Cristovam Buarque foi hostilizado, neste sábado (30), em uma livraria de um shopping. As pessoas gritavam "traidor", "tchau querida" e o "povo não aguenta mais o PT". O senador do PPS tentou argumentar com as pessoas, mas não adiantou. Buarque afirmou ao Correio Braziliense que "episódios como esse acabam me empurrando em direção ao voto favorável pelo impeachment".
PUB
E continua: “É verdade que ainda não me decidi como votarei no processo. Aprovo a admissibilidade, mas não me defini quanto ao mérito". O senador reclamou que o país está passando por um processo de sectarização.
“Essa foi a primeira vez que passei por isso. Em outros momentos, alguns eleitores já tinham me alertado, afirmando que ´estavam de olho em mim´ se votasse contra a Dilma. As abordagens, no entanto, sempre foram educadas”, lamentou o político.
Cristovam afirma que o vice-presidente Michel Temer também está preocupado com o aumento da radicalização. “Quando esse processo for finalizado, precisaremos fazer uma campanha ´aperte a mão de seu adversário´. Começamos com os gritos, passamos para os cuspes, daqui a pouco aparece alguém armado e a coisa não vai parar mais”, disse.