Mãe tenta vender a filha a casal do DF por R$ 1,2 mil e é presa

A polícia trabalha com a possibilidade de venda para fins adotivos, porém a possibilidade de compra para tráfico de órgãos não está descartada

© Divulgação / Polícia Civil

Justiça Sangue frio 27/05/16 POR Notícias Ao Minuto

A Polícia Civil de Macapá prendeu quatro pessoas na madrugada de quinta-feira (26), em Oiapoque. Eles são suspeitos de uma suposta compra e adoção ilegal de uma criança de sete meses.  Foram detidos a mãe do bebê, um casal de Brasília que teria pago R$ 1.250 pela criança, e uma taxista que faria o transporte dos três na cidade, de acordo com a polícia. 

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O suposto processo de compra teve início em maio de 2015, quando a mãe estava grávida, contou o delegado Charles Corrêa, que efetuou a prisão e ouviu os envolvidos.  Segundo o G1, ela teria falado em depoimento que era garimpeira e tinha outros filhos, e que, por isso, queria dar a menina que ainda gerava, à época. Segundo Corrêa, uma amiga dela teria informado que havia casais que compravam crianças. 

A mãe e o casal, de Brasília, teriam tido o primeiro contato telefônico alguns dias após a mulher manifestar interesse em vender a criança, cobrando R$ 1 mil pela filha, comprometendo-se a entregá-la logo após o nascimento. Nos cinco meses restantes da gestação, o casal teria feito, conforme o delegado, transferências bancárias para a mãe, para custeio de exames e algumas peças de enxoval, conforme o delegado. 

A prática, classificada como “barriga de aluguel”, configura crime, indica Corrêa. “Prometer ou efetivar venda de filho a terceiros mediante recompensa, isso incorre para a mãe. Isso vale para pagamento em dinheiro ou outros bens. Independente da mulher pagar os R$ 1 mil na hora de receber. Ela já estar bancando a mãe conta como crime”, reforçou o delegado. 

Segundo ele, a mulher teria confessado que era usuária de drogas e trabalhava em garimpos.  

Em 2015, quando a mulher estaria próximo a dar à luz, teria informado ao casal que era portadora do vírus HIV, e que, por essa razão, o parto deveria ser por cesareana, em Macapá, onde são realizadas cirurgias complexas, como a que não permite a transferência do vírus ao bebê na hora do nascimento, reporta o delegado.  

O casal e a mulher teriam voltado a se encontrar na  última sexta-feira (20), quando os dois teriam ido a Oiapoque com o objetivo de encontrar a taxista, que é tia do bebê. No mesmo dia eles teriam reencontrado a mulher, que teria topado novamente dar a criança ao casal. Eles teriam pago mais R$ 250 a ela. Durante a suposta negociação, o atual marido da mulher teria discordado da decisão e teria denunciado o caso, conta Corrêa. 

O padrasto da criança denunciou o caso à Polícia Civil e acionou a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que abordou o carro na BR-156. 

O grupo permanece preso em flagrante no Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) de Oiapoque, onde aguardam por audiência de custódia. O bebê foi encaminhado ao Conselho Tutelar. A polícia trabalha com a possibilidade de venda para fins adotivos, porém a possibilidade de compra para tráfico de órgãos não está descartada.

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