João Santana vira réu na Lava Jato após Sergio Moro aceitar denúncia

João Santana passa a responder aos primeiros processos na primeira instância

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Política Primeira instância 29/04/16 POR Notícias Ao Minuto

O juiz responsável pela Operação Lava Jato, Sérgio Moro aceitou nesta sexta-feira (29) duas denúncias apresentadas contra o publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura. O ex-presidente do Grupo Odebrecht Marcelo Odebrecht também virou réu, juntamente com outras 14 pessoas. De acordo com o G1, eles passam a responder por crimes como corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro em mais dois processos da operação. 

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Tiveram origem na 23ª fase, batizada de Acarajé, as denúncias sobre os pagamentos feitos ao marqueteiro de campanhas do Partido dos Trabalhadores (PT) João Santana, e na 26ª etapa, que apurou a suspeita de que a Odebrecht possuía um departamento responsável por fazer pagamentos de vantagens ilegais a servidores públicos. 

Com este, Marcelo Odebrecht responderá a três processos na primeira instância. O executivo já foi condenado a 19 anos e quatro meses em uma das ações e recorre junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). João Santana passa a responder aos primeiros processos na primeira instância. 

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, nas investigações da 23ª fase, João Santana e Mônica Moura aparecem como suspeitos de receber dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras e do engenheiro Zwi Skornicki, apontado como um dos artculadores do esquema na estatal. 

Há indícios de que Santana recebeu US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, de acordo com a Polícia Federal (PF), entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões de Skornicki, entre 2013 e 2014.  

O engenheiro é representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels e, conforme aponta o Ministério Público, foi citado por delatores do esquema como elo de pagamentos de propina.  

Fora os pagamentos no exterior, planilhas apreendidas pela PF com uma funcionária da Odebrecht mostram que a empreiteira pagou R$ 22,5 milhões a alguém com o codinome "Feira", entre outubro de 2014 e maio de 2015. A esta época a Operação Lava Jato já havia sido deflagrada e em período que coincidiu com as eleições presidenciais de 2014. 

Para os investigadores, "Feira" era usado para fazer referência ao casal. Deltan Dallagnol disse ainda que João Santana e Mônica Moura tinham conhecimento da origem espúria do dinheiro. 

"É certo que João Cerqueira de Santana Filho e Monica Regina Cunha Moura não são agentes públicos, mas se, como afirma a Acusação, receberam conscientemente recursos provenientes de acertos de propinas entre dirigentes da Petrobras e empresas fornecedoras da estatal, são passíveis de responsabilização por crime de corrupção passiva", afirmou o juiz, ao receber a denúncia.

O publicitário e sua mulher foram beneficiados com pagamentos ilegais, mesmo com a Lava Jato em curso, segundo o MPF. Para o coordenador da força-tarefa, o procurador Deltan Dallagnol, foram 45 pagamentos, totalizando R$ 23,5 milhões, de 24 de outubro de 2014 a 22 de maio de 2015.

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