Taxa de assassinatos de jovens na América Latina é a mais alta do mundo

Homicídio é a principal causa de morte de meninos de 10 a 19 anos em países como Brasil, Colômbia, El Salvador, Guatemala, Panamá, Trinidad e Tobago e Venezuela

© Reuters

Mundo Relatório 28/04/16 POR Notícias Ao Minuto

Segundo o relatório Hidden in plain sight ("Escondido em plena vista", em tradução livre), publicado pela Unicef, o homicídio foi principal causa de morte de meninos entre 10 e 19 anos em sete países da América Latina e do Caribe em 2012: Brasil, Colômbia, El Salvador Guatemala, Panamá, Trinidad e Tobago e Venezuela.

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O estudo, publicado em 2014, analisou dados de 190 países. Naquele ano, mais de 25 mil vítimas de homicídio na região tinham menos de 20 anos, o que corresponde a cerca de 25% de todos as assassinatos do mundo.

A região vive o que pode ser considerado uma epidemia de assassinatos de jovens. ""Tudo o que ganhamos neste continente durante tantos anos em tentar evitar a mortalidade infantil por razões de saúde como diarreia e desnutrição, estamos perdendo quando eles chegam à adolescência", disse à BBC Mundo José Bergua, assessor regional de proteção da Unicef.

Segundo estudos da Unicef e da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, a América Latina tem os mais altos índices de assassinatos entre crianças e jovens no mundo. Os números superam mortes causadas por doenças não-transmissíveis e acidentes de trânsito.

"Agora mesmo estamos todos muito preocupados e correndo atrás da zika neste continente. Vemos que os Estados Unidos e as Nações Unidas começaram a responder ao problema, o que me parece perfeito, mas há outros vírus que estão instalados ao nosso redor, como é o caso da violência. E a resposta está muito longe de ser satisfatória, não está sequer à altura do problema", afirmou Bergua.

Para José Bergua, da Unicef, a desigualdade que é comum às grandes cidades da região é uma das principais responsáveis pela violência.

"Muitos de nossos jovens estão crescendo em sociedades que não lhes oferecem oportunidades. Deixam a escola muito cedo e suas expectativas de integração são mínimas. Tudo o que têm a seu redor os leva aos caminhos da violência", afirma Bergua.

Por isso, em sua opinião, a violência contra jovens deve ser vista como uma epidemia "que é possível curar e prevenir".

No Brasil, dados do Mapa da Violência apontam que, em 2012, 57,6% dos mortos por assassinato eram jovens com idade entre 15 a 29 anos. Destes, 93,3% eram homens e 77%, negros.

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