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A saúde requer cuidados especiais, mas o perigo pode estar também nos hábitos negligenciados e que podem fazer toda a diferença no desempenho do corpo humano. Cuidar da saúde significa repensar todo o modo de vida, os hábitos alimentares, a prática de exercícios físicos e, claro, a maneira como se estimula a mente.
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O site Minha Vida ouviu especialistas que enumeraram atitudes básicas, que todo mundo faz no dia a dia, mas que podem representar sérios riscos para a saúde, podendo levar a casos extremos, como o AVC (acidente vascular cerebral) ou infarto. Confira quais são os erros mais críticos e mude de hábitos hoje mesmo:
- Comer grande quantidade de carnes muito bem passadas
Sabe aquela carne deliciosa que fica com a crosta torradinha e uma camada bem preta por cima? Pois é, ela é uma delícia - e um verdadeiro perigo para a saúde! "O maior risco das carnes muito tostadas é que em contato com altas temperaturas elas formam uma substância chamada nitrosanina que aumenta o risco de câncer no aparelho digestivo", observa o nutrólogo Roberto Navarro. Isto vale para qualquer carne: vermelhas, peixes e frango.
- Exagerar nas atividades físicas
O sedentarismo é nocivo para a saúde, mas o excesso de atividades físicas também não é nada bom. O mesmo vale para pessoas que treinam uma certa quantidade de horas e, de repente, aumentam a intensidade, sem nenhum preparo. Exemplo: alguém que costuma praticar treinos funcionais por uma hora três vezes na semana e de repente decide passar para duas horas de treino seis vezes na semana.
"Quando o exercício fica intenso demais pode levar a complicações como o aumento do risco de problemas respiratórios e uma série de doenças em função do excesso de radicais livre produzidos", afirma o clínico geral e infectologista Paulo Olzon, professor da Unifesp. O excesso de radicais livres favorece o envelhecimento precoce e até mesmo alguns tipos de câncer, bem como de problemas cardíacos.
- Vaidade acima da saúde
Ingerir substâncias nocivas em nome da beleza é um dos riscos muito cometidos. Uso de anabolizantes, diuréticos, hormônios, etc, podem causar problemas sérios como tromboses, infartos, arritmias cardíacas e até câncer, diz o clínico geral Alfredo Salim Helito, do Hospital Sírio Libanês.
- Não levar doenças crônicas a sério
Diabetes, hipertensão e obesidade têm que ser levadas com muita seriedade e não podem, em hipótese alguma, serem negligenciadas, pois podem ocasionar problemas muito maiores. "Como as consequências dessas doenças só aparecem a longo prazo, os pacientes acabam não seguindo as orientações médicas", diz a clínica geral Bertha Furlan Polegato, da Unesp.
A diabetes pode levar a perda da visão, arteriosclerose e infarto; a hipertensão ao AVC, infarto e doença renal crônica.
- Iniciar atividades físicas intensas muito rápido
Quem está há muito tempo sem praticar atividades, precisa retomar devagar, aos poucos para que o corpo vá criando condicionamento. O ideal é respeitar os limites do seu corpo.
"O corpo pode não estar preparado para o exercício intenso e por isso fica vulnerável a uma descarga de adrenalina que pode levar a uma arritmia cardíaca e até mesmo ao infarto", alerta Navarro.
- Fazer atividades físicas em meio a poluição
É difícil se livrar da poluição atualmente, principalmente com o ar cheio de fuligem, mas quanto mais se evitar exercicios próximos a vias congestionadas, melhor. O perigo está nos metais pesados que são liberados no ar durante os horários de maios tráfego. Procure se exercitar no início da manhã, em lugares mais arborizados e em ambientes mais distantes do trânsito intenso e indústrias.
"Este hábito pode causar doenças respiratórias, doenças hematológicas, descalcificação óssea e alergias", explica Navarro.
- Uso de plástico na alimentação
O plástico está completamente presente na nossa vida, seja no copinho do cafe, nas tupperwares onde se guarda a comida, nas embalages dos alimentos congelados, no canudo por onde se chupa o suco. O grande problema é que o uso constante de plástico pode aumentar o risco de alguns tipos de tumores, como o de mama e ovário nas mulheres e de próstata nos homens.
"Isto porque o plástico conta com bifenolato, substância que é liberada quando o plástico entra em contato com um alimento muito quente ou ácido, aumentando o risco de câncer", conta Navarro.
- Abolir grupos alimentares, como os carboidratos
Cortar carboidratos é um assunto sério e que divide opiniões. "Isto é muito perigoso quando realizado sem uma consulta médica", diz Roberto Navarro. Tirar os carboidratos da dieta pode levar à perda de músculos, dor de cabeça, comprometimento do sistema imunológico, entre outros problemas.
- Não saber quanto sódio ingere
Sódio em excesso pode ocasionar sérios problemas à saúde. "O excesso de sódio pode levar à hipertensão e a problemas nos rins", explica Navarro. A hipertensão é um dos maiores fatores de risco para derrames e infarto.
- Uso excessivo de remédios
Tomar remédios em excesso, para tudo, não é uma boa ideia. "Temos uma tendência a remediar tudo, uma pessoa está triste por qualquer motivo e já toma um antidepressivo, a pessoa tem dificuldades para dormir, também já toma remédios", alerta Olzon. O hábito cria dependência física e psicológica das drogas.
- Consumir muitos carboidratos simples (açúcar)
São considerados carboidratos simples alimentos com muito açúcar ou farinha branca na composição e que rapidamente viram glicose na corrente sanguínea. "Em excesso os carboidratos aumentam principalmente o risco de diabetes e de infarto", alerta o Paulo Olzon.
- Dormir pouco
Dormir é um ato muito importante para o organismo e que não deve ser deixado de lado. As horas de sono variam para cada pessoa e ficam entre 6 a 8 horas em média. "O corpo fica mais estressado, a memória começa a falhar mais, a atenção também fica prejudicada, enfim, a pessoa fica uma porcentagem do que é", diz Paulo Olzon.
- Consumir álcool com frequência e desde jovem
O consumo de álcool em excesso - e muito cedo - pode gerar problemas graves para a saúde, como maior risco de câncer de esôfago e estomago, dependência e cirrose.
- Fazer sexo sem proteção
O sexo sem proteção pode levar à transmissão de uma série de doenças como o vírus HIV, HPV, sífilis, entre outros.
- Aumedicar-se
A automedicação pode ser muito prejudicial à saúde, podendo gerar inúmeros problemas, como fortalecimento de bactérias, não curar as causas da doença, esconder sintomas que podem significar outras doenças, etc.