Polícia apura se menino de 12 anos morto foi alvo de homofobia; padrasto está preso

A mãe afirmou que encontrou o adolescente desacordado, molhado e coberto por vômito. Ainda pelo relato dela aos policiais, o padrasto contou que o menino teria passado mal após praticar exercício

© Reprodução- Redes Sociais

Justiça VIOLÊNCIA-SP 01/05/24 POR Folhapress

(FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de São Paulo investiga se a morte de Luiz Fellipe Darulis, 12, ocorreu por homofobia. O padrasto dele, Cirilo Abe Barreto, 46, foi preso em flagrante por suspeita do crime. O caso aconteceu em Monte Mor (a 118 km da capital) no último sábado (27).

PUB

Barreto não havia apresentado advogado até a tarde desta terça-feira (30). Durante audiência de custódia, o padrasto afirmou que agrediu o enteado pois ele teria praticado um "ato de desrespeito", sem detalhar o episódio. Ele está detido na cadeia da vizinha Sumaré, também no interior de São Paulo.

"Temos essa informação, sobre homofobia, e vamos chamar familiares, pessoas ligadas à família para entender se isso, de fato, acontecia e se era motivo de conflito entre os dois", disse o delegado Fernando Bueno.

Segundo polícia, o suspeito obrigou o garoto a fazer agachamentos ininterruptos, depois de agredi-lo com golpes de madeira.

A mãe afirmou que encontrou o adolescente desacordado, molhado e coberto por vômito. Ainda pelo relato dela aos policiais, o padrasto contou que o menino teria passado mal após praticar exercícios.

O adolescente foi socorrido, mas chegou já morto ao Hospital Beneficente Sagrado Coração de Jesus.

À reportagem a Prefeitura de Monte Mor afirmou que a Secretaria de Educação do município já havia recebido da escola notificações por suspeita de maus-tratos sofrido pelo menino e que acionou o Conselho Tutelar.

Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública do estado) informou que não poderia dar detalhes do caso por envolver um adolescente.

Barreto é professor temporário em uma escola em Hortolândia. A Secretaria da Educação do estado diz que iniciou o processo de extinção contratual e segue à disposição das autoridades para colaborar nas investigações.

O corpo de Luiz Fellipe foi sepultado na tarde de segunda-feira (29), sob forte comoção e indignação de colegas e familiares.

Antônio Gonçalves, professor na escola em que o adolescente estudava, disse que o garoto era querido por funcionários e colegas. "Toda a comunidade escolar ficou bem abalada, porque ele era um garoto bem querido, bem simpático. Estava sempre sorrindo, recebia os professores muito alegre."

Em nota, a Prefeitura de Monte Mor lamentou a morte do menino.

"Luiz Fellipe será lembrado não apenas como um aluno, mas também como uma presença alegre e querida em nossa comunidade escolar. Sua partida precoce deixa um vazio em nosso coração. Que Deus conforte a todos os que estão sofrendo com essa perda e que a lembrança dos momentos compartilhados com Luiz Fellipe seja fonte de conforto e paz neste momento de luto", diz o comunicado.

Leia Também: Dois presos fogem de penitenciária no Rio Grande do Norte

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Vídeo Há 10 Horas

Influenciadora digital agride mulher na rua em MG; veja vídeo

mundo Coreia do Norte Há 12 Horas

Coreia do Norte confirma míssil e promete reforçar "força nuclear"

fama Sean Diddy Combs Há 12 Horas

Imagens de videovigilância mostram rapper agredindo a ex-namorada

justica São Paulo Há 12 Horas

Professora e os dois filhos são mortos em SP; PM é suspeito

brasil Vídeo Há 11 Horas

Menino de 6 anos é salvo de apartamento em chamas no Rio Grande do Sul; veja vídeo

brasil CHUVA-RS Há 8 Horas

Submersa há 15 dias, cidade mais afetada do RS reabre casas a conta gotas

lifestyle Signos Há 13 Horas

Os cinco signos mais estranhos do zodíaco. Conhece alguém da lista?

mundo EUA Há 13 Horas

Motorista de 23 anos morre após ser atingida na cabeça por pedra nos EUA

brasil sul do brasil Há 11 Horas

Nova frente fria avança no Sul, e Inmet coloca parte do RS, Santa Catarina e Paraná em alerta

justica Pridão Há 11 Horas

Casal de influencers é preso por suspeita de movimentar R$ 20 milhões ilegalmente em jogo