniu nas proximidades da Trafalgar Square no início da tarde.

Com cartazes emque se podia ler "Ele deve sair", em referência ao primeiro-ministro, David Cameron, os manifestantes protestavam contra os cortes nos apoios sociais, e, de forma mais geral, contra a política de austeridade adotada pelos conservadores desde 2010.

"A luta contra a austeridade é um combate dos nossos dias", disse Diane Abbott, uma das líderes do Partido Trabalhista.

"É a austeridade que ameaça o Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla inglesa). É a austeridade que impede as autoridades locais de construírem alojamentos. É a austeridade que obriga os desempregados a aceitar contratos precários (sem horários definidos nem duração mínima do trabalho). É a austeridade que ameaça o futuro dos jovens", completou Diane.

O membro do movimento pacifista 'Stop the War Coalition' Chris Nineham disse que "a austeridade não é uma necessidade econômica, mas uma escolha política".

"Não é apenas de David Cameron que precisamos nos livrar, mas de todo o seu corrupto governo conservador", acrescentou.

Como muitos outros manifestantes, Gary Manning, um engenheiro de 42 anos, usava uma máscara de porco, simbolizando aqueles que "mais engordam" na sociedade.

"Os tories (conservadores) aumentam os impostos, mas uns pagam mais impostos do que outros, e não são os mais ricos", criticou Manning.

Outros não hesitaram em questionar o primeiro-ministro sobre as recentes revelações relacionadas as suas ligações a uma sociedade 'offshore' no caso  dos Panama Papers.

"Acho que demorou muito tempo, ele levou cinco dias para reconhecer o seu envolvimento nesse caso. Acho que qualquer pessoa na sua posição tem dever de transparência", disse Sarah Henney, uma manifestante.

O movimento de oposição à austeridade no Reino Unido já conseguiu reunir dezenas de milhares de pessoas em outubro, em Manchester, e em junho, em Londres, pouco depois das legislativas que reelegeram David Cameron em maio.

O primeiro-ministro rebate as críticas com os números do desempenho da economia britânica, que registrava em janeiro uma taxa de desemprego de 5,1%, além de um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2,3% em 2015.

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