Por que não resistimos a uma fofoca? A ciência explica!

Isso pode não ser tão ruim quanto parece

Por que não resistimos a uma fofoca? A ciência explica!

A fofoca é muitas vezes entendida como a disseminação maliciosa de informações sobre outras pessoas e como uma parte altamente atraente da cultura das celebridades. Mas os cientistas sociais discordam. Os seres humanos estão realmente programados para prestar atenção e participar de fofocas. E convenhamos: seja no cafézinho do trabalho ou em reuniões familiares, adoramos falar de pessoas. Só que essa tendência é, na verdade, uma adaptação evolutiva. No entanto, não se antecipe, pois há uma maneira certa e uma errada de fazer fofoca.

Confira nesta galeria como a fofoca começou, evoluiu, se tornou necessária, se tornou perigosa e algumas orientações gerais para ter certeza de que você não está fazendo nada errado.

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NL Beeld

Conotação negativa moderna

A fofoca é geralmente percebida como rumores negativos e prejudiciais contra alguém. Ou uma invasão de privacidade no caso de notícias sobre famosos.

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A definição de fofoca

A maioria dos pesquisadores, no entanto, define fofoca como qualquer instância de falar sobre alguém que não está presente e compartilhar informações que não são de conhecimento geral.

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Evidências a respeito da fofoca de eras atrás

Os desenhos de cavernas que analisamos agora se enquadram no campo da arqueologia, mas, em sua raiz, o que estamos olhando são para fofocas antigas. São pessoas acompanhando e alertando os outros sobre o que está acontecendo.

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Conhecimento é poder

Frank McAndrew, especialista em comportamento social humano e fofocas, enfatiza que nossos ancestrais eram igualmente fascinados pela vida de outras pessoas mais bem-sucedidas.

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Uma tática de sobrevivência

Para prosperar na Idade da Pedra, os homens das cavernas, para serem bem-sucedidos, tinham que saber quem estava dormindo com quem, quem detinha mais poder, quem tinha acesso a recursos e assim por diante.

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Uma velha ferramenta de conexão

O psicólogo evolucionista Robin Dunbar foi pioneiro na ideia de que a fofoca evoluiu como um meio de vínculo a partir da conexão entre primatas. Em vez de catar pulgas uns dos outros, conversamos. E o que seria melhor do que falar de outras pessoas, especialmente quando áreas como tecnologia e até filosofia ainda não tinham avançado?

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Chave para a formação de sociedades

Dunbar também argumenta que, sem essas discussões de questões sociais e pessoais, não seríamos capazes de sustentar as sociedades que criamos.

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52 minutos por dia

Em uma análise de 2019 publicada na revista Social Psychological and Personality Science, foi relatado que uma pessoa média gasta 52 minutos todos os dias fofocando.

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467 tópicos, a maioria é neutra

Desses 52 minutos, a pessoa média cobre 467 assuntos. Três quartos (75%) dessa fofoca é tipicamente neutra e relativamente chata, como documentar fatos como: "Ela ficou presa até tarde no trabalho".

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Cerca de 15% eram negativos

Cerca de 15% das fofocas são do tipo negativa, o que os pesquisadores chamam de julgamento "avaliativo".

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Apenas 9% eram positivos

A fofoca positiva é, previsivelmente, menos comum do que a fofoca negativa.

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Fofoca ativa e passiva

Um estudo de 2012 que analisou as reações fisiológicas à fofoca descobriu que, quando os indivíduos ouviam sobre o comportamento antissocial de outra pessoa ou sobre uma injustiça, seus batimentos cardíacos aumentavam. Quando eles eram possibilitados de fofocar ativamente sobre a pessoa, no entanto, isso os acalmava e reduzia seus batimentos cardíacos. Parece que preferimos naturalmente a participação ativa.

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Fofoca neutra tem função

A fofoca neutra realmente nos ajuda a construir amizades e a criar um senso de comunidade, bem como aprender informações vitais que podem nos ajudar a moldar nossas vidas sociais.

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Estabelecimento de confiança

Quando você divulga informações para uma pessoa, você está indicando que confia nela com essas informações, o que pode ser positivo para um relacionamento.

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Estereótipos de fofoqueiros

Fofoca também tem sido atribuída às classes mais baixas e às mulheres, mas os dados desmentiram isso – a fofoca está igualmente presente em todos os gêneros e classes.

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Quando é apenas prejudicial

Cientistas afirmam que a fofoca é puramente prejudicial quando não oferece nenhuma oportunidade de aprendizado social. Isso inclui comentários grosseiros sobre a aparência de alguém ou comentários que não são verdadeiros.

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O julgamento pode ser bem feito

Um efeito positivo que a fofoca de julgamento proporciona é aprendizado cultural, obrigando as pessoas a se comportarem melhor e a pensarem no que fazem com cuidado. Quando a reputação de alguém o precede, por exemplo, sabemos que houve fofoca, mas isso pode ser positivo ou negativo, dependendo de como foi feito.

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A presença da fofoca é um freio moral

Quando um grupo fofoca, as informações e julgamentos compartilhados podem servir como uma diretriz para o comportamento moral. Por exemplo, se um grupo está fofocando sobre alguém desleixado, qualquer preguiçoso no grupo tentará ajustar seu comportamento porque não quer correr o risco de ser alvo da fofoca também.

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Aprendizagem cultural

A fofoca também pode ser uma ótima maneira de aprender as regras não escritas de um ambiente. Por exemplo, conversas no café em um novo emprego pode te ajudar a descobrir qual o código de vestimenta do escritório ou com quem é melhor evitar trabalhar em um projeto de equipe.

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Hábito do idoso e mecanismo de vínculo

A professora de sociologia Stacy Torres estudou fofocas entre idosos que moram sozinhos em Nova York. Sua pesquisa revelou que pessoas mais velhas usam a fofoca como uma forma de se conectar e combater a solidão.

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Uma forma de manter os laços durante o desabafo

A fofoca também apresenta a oportunidade de desabafar sobre as pessoas sem prejudicar esses laços sociais. Torres descobriu que, mesmo quando as fofocas dos mais velhos pareciam negativas, elas tendiam a ser também ponderadas.

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E as celebridades?

Embora esteja claro o motivo da gente se importar com pessoas com quem interagimos regularmente, aquelas que os cientistas sociais rotulam de "socialmente importantes", por que nos preocupamos com pessoas famosas que nunca conhecemos e provavelmente nunca conheceremos?

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Como alguém se torna "socialmente importante"

Saber muitas informações sobre uma pessoa tornou-se um sinal para nossos cérebros de homens das cavernas de que essa pessoa era importante para nós.

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Sobrecarga de informações

Agora, na era moderna da informação, sabemos muito sobre pessoas que nunca conhecemos, graças à Internet e às mídias sociais. Nossos cérebros são, consequentemente, levados a pensar que as celebridades são socialmente importantes para nós.

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Gravitamos em torno de celebridades com as quais conseguimos nos reconhecer

Um estudo até mostrou que tendemos a gravitar em torno de fofocas de celebridades sobre pessoas do mesmo gênero e faixa etária, pois nos sentimos mais conectados a elas.

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Eles podem ser seus rivais ou aliados

É por isso que você pode se sentir empoderado pelas ações de uma celebridade. Ou, em um caso mais negativo, os famosos podem decepcioná-lo. Você também pode se sentir competitivo e começar a se comparar de forma insalubre com eles, apesar do fato de saber que eles não são realmente relevantes para sua vida.

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Fofocas de celebridades também unem fofoqueiros

Essa forma de cultura pop dá às pessoas um terreno comum de conversa. Alguns pesquisadores chegam a sugerir que acompanhar fofocas de celebridades é uma habilidade social.

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Mas como saber se você passou dos limites?

Maus fofoqueiros derramam suas informações para quem quer que escute, ou têm uma agenda claramente egoísta em que suas fofocas visam prejudicar a reputação de seus rivais.

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Faça bem feito

Quem fofoca bem sabe muitas coisas e prefere ser discreto. O bom fofoqueiro só compartilha algo quando o bem-estar dos outros não está em jogo.

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E se a fofoca sair do controle

A fofoca pode ser bastante perigosa para a vida social de uma pessoa, prejudicando relacionamentos e sugando tempo de coisas que a deixariam muito mais feliz. Se estiver saindo do controle, evite situações em que você sabe que haverá fofoca, bem como as pessoas que tendem a incentivar o hábito. 

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Lifestyle Curiosidades 24/04/24 POR Notícias Ao Minuto


A fofoca é muitas vezes entendida como a disseminação maliciosa de informações sobre outras pessoas e como uma parte altamente atraente da cultura das celebridades. Mas os cientistas sociais discordam. Os seres humanos estão realmente programados para prestar atenção e participar de fofocas. E convenhamos: seja no cafezinho do trabalho ou em reuniões familiares, adoramos falar de pessoas. Só que essa tendência é, na verdade, uma adaptação evolutiva. No entanto, não se antecipe, pois há uma maneira certa e uma errada de fazer fofoca.

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