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Soldados nigerianos resgataram uma das estudantes sequestradas pelos extremistas do Boko Haram na cidade de Chibok, há mais de dois anos, informaram autoridades.
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Ativistas identificaram a garota como Amina Ali Nkeki, a primeira resgatada entre as 219 estudantes de Chibok sequestradas de uma só vez em 2014, um ato que enfureceu o mundo.
"Uma investigação preliminar mostra que ela é, sim, uma das meninas sequestradas da escola de Chibok pelo Boko Haram em 14 de abril de 2014", disse Sani Usman, porta-voz do Exército.
A jovem foi encontrada junto com seu bebê, de quatro meses de idade. Um suspeito de ser integrante do Boko Haram, chamado Mohammed Hayatu e que se diz marido da garota, foi preso.
O tio da menina, Yakubu Nkeki, disse à Associated Press que Amina foi encontrada perambulando pela floresta e que a garota, hoje com 19 anos, foi levada à sua cidade de origem na noite desta terça-feira (17), para ser identificada e encontrar a mãe. O pai de Amina morreu durante seu cativeiro.
Depois do encontro, a garota foi levada pelos soldados, aparentemente para um campo militar em Damboa.
Ativistas da campanha #Bringbackourgirls (traga de volta nossas meninas) confirmaram o resgate. "Ela disse que todas as outras [meninas] ainda estão na área da floresta, sob forte guarda", disse o grupo em um comunicado.
Em abril de 2014, extremistas islâmicos do Boko Haram invadiram uma escola de Chibok e levaram 276 meninas que se preparavam para uma prova. Dezenas escaparam nas primeiras horas, mas 219 continuavam desaparecidas.
O sequestro gerou uma onda internacional de condenações. Pouco depois, o presidente americano, Barack Obama, anunciou o envio de tropas para tentar localizar o grupo de meninas.
Na semana passada, familiares identificaram três das estudantes em um vídeo divulgado pela rede de televisão CNN.
A incapacidade do governo e do Exército nigerianos em resgatá-las levou, em parte, ao fracasso eleitoral do presidente Goodluck Jonathan, no ano passado.Não se sabe quantos milhares de meninas, meninos e jovens foram sequestrados pelo Boko Haram nos últimos quase sete anos de conflito, que matou cerca de 20 mil pessoas. As forças da Nigéria já conseguiram libertar milhares somente este ano.
Muitas vezes, depois de libertadas, as jovens enfrentam preconceito (vistas como "mulheres do Boko Haram") e medo da população (já que parte das meninas é usada em atentados suicidas). Com informações da Folhapress.